Livro Rev. Histórias Inéditas do ITA Contadas por Ex-Alunos
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (23/12) no site do jornal
“O VALE”, destacando que livro revela histórias inéditas do ITA contadas por ex-alunos.
Duda Falcão
Nossa Região
Livro Revela Histórias Inéditas
do ITA Contadas por Ex-Alunos
Estudantes formados pela escola de engenharia mais
disputada
do país revelam a rotina e a relação afetiva com o
instituto
Xandu Alves
São
José dos Campos
23 de dezembro de 2012 - 02:57
Foto: Thiago Leon
Fachada do ITA
A melhor escola do mundo para quem nela estuda. É assim a
definição dos iteanos, os estudantes do ITA (Instituto Tecnológico de
Aeronáutica), de São José dos Campos, para a principal escola de engenharia do
país.
Mas eles nem sempre concordam entre si, como revela um
deles: “Ser iteano é discordar sempre de outro iteano, mesmo que ele concorde
com você”.
Aparentemente contraditória, a frase do engenheiro
mecânico-aeronáutico Marcelo Dias Ferreira, estudante da turma de 1994 e
presidente da AEITA (Associação dos Engenheiros do ITA) desde 2010, mostra bem
a complexidade que é a vida de quem passa cinco anos envolvido com o instituto.
Esse é o tempo de dedicação dos alunos a um dos sete
cursos oferecidos no ITA, cujo vestibular é um dos mais concorridos do país.
Neste ano, 7.285 candidatos se inscreveram para 130 vagas
--média de 56 por vaga.
Na UNESP (Universidade Estadual Paulista), o curso mais
concorrido neste ano foi Medicina, com índice de 56,43 candidatos por vaga.
Criado em 1950, o ITA formou estudantes ilustres, como
Ozires Silva, um dos fundadores da Embraer e ex-presidente da Petrobras.
Livro. Para
contar toda essa história, mas pela ótica de ex-alunos e professores, a AEITA
resolveu editar um livro luxuoso sobre o instituto, em duas partes. A primeira
foi lançada em 19 de outubro deste ano, no encontro anual de engenheiros do
ITA, em São José.
Com 240 páginas, capa dura e formato grande (21 x 29 cm),
o livro “Histórias para contar, amigos para encontrar” traz depoimentos
engraçados, inspiradores e reveladores de quem passou pelo ITA e ajudou a construir
a história do instituto.
As instalações do complexo em São José acabaram se
tornando históricas por terem sido projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer,
morto aos 104 anos em 5 de dezembro.
Experiência.“A
gente cria uma relação afetiva com o ITA. Todos temos orgulho de ter estudado
lá”, afirmou Ferreira. “Essa é a melhor escola de engenharia do mundo, pelo
menos para os iteanos.”
No livro, um desses apaixonados pelo instituto é o
engenheiro e professor Newton Soler Saintive, 84 anos, único remanescente da
primeira turma de iteanos.
Ainda na ativa, lecionando em uma escola formadora de
técnicos de aeronáutica de São Paulo, Saintive se mostrou surpreso com a
evolução do ITA através das décadas.
“Nunca imaginei que alcançaria o estágio atual e que
engenheiros do ITA fossem a base da Embraer, que enche de orgulho todos os
brasileiros.”
Namoro ou Amizade?
Há histórias engraçadas, como a do iteano Wilson Ruiz, da turma de 1952, que se
encantou com a filha do professor Lacaz e resolveu pedi-la em namoro. Detalhe:
ele tinha 24 anos e a moça, apenas 13.
Os encontros tinham que ser escondidos até que Ruiz
encontrou coragem para fazer o pedido de noivado. As intenções do estudante eram
tão sérias, que o casamento deles já dura 55 anos.
O livro, que pode ser baixado gratuitamente no site da
AEITA (www.aeita.com.br), ainda traz histórias de fantasmas, de alunos com
insônia, de trote em veteranos e do golpe militar no Brasil.
‘Estudar no ITA é motivo de orgulho’
Entrevista
com Marcelo Ferreira, presidente da AEITA
Como surgiu a ideia de
produzir o livro sobre o ITA?
Começou em 2009, ano em que publicamos pela última vez um catálogo de
referência de contato de ex-alunos, que saía a cada dois anos. Mas ele foi
interrompido por falta de dinheiro. Assumi a Presidência da AEITA (Associação
dos Engenheiros do ITA) em 2010 com a proposta de lançar um livro sobre a
escola, com um formato moderno.
Vocês tentaram financiar a
obra pela Lei Rouanet?
Sim. Estruturamos o projeto e aprovamos Ministério da
Cultura, em 2011, mas não conseguimos captar nenhum centavo. Foi a maior
frustração do primeiro mandato. Fui reeleito em 2012 e continuei com a ideia do
livro.
Como ele foi concretizado?
Resolvemos fazer com dinheiro próprio. Dividimos o projeto em dois. O
primeiro livro aborda a história do ITA de 1950 a 79 e o segundo, que será
lançado em outubro de 2013, até os nossos dias. Por causa do custo, só pudemos
publicar 2.500 exemplares, que foram enviados para os sócios da AEITA, escolas,
bibliotecas e instituições. A nossa vontade é de ampliar essa tiragem.
O que traz o livro?
Histórias de ex-alunos que valem a pena ser contadas. Elas interessam
muito a quem estudou no ITA, mas também a pessoas que gostam de boas histórias,
sejam elas engraçadas, emocionantes ou históricas. Muita gente importante
passou pelo ITA.
Essas histórias mostram um
outro lado do ITA?
Sim. Muitas delas são bem interessantes para quem é de fora, para ver
que não somos um bando de nerds que passa o dia inteiro estudando. Somos
pessoas normais iguais a todo mundo.
Como foi o lançamento?
Foi na festa anual dos ex-alunos do ITA, em 19 de outubro deste ano,
quando temos o tradicional evento ‘Sábado das origens’. O livro foi produzido em
seis meses pela jornalista Ana Paula Soares, assessora de imprensa da AEITA.
É diferente estudar no ITA?
O ITA tem uma importância nacional. Para nós, é a melhor escola de
engenharia do mundo. Todos têm orgulho de ter estudado lá.
Fonte: Site do Jornal “O VALE” - 23/12/2012
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