Segundo Equipe Liderada Por Astrônoma da 'Universidade de Ohio', o 'Exoplaneta Vulcano' Detectado em 2018 em Torno da 'Estrela 40 Eridani', Pode Não Existir
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia postada dia (10/03)
no site ‘Canaltech’ que abalou os
amantes do Universo Star Trek. Isto
porque segundo uma equipe de pesquisadores liderada pela astrônoma Katherine Laliotis, da Universidade de Ohio (EUA), o exoplaneta
‘Vulcano’ que havia sido detectado em
2018 em órbita da ‘Estrela 40 Eridani’ parece não existir de
fato. Saibam mais sobre essa notícia pela matéria abaixo.
Brazilian Space
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Parece Que o Exoplaneta Que Seria Vulcano, de Star
Trek, Não Existe
Por Danielle Cassita
Editado por Patrícia Gnipper
10 de Março de 2023 às 14h40
Fonte: arXiv
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: JPL-Caltech/NASA
Parece que a estrela 40 Eridani não tem um exoplaneta
em sua órbita. A detecção do possível mundo foi anunciada em 2018, mas ao
analisar novamente os dados da descoberta, uma equipe de pesquisadores liderada
por Katherine Laliotis, da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, concluiu
se tratar de um falso-positivo.
A detecção do possível exoplaneta ficou bastante
conhecida graças à série televisiva Star Trek (Jornada nas Estrelas), lançada
em 1966. Um dos personagens principais da produção é o meio-humano e
meio-alienígena Spock, que vem do planeta Vulcano, na órbita da estrela 40
Eridani A. Tanto o planeta quanto a estrela foram inspirados na estrela 40
Eridani A, que realmente existe — mas, para a decepção dos fãs da franquia, o exoplaneta
candidato foi anunciado com o nome Eridani b.
Ele foi encontrado por meio da velocidade radial, método
que usa alterações no comprimento de onda da estrela causadas pela gravidade de
um objeto massivo em sua órbita, e foi classificado como uma superterra
rochosa, que levava cerca de 42 terrestres para completar uma órbita ao redor
da estrela.
(Imagem:
Reprodução/Alysa Obertas)
Enquanto analisavam uma lista de exoplanetas selecionados
para estudos mais aprofundados, os pesquisadores do novo estudo detectaram
alguns problemas com a descoberta de 40 Eri b, sendo que alguns já haviam sido
apontados na época da detecção do planeta. Um deles é o período orbital dele,
muito parecido com o da estrela, entre 37 e 43 dias.
O objeto foi considerado um exoplaneta a partir dos dados
de velocidade radial, usados para estudar a luz emitida pela estrela, e, na
época, os pesquisadores consideraram ter observado um “puxão” gravitacional,
que indicaria a presença do planeta. Entretanto, ao analisar o espectro da luz,
os autores descobriram que o puxão observado veio de atividade
na superfície da estrela.
Eles encontram ainda outros exoplanetas que parecem ser “impostores”
em meio aos dados. Por outro lado, a equipe descobriu dois novos candidatos a
exoplanetas para novas observações e análises, que podem ajudar a determinar a
natureza deles. Os resultados sugerem que, conforme novos dados são coletados,
vale rever detecções anteriores e, assim, garantir maior confiabilidade na
descoberta de novos mundos.
O artigo com os resultados do estudo será publicado na
revista The Astronomical Journal, e pode ser acessado no repositório arXiv,
sem revisão de pares.
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