Cachoeira Paulista: 42 Anos Ligada ao Espaço
Olá leitor!
Segue
abaixo uma interessante matéria publicada
na “Revista Espaço Brasileiro”
(Jul – Dez de 2012), destacando as atuais atividades da Unidade de Cachoeira Paulista do “Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)” após a mesma ter completado 42 anos de
existência.
Duda
Falcão
INPE
Cachoeira
Paulista:
42
Anos Ligada ao Espaço
Essencial
na geração de imagens, propulsão,
monitoramento
solar e meteorologia
Foto: INPE
Antenas do BDA |
A Unidade de Cachoeira Paulista do INPE comemorou, em setembro de 2012,
42 anos de atividades fundamentais para o Programa Espacial Brasileiro.
O dia 28 de setembro foi instituído como o dia do aniversário da unidade
em alusão à data em que o Estado de São Paulo doou seu atual terreno à então
Comissão Nacional de Atividades Espaciais (CNAE), que deu origem ao INPE. Ato
presidido pelo diretor do INPE, Leonel Perondi, homenageou os servidores e
destacou as principais realizações da Unidade no último ano.
Cachoeira Paulista, em sua área de mais de 10 km², acolhe, entre outros
órgãos, o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), o Centro de
Ciência do Sistema Terrestre (CCST), o Laboratório de Combustão e Propulsão
(LCP), as Divisões de Geração de Imagens (DGI) e de Satélites e Sistemas
Ambientais (DSA), além do Projeto BDA para monitoramento da atividade solar.
Propulsão e Combustão – Os ensaios do subsistema propulsivo completo da
Plataforma Multimissão (PMM), realizado na câmara principal de vácuo do Banco
de Testes com Simulação de Altitudes (BTSA), é um dos destaques do ano. O BSTA
integra o Laboratório Associado de Combustão e Propulsão (LCP), que, em 2012,
foi responsável pela qualificação do primeiro subsistema de propulsai nacional
para satélite que estará a bordo do satélite Amazônia-1. O LCP criou um sistema
de compatibilidade de materiais para desenvolver um tanque de hidrazina
nacional, em parceria com a Fibraforte, empresa brasileira que trabalha no
subsistema de propulsão da PMM. O LCP participou também da elaboração de normas
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para o setor espacial,
incluindo normas de segurança e compatibilidade de materiais e normas de
características, amostragem e métodos de análise de fluidos.
O LCP realiza ainda atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação
em combustão aplicada, combustão teórica e meio ambiente, que envolve desde
queimadas experimentais (incêndio controlado para fins de pesquisa) na Amazônia
até testes de materiais poliméricos do Veículo Lançador de Satélites (VLS) e o
desenvolvimento de injetores de biocombustíveis. O LCP atende à área de
catálise e materiais, que inclui produção de combustível sintético, catalisadores
para propelentes espaciais e transportadores de oxigênio para combustão limpa.
Mudanças climáticas – O Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST)
desenvolve pesquisas e projeções de clima reconhecidas e utilizadas por
instituições nacionais e internacionais que colocam o INPE na vanguarda da
área. O CCST têm realizado estudos para avaliar impactos das mudanças
ambientais globais e regionais nos sistemas sócio-econômico-ambientais,
sobretudo os associados às implicações no desenvolvimento nacional e na
qualidade de vida, além das pesquisas dedicadas ao monitoramento, mitigação e
adaptação às mudanças ambientais. Graças aos modelos computacionais do CCST, o
INPE elabora cenários futuros de mudanças ambientais globais de interesse do
país.
Geração de imagens – Receber, armazenar, processar e distribuir imagens
de satélites nacionais e internacionais é a missão da Divisão de Geração de
Imagens (DGI), que já atingiu a marca de dois milhões de imagens fornecidas sem
custo para o usuário, por meio de seu catálogo online. O Centro de Dados de
Sensoriamento Remoto (CDSR) sediado em Cachoeira Paulista, tem um dos acervos
mais antigos do mundo. Registra imagens de satélite desde 1973 (Landsat-1, o
primeiro satélite de sensoriamento remoto, foi lançado em 1972). Seu catálogo permite
o acompanhamento das mudanças ambientais, urbanas e hídricas no país por meio
do registro por satélites. Hoje, a DGI recebe dados dos satélites Aqua, Terra,
Resourcesat-1, GOES-12, GOES-13, UK-DMC-2, Landsat-7, NOAA-15, NOAA-16, NOAA-18
e NOAA-19, Meteosat e do UK-DMC-2, satélite britânico. E prepara-se para
receber os dados dos satélites Landsat-8, NPP, METOP-B, Resourcesat-2 e
CBERS-3. Em agosto de 2012, foi instalada nova antena para aquisição de dados
dos satélites NOAA. A DGI também trabalha com satélites meteorológicos . Em
2012, ganhou novo sistema para armazenar imagens de satélites.
Meteorologia – O Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos
(CPTEC) é responsável por um dos serviços mais conhecidos do INPE. O CPTEC tem
o Tupã, um dos mais poderosos supercomputadores do mundo para previsão de tempo
e estudos em mudanças climáticas. Em 2012, a melhoria de modelos para a descrição
da dinâmica atmosférica permitiu aprimorar a previsão. Também implementou-se o
modelo de previsão numérica regional com escala espacial de cinco quilômetros e
previsão de cinco dias para toda a América do Sul.
BDA – Para estudar o Clima Espacial, Cachoeira Paulista abriga o
primeiro monitor com mapas da atividade solar, instrumento de grande porte,
único no mundo: o Arranjo Decimétrico Brasileiro (BDA, na sigla em inglês),
projeto que reúne o maior conjunto de telescópios já instalado no Brasil. Esse
interferômetro em ondas decimétricas tem 26 antenas para rastreio do Sol –
algumas já funcionam, com seus receptores já instalados e conectados à central
de operação. O projeto é apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo (FAPESP) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Hoje, no mundo, há apenas 13 centros de alerta para clima espacial, entre eles
o do INPE, para monitorar tempestades magnéticas e evitar os efeitos que causam
danos em sistemas tecnológicos nas áreas de comunicações, geoposicionamento, linhas
de transmissão de eletricidade, aviação civil, satélites e outros. O BDA, graças
às tecnologias situadas na fronteira do conhecimento, será capaz de mapear o
Sol em detalhe, com pelo menos dez imagens por segundo. O fato trará um avanço
sem precedentes ao monitoramento de clima espacial no Brasil.
Fotos: INPE
Técnicos do INPE trabalhando em câmara de testes do BTSA/LCP |
Subsistema de propulsão para satélite em teste no BTSA/LCP |
Fonte: Revista Espaço Brasileiro - Num. 14 – Jul – Dez de
2012 - págs. 10 e 11
Comentário: Ta tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas será que não poderiam
ter capinado os arredores do BDA antes de tirarem essa foto?
aparentemente as antenas tem a mesma idade
ResponderExcluirPois é Anônimo,
ResponderExcluirRsrsrs, mais não tem não, elas são modernas e ainda estão sendo instaladas.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)