Telescópio Espacial James Webb Faz Importante Descoberta Sobre o Sistema Estelar TRAPPIST-1
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então, segue uma notícia postada ontem (27/03) no
site ‘Olhar Digital’ destacando que o
‘Telescópio Espacial James Webb’ fez importante descoberta sobre exoplaneta
semelhante a TERRA. Saibam mais sobre
essa história pela matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E ESPAÇO
James Webb Faz Importante Descoberta Sobre Exoplaneta Semelhante à Terra
O Telescópio James Webb está em um esforço para detectar
a primeira atmosfera de um planeta do tamanho da Terra além do nosso sistema
solar
Por Flavia Correia
Editado por Lucas Soares
27/03/2023 - 19h07
Atualizada em 27/03/2023 - 19h09
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Um artigo publicado nesta segunda-feira (27) na revista Nature traz boas e más notícias obtidas pelas
mais recentes medições do Telescópio Espacial James Webb (JWST) sobre o
sistema estelar TRAPPIST-1.
Segundo o estudo, um exoplaneta rochoso que orbita essa
estrela provavelmente não tem atmosfera, o que destrói as esperanças de que tal
mundo intrigante possa hospedar a vida.
Existem, no entanto, mais seis exoplanetas semelhantes à Terra no
sistema TRAPPIST-1, e agora que o megatelescópio espacial atestou sua
capacidade de estudá-los, podemos ter novidades em um futuro não muito
distante.
Créditos: NASA e JPL/Caltech
Segundo o site Space.com, os astrônomos usaram o
Instrumento de Infravermelho Médio (MIRI) do Webb para medir a temperatura do
planeta TRAPPIST-1b. Dos sete planetas que compõem o sistema, este, que é cerca
de 1,4 vezes maior que a Terra, é o que orbita o mais próximo da estrela-mãe.
De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), essa é a
primeira detecção do James Webb de “qualquer forma de luz” emitida por um
exoplaneta rochoso. Os dados revelaram que a temperatura diurna naquele planeta
é de 230 graus Celsius – o que os astrônomos consideram muito alto para que ele
tenha uma atmosfera.
Thomas Greene, astrofísico da Divisão de Ciência Espacial
e Astrobiologia do Centro de Pesquisa Ames da NASA, que
liderou as investigações, disse que esperava um resultado diferente. “Alguns
grupos teóricos acreditavam que o planeta teria uma atmosfera densa, enquanto
outros pensavam que não”, disse Greene. “Fiquei mais desapontado do que
surpreso ao ver que nem atmosfera tem”.
Créditos: NASA, ESA, CSA, J. Olmsted (STScI), T. P.
Greene (NASA Ames), T. Bell (BAERI), E. Ducrot (CEA), P. Lagage (CEA)
O exoplaneta TRAPPIST-1b é um mundo rochoso que orbita muito perto de sua estrela-mãe no sistema TRAPPIST-1. |
A distância entre TRAPPIST-1b e sua estrela é de apenas
cerca de um centésimo da distância Sol-Terra. Isso é 40 vezes mais próximo do
que a distância entre o Sol e o planeta mais interno do Sistema Solar,
Mercúrio.
Embora a estrela no centro do sistema TRAPPIST-1 seja
muito mais fraca do que a nossa, o planeta ainda recebe cerca de quatro vezes
mais luz estelar do que a Terra recebe do Sol. Por isso, os astrônomos já não
esperavam que esse planeta fosse habitável mesmo antes de descartar a presença
de uma atmosfera.
No sistema TRAPPIST-1, existem pelo menos três planetas –
TRAPPIST-1e, 1f e 1g – que têm condições para a existência de água líquida em
suas superfícies e, portanto, podem hospedar vida.
Segundo a NASA, essa região é um alvo extremamente
popular para a pesquisa de exoplanetas, sendo o sistema planetário mais bem
explorado além do nosso próprio sistema solar.
Localizada a cerca de 40 anos-luz de distância daqui, a
estrela no centro do sistema TRAPPIST-1 é uma anã M. Também referidas como anãs
vermelhas, elas são o menor tipo conhecido de estrelas capazes de queimar
hidrogênio em seus núcleos. Elas variam entre 0,08 e 0,6 vezes o tamanho do Sol
e são o tipo mais numeroso de estrela da Via Láctea.
Por essa razão, o sistema estelar TRAPPIST-1 é um
importante banco de testes que poderia ajudar os astrônomos a entender melhor
onde existem as melhores condições para a vida alienígena.
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