Espaço vai Beneficiar População de Alcântara
Olá leitor!
Segue abaixo uma matéria publicado
na “Revista Espaço Brasileiro” (Jul
– Dez de 2012), destacando os benefícios que a população da região de Alcântara
receberão quando da total implementação das atividades espaciais do centro.
Duda
Falcão
Geral
Espaço
vai Beneficiar População de Alcântara
Para
AEB e CLA, quem vive em Alcântara tem
muito
a ganhar com os lançamentos
Alcântara, há 53 km de São
Luís, a capital do
Maranhão, abriga o sítio
de lançamento mais
bem localizado do mundo: o
Centro de
Lançamento de Alcântara
(CLA), que fica no
plano da linha do Equador.
O satélite lançado
do CLA não precisa
manobrar para entrar em
órbita equatorial e
economiza combustível.
Além disso, o CLA tem à
sua frente 180 graus
de oceano. Em caso de
acidente, os objetos
lançados caem no mar, o
minimiza os riscos
para populações residentes
na região. Em
curto e médio prazo, o
centro trará proveito
a muita gente, aqui dentro
e lá fora, a começar
pelos brasileiros.
Alcântara lançará satélites,
favorecendo a comunicação,
a defesa, a
observação da Terra e
muito mais.
Uma das preocupações da
AEB e dos responsáveis pelo CLA é que a população de Alcântara seja diretamente
beneficiada pelas atividades do centro. A AEB, ao contratar uma empresa para
realizar obras no CLA, exige que parte de seus funcionários seja formada por
pessoas da região. “Assim geramos emprego e renda ali mesmo”, diz o diretor de
Transportes Espaciais e Licitações da AEB, Nilo Andrade.
A AEB tem projetos que
beneficiarão diretamente a população de Alcântara. Em janeiro de 2013, será
iniciada a construção da usina de resíduos sólidos na cidade. Segundo Andrade, “o
projeto executivo fica pronto até dezembro de 2012 e os recursos já estão
alocados”. Pioneira no Maranhão, a usina reciclará o lixo gerado no CLA, no
sítio do Cyclone IV e no próprio município, criará empregos na cidade e evitará
doenças. Alcântara terá um sistema de coleta seletiva de lixo. Os resíduos
serão coletados tanto na zona urbana quanto rural. O lixo seco (sobretudo,
papel, plásticos, metais, vidros e panos) será reciclado e o orgânico
(geralmente restos de alimentos) vai virar energia e adubo.
Com o material processado
poderão ser feitos tijolos para construção civil. A fabricação de tijolos
ecológicos usando resíduos, além de gerar postos de trabalho, contribuirá para
a solução do problema das moradias precárias existentes em Alcântara. A
iniciativa reduzirá o custo do programa habitacional com a economia feita na
compra e transporte do material de construção. Dentro da usina há, também, uma
usina de etanol, com capacidade de produção de 500 litros de álcool por dia, a ser
usado pelas viaturas do CLA.
Outro projeto promissor é
construir um porto em Ponta das Pedras. Andrade explica que, hoje, há apenas um
atracadouro no município, localizado há cerca de 50 km do centro. “Isso é um
transtorno para quem vive indo e voltando de São Luís, a capital” afirma ele. O
novo atracadouro poderá receber pessoas e cargas. Mesmo havendo navio com carga
no porto, será possível a atracagem de outras embarcações, como balsas e ferryboats,
que fazem a ligação São Luís-Alcântara. Será construída, também, uma via de
acesso vinculada à rodovia estadual MA-106, que encurtará ainda mais o
deslocamento.
O projeto do porto está
pronto. A renovação da licença ambiental para a obra tramita no IBAMA. Ela deve
durar um ano. “Emitida a licença, o projeto será apresentado ao Governo para
obter recursos do PAC de portos. Assim, não precisaremos usar recursos
específicos do programa espacial”, frisa Andrade.
A complementação do aeródromo
do CLA terá inicio em 2013. Sua área será ampliada, e receberá dois terminais,
de passageiros e de cargas, e uma via de acesso do aeródromo ao CLA. A obra,
com duração de um ano, tem início previsto para janeiro de 2013.
O presidente da AEB, José Raimundo
Coelho, em visita a São Luís, em julho de 2012, defendeu a necessidade de se
pensar também em iniciativas com benefícios de longo prazo: “Somente por meio
da educação de qualidade é possível mudar os parâmetros de desenvolvimento da
região. Sugiro a construção de escolas de todos os níveis de ensino”. Ele
salientou que a AEB está pleiteando junto ao Estado, à Universidade Federal do
Maranhão e ao Município para que essas iniciativas sejam encaminhadas.
Futuro – Há um plano para
se erguer em Alcântara um Espaço Multifuncional, reunindo num único lugar a
prestação de serviços de nutrição e educação alimentar; de saúde, com medicina
preventiva; atendimento social, inclusive assistência vocacional; atendimento psicológico
em situações estremas; e assistência social a crianças e idosos em situação de
risco. O espaço oferecerá, também, serviços básicos, como a emissão de
documentos; caixa bancário; acesso a internet; cultura; lazer e educação qualificação
profissional rápida, e cursos especiais.
Saiba mais sobre o CLA
Alcântara é um local privilegiado
para lançamentos espaciais bem sucedidos graças também às condições climáticas
muito favoráveis. O regime de chuvas bem definido e ventos toleráveis permitem
lançamentos durante todo o ano. Além disso, há facilidades de apoio logístico,
com a vizinhança de uma cidade do porte de São Luís, acessível por ar, mar e
terra; e a proximidade de importantes centros de operações espaciais, como o
Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte, e o Centro
Espacial Europeu, situado em Kourou, na Guiana Francesa.
O CLA, a segunda base de
lançamento espacial do Brasil, foi construída em 1989, como alternativa ao
Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) – localizado em Parnamirim, município
vizinho a Natal -, que ficou impedido de ampliar-se e lançar grandes foguetes
por causa do crescimento urbano na região.
O CLA, em suma, é seguro,
econômico e disponível o ano inteiro. Tudo isso lhe confere alta confiabilidade
e competitividade. Bem desenvolvido, esse centro espacial de melhor localização
do mundo pode se tornar também o de melhor desempenho.
Poucos são os países que têm
a ventura de reunir, num só lugar, os requisitos necessários para que um grande
centro espacial possa reduzir ao máximo os riscos naturais das operações de
lançamento, cada vez mais necessárias.
Fonte: Revista Espaço Brasileiro - Num. 14 - Jul - Dez de
2012 – pág. 30
Comentário:
Concordo em grande parte com o que está escrito nessa matéria, apesar de achar
que não precisávamos esperar 23 anos para darmos inicio as essas benfeitorias,
já que isso deveria ter sido iniciado na época da implementação do centro num prazo
máximo de cinco anos, e o que se viu nesse período foram inúmeras promessas que
não foram cumpridas, resultando nesse imbróglio todo com as Comunidades Quilombolas.
Entretanto Sr. Nilo Andrade, o senhor falou dessas benfeitorias todas que
reconheço se forem realmente realizadas serão benéficas para todos, mas
esqueceu de dizer se a AEB e esse desastroso governo que os senhores representam
tem algum plano para evacuação rápida da população da região para o caso de um
eventual desastre com esse trambolho tóxico ucraniano, ou com o de seu armazém de
combustível? Lembrando que a capital do estado está aproximadamente a 50 km em
linha reta do sitio de lançamento dessa aventura transloucada criada por vocês.
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