AEB Assina Quatro Novos Contratos de Projetos do PEB

Olá leitor!

Diário Oficial da União (DOU) de hoje (28/12) publicou quatro “Extratos de Contratos” assinados relacionados com os projetos do SARA Suborbital, dos Satélites CBERS 3 e 4 e do Satélite Científico Lattes respectivamente. Abaixo segue os quatro extratos como publicados no DOU.

Duda Falcão


AGÊNCIA ESPACIAL BRASILEIRA
EXTRATO DE CONTRATO Nº 17/2012 - UASG 203001

Nº Processo: 01350000104201212;
DISPENSA: Nº 29/2012;
Contratante: AGENCIA ESPACIAL BRASILEIRA – AEB;
CNPJ Contratado: 96238134000114;
Contratado: CENIC ENGENHARIA INDÚSTRIA E COMERCIO LTDA;
Objeto: Contratação de empresa para prestação de serviços de desenvolvimento e industrialização do Banco de Controle SARA Suborbital;
Fundamento Legal: Art. 24, Inciso XXXI da Lei nº 8.666/93;
Vigência: 21/12/2012 a 14/01/2014;
Valor Total: R$1.786.269,00;
Fonte: 100000000 - 2012NE800255;
Data de Assinatura: 21/12/2012.

(SICON - 27/12/2012) 203001-20402-2012NE800009

EXTRATO DE CONTRATO Nº 18/2012 - UASG 203001

Nº Processo: 01350000232201201;
INEXIGIBILIDADE: Nº 26/2012;
Contratante: AGENCIA ESPACIAL BRASILEIRA – AEB;
CNPJ Contratado: 65481012000120;
Contratado: MECTRON - ENGENHARIA, INDUSTRIA E-COMERCIO S.A.;
Objeto: Contratação de empresa para serviços de retroprojeto dos circuitos in-rush e substituições dos conversores DC/DC nos equipamentos transponder TTCS modelo de voo FM1, FM2 e FM3;
Fundamento Legal: Art. 25, Caput da Lei nº 8.666/93;
Vigência: 27/12/2012 a 26/01/2013;
Valor Total: R$1.145.364,85;
Fonte: 100000000 - 2012NE800245;
Data de Assinatura: 27/12/2012.

(SICON - 27/12/2012) 203001-20402-2012NE800009

EXTRATO DE CONTRATO Nº 19/2012 - UASG 203001

Nº Processo: 01350000231201258;
INEXIGIBILIDADE: Nº 22/2012;
Contratante: AGENCIA ESPACIAL BRASILEIRA – AEB;
CNPJ Contratado: 01111976000102;
Contratado: EQUATORIAL SISTEMAS S/A;
Objeto: Contratação de empresa para prestação de serviços de retrabalho dos circuitos de in-rush dos equipamentos SPE modelo de voo FM1, FM2 e FM3 e substituição dos conversores DC/DC;
Fundamento Legal: Art. 25, Caput da Lei nº 8.666/93;
Vigência: 26/12/2012 a 25/01/2013;
Valor Total: R$720.797,00;
Fonte: 100000000 - 2012NE800244;
Data de Assinatura: 26/12/2012.

(SICON - 27/12/2012) 203001-20402-2012NE800009

EXTRATO DE CONTRATO Nº 20/2012 - UASG 203001

Nº Processo: 01350000237201212;
INEXIGIBILIDADE: Nº 27/2012;
Contratante: AGENCIA ESPACIAL BRASILEIRA – AEB;
CNPJ Contratado: 00011009000106;
Contratado: FIBRAFORTE ENGENHARIA, INDUSTRIA E COMERCIO LTDA;
Objeto: Aquisição de um Subsistema de Propulsão do satélite LATTES;
Fundamento Legal: Art. 25, Caput da Lei nº 8.666/93;
Vigência: 28/12/2012 a 27/02/2015;
Valor Total: R$7.883.358,00;
Fonte: 100000000 - 2012NE800256;
Data de Assinatura: 27/12/2012.

(SICON - 27/12/2012) 203001-20402-2012NE800009


Fonte: Diário Oficial da União (DOU) - Seção 3 - pág. 17 - 28/12/2012

Comentário: Bom leitor esses contratos são muito importantes para o PEB e felizmente foram assinados antes da virada do ano. Para quem não se lembra, esses contratos são referentes aos extratos de Dispensa e Inexigibilidade de licitação divulgados recentemente aqui no blog (veja as notas: “AEB Publica Ext. de Dispensa e de Inexigibilidade de Licitação”, "AEB Publica Novos Ext. de Disp. e de Inexigib. de Licitação”) sendo que o do Aeródromo de Alcântara já havia sido assinado (veja a nota: “AEB Assina Contrato das Obras do Aeródromo de Alcântara”). Entretanto cabe aqui expor algumas explicações e dúvidas. O contrato referente ao Banco de Controle do Sara Suborbital nos deixa muito satisfeito, pois prevê não só o seu desenvolvimento pela CENIC Engenharia, como também a sua industrialização. Entretanto o seu período de vigência (21/12/2012 a 14/01/2014) nos deixa muito preocupado, pois se esse Banco estiver sendo desenvolvido para ser testado no “SARA Suborbital I” e não para o “SARA Suborbital II”, isso significará que o “SARA Suborbital I” não será mais lançado em 2013, o que seria tremendamente frustrante. Seria muito bom se alguém ligado ao “Projeto SARA” pudesse esclarecer essa duvida para o blog e seus leitores. Já os dois contratos das empresas MECTRON e Equatorial Sistemas referentes aos reprojetos dos subsistemas dos satélites CBERS 3 e 4, os prazos de vigência são bem curtos, gerando com isso a expectativa de que o CBERS-3 possa ainda ser lançado em 2013, apesar da crença do  SindCT de que o atraso será de dois anos. Já quanto ao contrato da empresa FIBRAFORTE Engenharia relativo ao Sistema de Propulsão do Satélite Cientifico LATTES, a verdade é que esse satélite está superatrasado no seu desenvolvimento e qualquer avanço nesse sentido já é alguma coisa.

Comentários

  1. Duda,

    Alem da noticia do possível atraso do SARA, outra coisa me chamou atenção, o retroprojeto dos circuitos in-rush e substituições dos conversores DC/DC, logo estamos adquirindo de um outro fornecedor e não foi possível a firma americana resolver o problema, e o que é pior, alem do atraso, nós contribuintes estamos pagando a conta pela incompetência.

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    1. Olá Membro Delegado - Marcílio Farias!

      Não diria necessariamente que o INPE foi incompetente, pois a empresa fornecedora americana fornece o mesmo conversores para projetos de satélites de diversos países. Eu diria que eles foram imprudentes e diria até inocentes, já que eles sabiam que os americanos não são favoráveis ao Programa CBERS, e diante disso o risco era inaceitável segundo a minha visão pessoal.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Caro Duda,

    Cada vez mais começo a ficar céptico em relação ao lançamento do CBERS-3 em 2013. Na verdade, e não me levem a mal, toda a história do CBERS-3 parece mais uma novela com um enredo muito complicado.

    Esperava que o lançamento do CBERS-3 tivesse lugar em Fevereiro próximo, mas sendo assim, espera-se ainda muito trabalho no satélite.

    Nem dá para acreditar nisto tudo!

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  3. Caro Rui!

    Na verdade também não acredito que o CBERS-3 seja lançado em 2013, já que esses subsistemas terão de ser reprojetados, fabricados, testados a exaustão, para então serem qualificados para voo, e a prudência que o INPE deve ter nesse momento (isto se não houver pressão política) nos leva acreditar que o CBERS-3 deve levar de 1 e meio a 2 anos para ficar pronto.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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    1. Colegas,

      Mas atentem para um detalhe do contrato, ele tem vigência até fevereiro de 2013 e cobre reprojeto e substituição, e o serviço deve ser feito la mesmo na China, pois é la que se encontra o Satélite.
      Diante disso, acredito que seja possível o lançamento ainda este ano, mas estrago já foi feito, e a imprudência, como diz o Duda, foi tanta, que não tiveram nem coragem de observar que o mesmo conversor deu problema idêntico na Índia, fazer o quê?? Então só nos restam torcemos por um final feliz.

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    2. Olá Membro Delegado!

      Não é bem assim, como eu disse acima esses subsistemas terão ainda de serem projetados e fabricados por essas empresas brasileiras (Equatorial Sistemas e MECTRON), testados a exaustão e qualificados para voo nas instalações do LIT em São José dos Campos, e ai sim enviados para China para serem integrados ao satélite.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    3. Valeu Duda,

      Eu sempre pensei que estes circuitos e este transponder fossem partes intransponíveis do satélite.
      Daí não imaginei que fosse possível teste em separado destes circuitos, sem as câmaras.

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    4. Olá Membro Delegado!

      Tudo bem, sem problema, estamos aqui para isso, ou seja, esclarecer as coisas quando tivermos a informação.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  4. Gente,

    E eu que vivo falando que o pessoal de "dentro do sistema" e na "base da produção" científica tinha que tomar uma atitude.

    Cada vez fico mais descrente desses projetos.

    O VLS, um projeto que teve início no final da década de 60, ficou interrompido desde 2003 quando da fatídica explosão.

    Esse CBERS 3 que começou sei lá quando, mas a última integração parece que ocorreu em 2008, com componentes fabricados alguns anos antes.

    É muito triste se dar conta que estamos tentando sempre reviver projetos questionáveis, antiquados e muito mal conduzidos na cúpula do governo e das instituições envolvidas, e ao que tudo indica, as pessoas que estão lá "metendo a mão na massa" também não se importam muito, nem com as suas próprias carreiras, pois até agora não fizeram nenhuma manifestação contrária a esse amontoado de absurdos!

    É muito triste...

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  5. Caro Marcos!

    As coisas não são bem assim. O VLS-1 não é um projeto do final da década de 60 e sim do início da década de 80 quando a MECB (Missão Espacial Completa Brasileira) foi estabelecida, tendo a sua primeira ação indireta de desenvolvimento, ou seja o SONDA IV, sendo lançado pela primeira vez em 1984. Entretanto a sua primeira ação direta de desenvolvimento foi efetivamente na década de 90 com o lançamento do primeiro VS-40. Sendo que a cada vôo do VLS-1 (Operações Brasil, Almenara e São Luís) o protótipo era melhorado e modernizado. O protótipo do próximo voo além de melhorado sob orientação Russa ele foi completamente revisado e modernizado e seu grau de nacionalização hoje é ainda maior devido em grande parte ao sucesso do Projeto SIA. Entretanto, volto a insistir contigo, o IAE está utilizando o VLS-1 unicamente como projeto de desenvolvimento, certificação e qualificação das partes que serão usadas pelo VLS Alfa, não tendo objetivo de utilizá-lo como veículo corriqueiro, encerrando sua história com o VLS-1 VO 4.

    Já o CBERS-3 de onde é que você tirou a ideia de que ele é ultrapassado? Um satélite Marcos utiliza peças desenvolvidas há décadas como peças de origem recente, dependendo de sua função. O que vale aqui é a sua Carga Útil, ou seja as Câmeras de Sensoriamento Remoto, e nesse caso tanto as desenvolvidas na China quanto as desenvolvidas no Brasil são moderníssimas.

    Já quanto a SARA Suborbital você cometeu outro erro, pois apesar de seu projeto ser também do final da década de 90, mas iniciado efetivamente por volta (creio eu) de 2002, o mesmo foi modernizado e seu objetivo final, ou seja, o SARA Orbital, é também hoje o objetivo de projetos de várias Agências Espaciais do mundo, e um bom exemplo disso é o SHEFEX REX, ou SHEFEX IV, como também é conhecido. Em outras palavras, não é por acaso que o DLR vem ajudando o Brasil com o Projeto SARA na área de reentrada atmosférica.

    Quanto ao Satélite científico Lattes, também baseado na PMM como o Amazônia-1, apesar de está superatrasado, é o mesmo caso do CBERS-3, ou seja, o que vale são as cargas uteis, que nesse caso são os experimentos Equars e Mirax.

    Entretanto, existe sim a má condução desses projetos por parte do governo, mas não das instituições envolvidas que fazem o que podem para manterem eles andando. O caso do CBERS-3 não foi de incompetência do INPE, e sim de imprudência e diria de inocência da direção do instituto que não deveria ter comprado peças americanas para um satélite fruto de um programa com a China que desagrada os americanos. O problema é que os nossos cientistas diferentemente do que acontece em outros países, tem de se preocuparem não só com engenharia como deveriam, como também com estupidez política, burrocracia, leis incompatíveis com a sua área de atuação e também como houve no caso do CBERS-3, analise política de risco internacional, coisas que evidentemente são ações que cabem ao governo, mas como sabemos, ele não existe.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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    1. Oi Duda!

      Só alguns registros sobre as minhas afirmações:

      1 – Quando ao VLS, isso não saiu da minha cabeça. Está documentado, que o projeto de toda a série de foguetes Sonda e especificamente do VLS, surgiu de toda a documentação da Black Brant sobre seus foguetes e o treinamento durante o projeto "South Atlantic Anomaly Probe", e o projeto de um veículo ao estilo do VLS, com boosters laterais estava esboçado como um projeto que a Black Brant pretendia levar adiante. Na verdade, podemos dizer que lá foi a origem dos nossos foguetes atuais. Isso está documentado em vários livros que tive acesso, inclusive o que li mais recentemente, o “Os primórdios da Atividade Espacial na Aeronáutica”. Portanto, a “origem histórica” do VLS é do final da década de 60, nesse documento da Black Brant que já descrevia esse foguete modular com boosters laterais todo movido a combustível sólido, e como você mesmo afirma, ele só começou a ser implementado por aqui, mais de uma década depois, mas esse nem é o principal problema com esse projeto, mas isso já é uma outra questão.

      2 – Quanto ao CBERS e outros satélites, tenho consciência que esses projetos levam anos para ser concluídos, anos, não décadas, mas a minha intenção nesse caso, era destacar que no mundo da tecnologia em geral, um ano é tempo mais que suficiente para tornar algo que a um ano era novidade, obsoleto. Concordo também que o grande X em termos de satélite é a carga útil e não o seu envelope. No entanto cabe destacar também que o “nosso” satélite” com a sua carga útil, está lá na China já a um bom tempo. Espero que numa sala segura, vigiada por servidores públicos brasileiros, incorruptíveis, pois caso contrário, não me surpreenderia o fato de os chineses lançarem em breve um satélite próprio, só deles, com uma câmera “bem semelhante” à nossa, ou até melhor.

      3 – Quanto ao SARA, não falei nada. Aliás, esse é um dos projetos que tem o meu total apoio.

      4 – Quanto ao Lattes e o Amazônia-1, apesar de eu não ter mencionado, como você mesmo disse estão no mesmo processo de atraso, e aqui vale mais uma vez o destaque: eu acho inconcebível que os profissionais envolvidos não tomem uma ação enérgica contra esses atrasos. O pior desses atrasos, é que eles remarcam para o próximo ano, e TODOS sabemos que isso não vai acontecer, em 2013 eles vão remarcar pra 2014, e os profissionais envolvidos vão continuar assistindo isso passivamente até quando?

      5 – Ao final, esse é um dos pontos da nossa discordância o fato de as instituições envolvidas “fazem o que podem para manterem eles andando”, não é o suficiente. Afinal a inércia é um tipo (gravíssimo diria eu) de incompetência. Se ninguém se lembra, Hitler chegou onde chegou pela inércia dos governantes da Europa naquela época. Se eles tivessem se unido e enfrentado o problema logo no início, quantas vidas não seriam salvas? Como você mesmo disse, os nossos engenheiros e cientistas, precisam além de fazer suas pesquisas e desenvolvimentos, lidar com essa estupidez burocrática e política. Todos sabem que isso está errado, então é como eu digo: parem tudo, se juntem, definam algum plano executivo viável, e tomem atitudes mais firmes nessa direção (sendo bem explícito GREVES). Uma coisa é fato: de cima para baixo não adianta esperar nada de bom. Isso simplesmente não vai acontecer! Se nada for feito na base, só tende a piorar.

      Abs.

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  6. Olá Marcos!

    Procurarei ser sucinto pois não irei mais abordar esse assunto contigo, pois já vi que não adianta e não vamos chegar a lugar algum nesse sentido.

    VLS - Sua informação não está correta. Você não compreendeu o que leu. No anos 60 se discutia a possibilidade de se desenvolver um veículo lançador no Brasil, mas não existia projeto nenhum nesse sentido e nem tecnologia para sequer sonhar com essa possibilidade. As discussões aumentaram com a chegada do Jaime Boscov em 1969 e se estenderam pela década de 70, até que ai sim, com a criação da MECB em 1980 é que efetivamente se lançou o projeto do Veículo Lançador de Satélites (VLS) o qual sua primeira ação foi o desenvolvimento do Sonda IV. Em outras palavras, tecnologias que seriam efetivamente aplicadas no projeto do VLS só tiveram suas pesquisas e ações iniciadas e testadas com o Sonda IV, ponto.

    CBERS-3 - Não existe risco nenhum dos Chineses copiarem a tecnologia das câmeras brasileiras do CBERS-3, pois os chineses já dispõem de tecnologia para desenvolver câmeras semelhantes e se necessário (para outras aplicações) até melhores. Se elas fossem americanas, talvez a situação seria outra. Nosso problema com os Chineses ou com qualquer outra nação são em relação a tecnologias que eles não dispõem, como por exemplo a de propulsão hipersônica a Laser e de ar aspirado que estão sendo desenvolvidos no IEAv, ai sim seria um problema.

    SARA - Desculpe-me, como você deu entender no final de seu comentário que estava generalizando quando disse: "É muito triste se dar conta que estamos tentando sempre reviver projetos questionáveis, antiquados e muito mal conduzidos na cúpula do governo e das instituições envolvidas", pensei que você estivesse falando também do Projeto SARA, já que o mesmo foi um dos temas da nota.

    LATTES - A mesma explicação do SARA serve para o LATTES e lhe peço desculpa também, e o Amazônia 1 só foi usado por mim para pontuar o uso da PMM por ambos os satélites.

    GREVES - Não concordo com sua opinião e lhe explico porque. O SindCT vem tentando isso há anos e não funciona, e é simples entender. O PEB não tem importância nenhuma para o governo e o problema seria tratado em banho maria só favorecendo as forças contrárias do Programa. A greve só seria possível e efetiva se a mesma fosse geral, envolvendo todas as áreas de ciência, tecnologia e inovação, ai incluindo também os laboratórios de universidades públicas apoiados pelo MCTI, CNPq e outras instituições do governo. Quando isso vai ocorrer, nunca, pois não existe clima para isso.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  7. Ei Marcos,

    Permita eu dar uma acrescentada no seu comentário:

    1 É exatamente ai onde mora o atraso do nosso PEB, tudo foi desenvolvido a partir dos anos 60, usando somente a tecnologia de combustível solido e pra nossa tristeza, outras nações que que iniciaram o programa espacial nesta mesma época, hoje tem obtido sucesso com o combustível liquido (China e India).

    2 A China já lançou este satélite que você se refere e já conseguiu assimilar toda o nosso conhecimento neste área.

    3 Este sim é um projeto de futuro, apesar de ser de pequeno porte.

    4 o Lattes deve ser lançado fora do Brasil, quanto ao Amazonas-1 acompanha o atraso da PMM.

    5. Concordo plenamente com você e ouso discorda do Duda, pois nossas instituições não são formada somente de corpos técnicos, temos um quadro administrativo em todas elas.
    O que na realidade acontece é que este quadro administrativo nem sempre está em sintonia com o quadro técnico, gerando prejuízos para as atividades fins por falta de apoio das atividades meio.

    É isso...

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  8. Bom, respondendo aos dois:

    Duda, nossas discussões e discordâncias em alto nível como tem sido, só servem para enriquecer o conhecimento de ambos e dos nossos leitores, portanto, espero que continue assim (zero problema quanto a isso).

    Se é necessário um envolvimento maior da classe para uma possível greve ter o efeito desejado, tanto melhor, que assim seja. Esperar coisa melhor desse ou de outros "governos" é que não vai resultar em muita coisa...

    Marcilio, o que venho tentando propor, é "fechar o ciclo" de combustíveis sólidos nas entidades de pequisas, com os motores que já temos, acrescidos do S50 para o VLM, e daí por diante dedicação exclusiva a tecnolgia de combustível líquido, repassando os motores de combustível sólido aos interesses militares (que precisam deles) e à industria privada.

    Quanto aos satélites, o Duda esclareceu bem. Quanto as possíveis greves, são esses questionamentos que precisam ser feitos. A quem interessa essa inércia? Acredito que os Técnicos, Cientistas e Engenehiros não devem estar nada satisfeitos com os rumo das suas respectivas carreiras dentro dessa situação de caos total. Então...

    Abs.

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  9. Olá Marcos!

    Sempre em alto nível amigo e suas colocações sempre me ajudam a relembrar os anos gloriosos PEB na época dos governos militares, quando existia apoio e estimulo nas equipes que trabalhavam no programa.

    Só completando: Quando o Jaime Boscov chegou da França (onde trabalhava) em 1969, ele trouxe embaixo do braço o projeto do SONDA III e a ideia e vontade na cabeça de desenvolver no Brasil um Veículo Lançador que era compartilhada também pela Aeronáutica que sonhava naquela época de possuir a tecnologia de misseis de longo alcance.

    Por volta de 1978/79 a Aeronáutica vinha discutindo com a França o desenvolvimento de um lançador, enquanto o Boscov vinha esboçando o seu VLS sem apoio. Como o acordo com a França não deu resultado devido pressão americana, o Ministério da Aeronáutica pressionou o governo e lançou em 1980 a "Missão Espacial Completa Brasileira (MECB)" que consistia na realização básica e seis projetos. A implantação de um novo Centro de Lançamento que seria o CLA, o desenvolvimento de um Veículo Lançador de Satélites, que seria o projeto do Boscov (por isso ele é considerado o paí do VLS) e o desenvolvimento de quatro satélites (SCD-1 e 2 e os SSR-1 e 2).

    De lá pra cá como sabemos o CLA foi implantado, o VLS-1 ainda não saiu do papel e três satélites SCDs foram desenvolvidos e lançados (SCD-1, SCD-2 SCD-2A) sendo que o SCD-2A explodiu com o VLS-1 V01. Dois satélites científicos foram desenvolvidos (Saci 1 e 2), sendo que o Saci-1 foi lançado por um foguete chinês e por alguma razão não funcionou e o Saci-2 explodiu junto com o VLS-1 V02. Além disso, ainda houve o SATEC-1 (satélite Tecnológico) e o UNOSAT-1 (primeiro nanosatélite brasileiro - universitário) que explodiram junto com o VLS-1 V03, e os satélites do Programa CBERS, lançados da China por foguetes chineses. Em resumo, essa é basicamente a história de nosso Programa Espacial a partir da MECB.

    Abs

    Duda Falcão
    (blog Brazilian Space)

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  10. Oi Duda e PessoAll,

    Só para não ficar registrada a última impressão de que "não compreendo o que leio", gostaria de registrar a fonte de onde eu li, e defender (em caráter preliminar) a minha tese.

    Trata-se de documento do INPE, o INPE-10467-RPQ/248, de autoria do Sr. Adalton Gouveia, chamado "ESBOÇO HISTÓRICO DA PESQUISA ESPACIAL NO BRASIL", que posteriormente deu origem a um livro.

    Sugiro a todos a leitura do documento, mas em relação especificamente ao desenvolvimento de foguetes no Brasil o capítulo 4, onde nas páginas 28 e 29, se lê:

    "Dentre a tal documentação, veio um livreto sobre um foguete destinado a conduzir cargas pequenas de até 300 quilos a órbitas entre 200 e 900 quilômetros. O referido foguete, em verdade, era um “cluster” constituído de foguetes da família BLACK BRANT, ou seja, tinha três estágios lineares, mais um conjunto de quatro veículos (1º estágio) agregado ao segundo estágio. Segundo as informações dos canadenses, na época, a BRISTOL já havia feito quatro lançamentos, mas de sucesso duvidoso, pois, três deles haviam apresentado algum tipo de problema nos veículos e um quarto voou regularmente mas com problemas na instrumentação de avaliação técnica."

    Então, segundo as informações disponíveis ao autor na época, a BRISTOL, tinha efetuado testes (4 lançamentos com apenas 1 sucesso parcial), com um foguete em tudo semelhante ao que viria a ser o "nosso VLS", isso no final da década de 60.

    Portanto, foi desse registro factual, por quem esteve presente na época, que partiu essa minha "compreensão", e daí a origem da expressão que usei: "a origem histórica do VLS é do final da década de 60", a qual continuo tendo como correta, pois os brasileiros envolvidos no programa espacial, tiveram o primeiro contato com este "conceito VLS" naquela época, apesar de concordar que: no Brasil, "tecnologias que seriam efetivamente aplicadas no projeto do VLS só tiveram suas pesquisas e ações iniciadas e testadas com o Sonda IV", isso é um outro fato.

    Porém gostaria de ressaltar, que no contexto, uma década a mais ou a menos, também não vai fazer tanta diferença assim, afinal 30 ou 40 anos atrás, é antigo do mesmo jeito...

    Att.

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  11. Olá Marcos!

    Cara, em alto nível, eu desisto, você tem razão, parabéns!

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  12. Bom o que importa é que mesmo em tempos de feriados e folgas coletivas o blog continua atualizando as noticias para a felicidade geral da nação.

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