O Já Aposentado Observatório SOFIA da NASA, Revelou Como a Água Está Distribuida na Superfície da Lua
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (16/03)
no site ‘Canaltech’ destacando que o
já aposentado Telescópio SOFIA (Stratospheric
Observatory For Infrared Astronomy ) da NASA, revelou aos pesquisadores
como a água está distribuída na Lua. Saibam mais sobre essa notícia pela
matéria abaixo.
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Observatório SOFIA Revela Como a Água Está Distribuída
na Lua
Por Danielle Cassita
Editado por Patrícia Gnipper
21 de Março de 2023 às 14h32
Fonte: USRA
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA/Ernie Wright
Uma equipe de astrônomos criou o primeiro mapa já
produzido das mudanças da presença de água na Lua conforme o relevo local,
revelando os resultados na quarta-feira (15) durante a 54º Conferência de
Ciência Lunar e Planetária. Produzido com dados do telescópio Stratospheric
Observatory For Infrared Astronomy (SOFIA), aposentado
no ano passado, o mapa terá grande importância para os astronautas que
estiverem na superfície lunar durante o programa Artemis.
Enquanto operou, o SOFIA tinha capacidade excelente para
detectar água em seis mícrons de comprimento de onda, o que indica sua grande
sensibilidade. Ele foi o
primeiro telescópio capaz de identificar água, sem ambiguidades, no polo
sul da Lua. Ao trabalhar com os dados do telescópio, pesquisadores calcularam
que poderia haver 340 g de água por metro cúbico de solo lunar.
Eles não conseguiram usar telescópios em solo para o
estudo porque a água da atmosfera terrestre bloqueia os sinais da água na Lua.
“O SOFIA, entretanto, voava 99,9% acima da água atmosférica, e nos permitiu
detectar água lunar”, disse Casey Honniball, coautor do estudo. Em sua fala,
ele se referiu à configuração do observatório, que era um telescópio montado no
interior de um avião Boeing 747SP modificado.
O novo mapa representa cerca de 25% da superfície lunar
no lado voltado para a Terra abaixo dos 60º de latitude, e é o primeiro que se
estende para o polo sul lunar. Como a região estudada é ampla, os pesquisadores
conseguiram identificar como a água se relaciona às formações topográficas.
(Imagem: Reprodução/NASA's Goddard Space Flight Center
Scientific Visualization Studio/Ernie Wright)
Os autores revisitaram os dados do telescópio coletados
em fevereiro do ano passado, em busca das mudanças da presença da água ao longo
da superfície lunar. Os dados mostraram que, em uma grande área do hemisfério
sul da Lua, as assinaturas químicas da água estavam mais presentes no lado
interno das formações protegidas do Sol do que aquelas expostas à luz.
Uma das formações ali é a cratera
Moretus, que abriga um pico central com 2,1 km de altitude em seu interior.
Os pesquisadores descobriram que o lado sudeste do pico é frio, e tem mais água
congelada do que seu lado norte, que recebe luz solar por longos períodos
durante os dias lunares. Ali, ocorre algo parecido com as encostas de montanhas
na Terra, que mantêm neve por mais tempo se não recebem luz solar direta.
“Com este mapa dos dados do SOFIA e outros que estão por
vir, estamos vendo como a água é concentrada sob diferentes condições
ambientais”, disse Honniball. “Esse mapa vai oferecer informações valiosas para
o programa Artemis sobre possíveis lugares de interesse, mas também traz
contextos regionais para missões científicas futuras, como a VIPER”, finalizou.
A missão VIPER deve ser lançada em 2024 para mapear água congelada na Lua.
As descobertas trouxeram ainda novas perguntas, como a
origem da água identificada; entre algumas possibilidades, estão os impactos de
asteroides, evaporação da atmosfera da Terra, processos relacionados ao vento
solar e até minerais da Lua. “Nosso conhecimento comum da era
Apollo é que a Lua não é seca; já sabemos que isso está errado, mas a
questão é o quanto”, afirmou Paul Lucey, coautor do estudo.
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