Boeing Amplia Parcerias para Pesquisa no Brasil
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria da jornalista Virgínia Silveira publicada hoje (11/12) no site do “Valor
Econômico Online” destacando que a empresa americana Boeing assinará hoje dois
acordos estratégicos com o DCTA e o INPE.
Duda Falcão
Boeing Amplia Parcerias para
Pesquisa no Brasil
Por Virgínia Silveira
Para o Valor, de
São José dos Campos
11/12/2012
A Boeing dará hoje mais um passo importante
no seu plano desenvolvimento de projetos tecnológicos em parceria com empresas
e instituições brasileiras. A companhia americana assina dois acordos
estratégicos com o DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) e o
INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), referências no país na
pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia aeroespacial e de defesa.
O vice-presidente do Centro de Pesquisa e
Tecnologia da Boeing no Brasil, Al Bryant, disse que os acordos não têm conexão
com o programa de aquisição dos caças F-X2, da Força Aérea Brasileira (FAB), pois
o objetivo da empresa é o de estabelecer uma parceria de longo prazo com o
Brasil.
"A criação de um centro de pesquisa e
tecnologia vai ser o começo deste projeto com o Brasil, onde teremos a
oportunidade de trabalhar com os melhores cientistas do mundo no
desenvolvimento conjunto de capacidades em áreas inovadoras", afirmou.
Há 35 anos na Boeing, Bryant, já coordenou a
implantação dos centros de pesquisa e tecnologia da companhia na Austrália e na
China, sendo responsável por todas as decisões que envolvem o direcionamento
das pesquisas da empresa no Brasil, colaborações com universidades e parcerias
estratégicas com institutos de pesquisa e com a indústria.
Antes mesmo de inaugurar seu centro no
Brasil, a Boeing já assinou, este ano, três acordos com a Embraer, na área de
biocombustível e cooperação para o desenvolvimento do avião de transporte
militar KC-390 e para o fornecimento de sistemas para a aeronave Super Tucano.
Com previsão de investimentos da ordem de US$
5 milhões, o novo centro de pesquisa da Boeing, que será o sexto fora dos
Estados Unidos, ficará instalado, provavelmente, em São José dos Campos. As
pesquisas terão foco em desenvolvimento de biocombustíveis sustentáveis de
aviação, gestão avançada de tráfego aéreo e biomateriais, entre outras.
O Valor apurou que a empresa já teria
reservado uma grande área dentro do Parque Tecnológico da cidade, onde estão
instaladas empresas e instituições de pesquisa do setor aeroespacial e de
defesa.
"O ideal é estarmos próximos dos nossos
principais parceiros e São José dos Campos oferece esta oportunidade, onde
estão a Embraer, o INPE, o DCTA e o ITA (Instituto Tecnológico de
Aeronáutica)", disse o executivo.
O diretor do INPE, Leonel Perondi, disse que
a cooperação com a Boeing, líder mundial no desenvolvimento de satélites
geoestacionários para telecomunicações, poderá agregar valor para o Instituto,
tanto em termos de conhecimento quanto de fixação de novas tecnologias,
especialmente na área de monitoramento ambiental e de sensores com aplicação em
sensoriamento ambiental.
O INPE, segundo Perondi, faz parte do comitê
executivo do projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações
Estratégicas (SGDC), que o Brasil pretende lançar até o fim de 2014. O satélite
vai atender o Plano Nacional de Banda Larga e também as necessidades de
comunicações estratégicas do governo e das Forças Armadas.
O investimento previsto pelo governo
brasileiro no projeto é de R$ 720 milhões. A Embraer e a Telebrás criaram a
empresa Visiona Tecnologia Espacial S.A para fazer o gerenciamento dos
contratos com os fornecedores do satélite. A previsão da Agência Espacial
Brasileira (AEB) é que a escolha do fornecedor seja anunciada no começo de
2013.
Com o DCTA, segundo Al Bryant, a Boeing
pretende desenvolver uma colaboração com todos os seus institutos de pesquisa
nas áreas de ciências de voo, energia e meio ambiente, materiais e sistemas de
lançamento para satélites de órbita baixa.
Fonte: Jornal
Valor Econômico online - 11/12/2012 via site da FAB
Comentário:
Hummm interessante, mas é preciso cuidado, muito cuidado mesmo. Quem participou
na elaboração desses acordos? Foram os burrocratas de Brasília, ou gente
realmente que sabe o que faz? A Boeing é uma empresa muito bem sucedido que
está no mercado há anos, uma verdadeira cobra criada com braços estreitos
ligados a CIA americana. Paranoia? Talvez, mas a verdade é que ter americanos
livremente circulando pelos corredores dos institutos de alta tecnologia
brasileira não me parece uma boa ideia, mas... Não gosto disso, está me cheirando mal.
Apoiado, as empresas norteamericanas são realmente muito ligadas ao governo, tenho medo de que nossos institutos tecnológicos acabem sendo espionados, sinto que nossos servidores são muito ingênuos e com relação aos EUA ainda mais.
ResponderExcluirLá vem os yankees oferecer seus espelhinhos de sempre.
ResponderExcluirFazer acordo com parceiro poderoso demais só dá m*...
Sou mais acordos com a França ou países deste porte.
Ver texto no Defesanet "Submarino vira modelo de parceria tecnológica entre França e Brasil"
Abrs
Duda, lembra da concorrência para o SIVAM? A CIA grampeou as ligações dos concorrentes e acabou descobrindo uma jogada suja da francesa Thomson (atual Thales)oferecendo propina para alguns engravatados de Brasilia, que óbvio aceitaram. A partir daí houve muita pressão do governo americano até de tornar pública a história toda caso a Raytheon não fosse a escolhida. Depois de investigações o governo de FHC deu vitória a empresa americana, que realmente tinha a melhor proposta (mais barata e melhor).
ResponderExcluir"CIA grampeou as ligações dos concorrente"
ExcluirJá começou jogando "limpo"...
Como se a Raytheon também não corrompesse...
Amigo, se tiver um conflito militar com algum parceiro da OTAN pode esquecer segurança.
Os EUA traem o acordo na hora !
Olá Carlos!
ResponderExcluirNão acompanhei o processo do SIVAM e assim não tenho essas informações.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
O que o Carlos disse realmente aconteceu ...
ResponderExcluirNa visão histórica, não existe boa vontade norte americana em terras tupiniquins. Não existe abertura entre os EUA e o resto da américa latina no sentido de cooperação equitativa. Sabemos que a Embraer está ganhando terreno e que as perspectivas de crescimento do Brasil são animadoras no hemisfério sul. Fica dificil confiar num país que alega que "não podemos deixar que apareça outro Japão no hemisfério sul". Não sou esquerdista mas ficaria com um pé bem atrás quanto aos americanos, e em quase igual patamar ponho a China que já é um gigante, e peixe grande sempre ficar com a parte maior. Não tem pra ninguém.
ResponderExcluirO brasileiro precisa se preocupar com os brasileiros em Brasília, estes sim estão sabotando o PEB, os americanos perto disto não representam nada.
ResponderExcluirMiraglia
É verdade.
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