Astrônomos Descobrem Por Acaso Estrela Anã Branca Que Está Sugando Material de Sua Companheira

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Pois então amigos, segue abaixo uma curiosa notícia postada ontem (07/03) no site ‘Canaltech’ destacando que astrônomos que estavam analisando os dados da espaçonave Spektr-RG (SRG, do eROSITA) e do Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), descobriram por acaso uma estrela Anã Branca que está sugando material de sua companheira. Saibam mais sobre essa notícia pela matéria abaixo.
 
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Anã Branca "Vampira" Sugando Matéria de Companheira é Descoberta Por Acaso
 
Por Daniele Cavalcante
Editado por Patrícia Gnipper
07 de Março de 2023 às 16h35
Fonte: arXiv.org, via: Phys.org
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
 
Fonte: NASA/CXC/M.Weiss

Astrônomos descobriram mais um sistema binário de estrelas variáveis cataclísmicas, isto é, uma anã branca acumulando material de sua companheira. A dupla foi encontrada “sem querer”, enquanto o instrumento eROSITA observava o aglomerado aberto NGC 2516.
 
Variáveis cataclísmicas são estrelas que, a distância, variam muito a intensidade do brilho, aumentando e diminuindo com certa frequência. As polares são uma subclasse desses objetos caracterizada pela presença de um campo magnético muito forte em suas anãs brancas.
 
Ao analisar os dados da espaçonave Spektr-RG (SRG, do eROSITA) e do Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), os astrônomos detectaram a variável cataclísmica magnética, agora batizada como SRGE J075818-612027. Em seguida, com outras observações, foi determinado que o período de variação é de cerca de 106 minutos.
 
(Imagem: Reprodução/Samet Ok et al.)
Imagem do aglomerado aberto NGC 2516, com a variável cataclísmica em destaque no círculo.

Com estudo do espectro de identificação de baixa resolução da variável, os pesquisadores confirmaram que o SRGE J075818-612027 é um sistema de variável cataclísmica magnética, provavelmente polar. A classificação é sustentada também pelo espectro de raios-X, compatível com a emissão de plasma térmico em temperatura típica para polares.
 
O objeto está localizado a uma distância entre 4.000 e 13.500 anos-luz e apresenta uma alternância significativa entre os estados de alto e baixo brilho, com grandes diferenças de magnitude em escalas de tempo longas — mais uma característica que reforça a hipótese de se tratar de uma polar.
 
A descoberta foi publicada no servidor de pré-impressão arXiv e aceita para publicação na Astronomy & Astrophysics.

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