Radares Meteor. Irão Ocupar Grandes Vazios de Cobertura
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (20/12) no site do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) destacando que o Secretário de Políticas e Programas de
Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, assinou ontem a compra de nove radares meteorológicos para o Centro Nacional de Monitoramento e
Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN/MCTI).
Duda Falcão
Novos Radares Meteorológicos Ocupam
Grandes Vazios de Cobertura
Rodrigo PdGuerra
20/12/2012 - 19:16
Foto Giba / Ascom do MCTI
O secretário Nobre e os representantes das
empresas licitadas assinam o contrato.
A partir de
2013, nove radares meteorológicos recém-adquiridos pelo Centro Nacional de
Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN/MCTI) cobrirão amplos
espaços fora da atual rede. O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e
Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Carlos
Nobre, oficializou a compra nesta quinta-feira (20), ao assinar contrato com
uma empresa alemã e outra gaúcha.
“É um momento muito importante, de avanço de um grande
projeto do governo brasileiro, para modernização da capacidade de resposta a
eventos extremos”, afirmou Nobre. “Entre as principais ações desse plano, estão
a modernização e a nacionalização da cobertura dos elementos deflagradores de
desastres naturais, sobretudo a chuva, que causa a maior parte das vítimas
fatais.
Oito dos nove radares serão instalados em regiões
sujeitas a catástrofes provocadas pela chuva, nos municípios de Natal (RN),
Maceió (AL), Salvador (BA), Almenara (MG), São Francisco (MG), Três Marias
(MG), Santa Tereza (ES) e Jaraguari (MS). “O outro radar está sendo
estrategicamente posicionado em Petrolina [PE], no semiárido, para gerar
informações essenciais para a operação da agricultura e o gerenciamento dos
recursos hídricos do Nordeste, além de, lógico, monitorar qualquer evento
extremo”, completou o secretário.
Segundo Nobre, os primeiros radares devem ser instalados
no leste nordestino. “Chove muito de abril a setembro em toda a chamada Zona da
Mata, que inclui grandes cidades como Salvador, Recife, Aracaju, Maceió, João
Pessoa e Natal, nessa faixa litorânea de 80 a 150 quilômetros”, explicou.
“Quanto antes colocarmos radares nesses locais, melhor, pois eles terão uma
grande utilidade em 2013. Peço uma ênfase muito grande ao consórcio vencedor
de, na medida do possível, antecipar prazos, principalmente para o Nordeste.”
A segunda etapa do processo seria reconfigurar a rede
existente. “Os atuais 24 radares em operação no Brasil são de uma tecnologia já
ultrapassada”, informou o coordenador de Operações e Modelagem do CEMADEN,
Carlos Frederico Angelis. “A expectativa é que a gente possa nos próximos anos
modernizá-los e, assim, atender todas as necessidades de monitorar o país.”
“Esperamos não só cumprir essa segunda fase, de
modernização, mas também cobrir o Brasil todo com radares meteorológicos, como
nos solicitou a presidenta Dilma Rousseff”, antecipou Nobre. “Com mais dez a 15
novos radares, teríamos inicialmente uma boa cobertura para o território
nacional.”
Parceria Internacional
Um consórcio formado pela empresa alemã Selex Systems
Integration e pela brasileira Engelétrica Sul, de Canoas (RS), venceu a
licitação para fornecer e instalar os nove radares meteorológicos, por pouco
mais de R$ 72 milhões.
“É uma satisfação participar desse projeto, que vai, com
certeza, melhorar e muito a condição de monitoramento das regiões que sofrem
com o problema das intempéries climáticas”, disse o diretor da Engelétrica,
Fenando Derques López. “Somos uma empresa de pequeno porte, que pôde participar
dessa licitação com a Selex, que tem mais de 300 radares instalados no mundo
todo.”
A assinatura do contrato dá sequência à série iniciada na
quinta-feira (13), quando o CEMADEN firmou acordo com duas empresas
brasileiras, responsáveis por fornecer e instalar 1,5 mil pluviômetros automáticos.
Nesta sexta-feira (21), evento na sede do centro, em Cachoeira Paulista (SP),
oficializa a compra de 1,1 mil pluviômetros
semiautomáticos.
“O monitoramento da chuva tem duas dimensões
complementares”, destacou Nobre. “A rede de radares dá uma cobertura espacial,
sobre as áreas de risco como um todo, fundamental para saber se o nível de
chuva em uma encosta ultrapassou o limite crítico que fará a terra deslizar. Já
os pluviômetros são instalados localmente e têm uma medida muito precisa, a
cada minuto.”
De acordo com o secretário, os planos até 2014
compreendem a instalação de cerca de 4 mil pluviômetros automáticos e
semiautomáticos e “uma grande modernização na capacidade brasileira de
utilização de radar meteorológico”.
Divulgação CEMADEN
Áreas cobertas hoje e projeção para 2014
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI)
A iniciativa é ótima e já não era sem tempo.
ResponderExcluirSó fico decepcionado, com o fato de até hoje esse, e outros tipos de radar, não estarem sendo produzidos aqui no Brasil.
Radar, é uma coisa bem básica em várias áreas que envolvem a segurança nacional, e vamos combinar, não é tão difícil de se criar tecnologia própria sobre isso. Bem mais fácil que tecnologia nuclear ou espacial por exemplo.
É aquilo, para o nosso Ministro da Defesa, o Brasil não precisa fabricar seus próprios radares. O que importa, são as "boas relações" com a Alemanha.
É isso.
Olá Marcos!
ResponderExcluirNão é bem assim, dependendo do tipo de Radar o Brasil já produz, mas não é o caso do Radar Meteorológico. A participação da empresa gaúcha no contrato deve significar que o mesmo exige transferência de tecnologia ou desenvolvimento conjunto, e se assim for, essa ação é positiva, apesar de que como eu disse anteriormente, chega com décadas de atraso.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)