Segundo 'Revista Sociedade Militar', A Venda da Avibrás Para o 'Grupo Alemão Rheinmetall' de Defesa é Iminente

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue abaixo uma notícia postada ontem (27/03) no site da 'Revista Sociedade Militar' destacando que é iminente a venda da Avibrás para o Grupo Alemão Rheinmetall de defesa. Será mesmo? Saibam mais pela notícia abaixo.
 
Bom amigos e amigas do BS, não é costume nosso postar aqui notícias de Defesa, mas como a Avibrás está envolvida com dois projetos que considero mobilizadores para o nosso Patinho Feio (o Motor S50 e o Edital do VLPP, e a nosso contragosto diga-se de passagem), não podemos deixar de acompanhar o desenrolar de seu imbróglio, pois toda esta situação coloca este dois projetos em cheque e num possível final frustrante para as atividades espaciais brasileiras.
 
Quanto a sua venda, minha posição é contraria por ser uma empresa estratégica, a não ser que seja para um grupo nacional com veto do governo caso venha ser necessário. Agora amigos e amigas estatização, jamais, é coisa de gente cega e de oportunistas que infestam o sindicalismo no país. O que tem de se buscar e uma gestão competente, pois esses atuais gestores já provaram não serem capazes de apresentar.
 
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Venda da AVIBRAS para a Alemanha é Iminente
 
Alemães e árabes disputam a compra da maior e mais antiga empresa de material bélico pesado e de Defesa Estratégica do Brasil
 
Por Nivaldo
27/03/2023
Fonte: Site Revista Sociedade Militar – https://www.sociedademilitar.com.br
 
(Ministério da Defesa)
O lançador de foguetes Astros é o principal produto da Avibras.
 
Segundo veiculado recentemente em alguns setores da mídia, a venda da AVIBRAS (Aviões Brasileiros) para a Alemanha está dando “pano pra manga”.
 
A AVIBRAS é pioneira na área espacial e indústria de mísseis e foguetes, como também veículos de combate, e muitos produtos ligados à área das conquistas espaciais como aviões e lançadores de satélites. 
 
Os mísseis da série astro e alguns aviões pioneiros fabricados por ela projetaram o Brasil dentro de um número muito reduzido de países  que desenvolvem esse tipo de tecnologia estratégica.
 
Foto: Avibras 
Míssil da série astro.
 
A indústria aeronáutica brasileira, encarnada na AVIBRAS, já fez 60 anos de muito sucesso e orgulho para o Brasil.
 
A empresa de armamentos alemã Rheinmetall está na pole position para a aquisição da Avibras. Segundo o RR (RelatórioReservado) apurou, o negócio pode ser fechado a qualquer momento. Será a primeira incursão dos alemães na área de defesa no Brasil.
 
O grupo já atua no país por meio do seu braço para a indústria automobilística, a MS Motorservice.
 
De acordo com as informações apuradas e publicado em 17/03/2023 pelo RR (Relatório Reservado), outras empresas internacionais da área de defesa chegaram a olhar a AVIBRAS.
 
Controlada pelos herdeiros de João Verdi de Carvalho Leite, a companhia vive uma severa crise financeira. Em recuperação judicial — a segunda no intervalo de 15 anos – a empresa tem uma dívida superior a R$ 500 milhões, No ano passado, demitiu mais de 400 funcionários.
 
Consultada pelo RR, a AVIBRAS confirmou que seus “acionistas estão em busca de parceiros estratégicos que possam capitalizar a empresa.” A companhia informou também que há vários interessados, mas nenhuma transação ocorreu até o momento”.
 
Estima-se que atualmente mais de 80% da receita da companhia venham das exportações. Ainda assim, historicamente a AVIBRAS é quase um braço das Forças Armadas. 
 
Rheinmetall tem o calibre necessário para conduzir a reestruturação de que a Avibras precisa. Trata-se de um conglomerado com fábricas em 33 países, a maior parte na Europa. Nos últimos meses, o grupo vive um momento de prosperidade: as encomendas de equipamentos bélicos dispararam na esteira da Guerra entre Rússia e Ucrânia. Desde o início do conflito, em fevereiro do ano passado, suas ações subiram mais de 150%. 
 
Entre outros armamentos, a Rheinmetall fabrica os tanques Leopard que países europeus aliados do presidente Volodymyr Zelensky têm enviado para a Ucrânia. A própria empresa alemã já anunciou planos de instalar uma fábrica em território ucraniano para produzir até 400 tanques de batalha modelo Panther por ano.
 
A AVIBRAS também interessa ao Edge Group, empresa dos Emirados Árabes Unidos que negocia a compra da empresa brasileira, de acordo com a revista Veja de 20/03/2023.
 
De acordo com a publicação, a principal motivação dos árabes na negociação é adquirir o sistema de lançamento múltiplo de foguetes Astros e o Míssil Tático de Cruzeiro, que são alguns dos principais projetos da Avibras desenvolvidos em parceria com as forças armadas brasileiras. A empresa com sede em São José dos Campos (SP) também oferece soluções de software e produz armamentos e viaturas blindadas, como o Guará 4WS. 
 
Foto: Avibras
GUARÁ 4WS.
 
Embora não comentada por representantes da Avibras, a divulgação da possível venda da fabricante na imprensa ligou o alerta do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. 
 
Em comunicado divulgado nesta sexta-feira (24), o sindicato diz que vender a Avibras “representa grave ameaça à soberania nacional e ao conhecimento acumulado ao longo de décadas”.
 
“Para o Brasil, as consequências são desastrosas. Trata-se de perder uma das poucas empresas de elevada tecnologia sediadas no país. O que é pior, em um setor estratégico para a soberania nacional, sobretudo em uma situação de escalada dos conflitos com a guerra entre Rússia e Ucrânia. Mas não somente isso. 
 
A situação é também desastrosa para os trabalhadores da Avibras”, diz trecho da nota.

Comentários

  1. Como se os sindicatos estivessem muito preocupados mesmo, querem que a empresa seja estatizada para parasitar nela. Deveriam usar a proximidade com o PT para exigir a compra imediata de produtos por parte do governo.

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  2. Sempre falei, desde há tempos, que a Embraer deveria comprá-la. É a melhor opção.

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  3. As publicações dessa revistas não são confiáveis é sempre sensacionalista, mas preocupa vê uma estatização a vista, melhor seria a aquisição por outra empresa brasileira, tal como o amigo sugeriu: A Embraer.

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  4. Bom dia, prezados há uma petição pública pedindo a estatização. Hoje entendo como uma medida mais que necessária. Se for para um grupo estrangeiro esqueçam de vez essa empresa.

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    1. Já assinei, antes uma empresa estatal amontoando empregos e mantendo a tecnologia no país, do que entregar anos de pesquisa e investimentos para outras nações. Não acredito que funcione mas já é alguma coisa.

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  5. Melhor estatizar que vender para um grupo estrangeiro. E a propósito, os bancos parasitam mais da metade de toda a renda nacional. Mas disso ninguém fala.

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