LNCC/CPTEC-INPE e IBM Firmam Parceria em Meteorologia
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (17/12) no site do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) destacando que o Laboratório Nacional de Computação
Científica (LNCC), o “Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE)”
e a IBM, firmaram parceria na Área de Meteorologia.
Duda Falcão
LNCC e Centro do INPE Firmam
Parceria com IBM em Meteorologia
Ascom do LNCC
17/12/2012 - 15:29
Uma parceria
recém-assinada reunirá em colaboração o Laboratório Nacional de Computação
Científica (LNCC/MCTI), o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos
(CPTEC) e a IBM. O propósito é o desenvolvimento de técnicas de computação de
alta performance (high performance computing – HPC) e de software de fonte
aberta para previsão meteorológica.
As três instituições vão trabalhar na melhoria das tecnologias
de previsão meteorológica e de desastres naturais do país, ajudando a criar
cidades inteligentes, com capacidade de prevenção de desastres naturais. A
capacidade de prever desastres naturais e de estar preparado a eles é um dos
fatores que formam as chamadas cidades inteligentes. O CPTEC pertence ao
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI). A IBM participa por meio
do seu programa de premiação Open Collaboration Research (OCR).
Inicialmente, a parceria vai trabalhar com um cronograma
de dois anos. A empresa entra com a tecnologia, e o LNCC e o CPTEC, com as
pesquisas. “O casamento entre as instituições une o interesse do laboratório em
aumentar o nível do modelo tecnológico usado hoje, com o interesse da IBM em
fazer uso eficiente das máquinas avançadas que eles produzem”, diz o diretor do
LNCC, Pedro Leite da Silva Dias.
“Esta parceria de colaboração aberta será extremamente
benéfica para a potencialização do investimento das agências brasileiras na
criação de modelos customizados para abordar processos localmente importantes,
como o impacto das emissões urbanas e de queimadas na previsão de chuva”,
explica.
“Modelos meteorológicos são numericamente intensos e
requerem um desenvolvimentos específicos que levem em consideração as condições
locais”, observa o diretor de Recursos Naturais do Laboratório de Pesquisas da
IBM Brasil, Ulisses Mello.
Modelos Integrados
A parceria permite ainda a criação de modelos integrados
entre oceano-terra-atmosfera de forma regionalizada, considerando a topologia e
aspectos geográficos de cada localidade. “Com esta iniciativa pretendemos dar
continuidade às ações focadas em um planeta mais inteligente, principalmente no
que diz respeito às atividades de negócios sensíveis a eventos meteorológicos”,
comenta Ulisses Mello.
“Esta parceria de colaboração aberta será extremamente
benéfica para a potencialização do investimento das agências brasileiras na
criação de modelos customizados para abordar processos localmente importantes,
como o impacto das emissões urbanas e de queimadas na previsão de chuva”,
explica Pedro Leite da Silva Dias.
A previsão meteorológica não se restringe a temperatura
local. Consegue também antecipar desastres naturais. “É impossível evitar as
consequências de um desastre, mas a previsão ajuda a minimizar seu impacto,
preparando a cidade e as pessoas, como o que aconteceu com o furacão Sandy, em
Nova York”, afirma Mello, da IBM. O novo projeto vai trabalhar ainda mais no
desenvolvimento de modelos pensando nas características regionais do Brasil.
O trabalho de previsão meteorológica feito no Brasil
nosso país não fica muito atrás do realizado nos grandes centros do mundo,
afirma Dias. “Isso nos dá um bocado de satisfação. Todo o esforço dos últimos
30 anos valeu a pena, porque hoje estamos no ‘timão’ da meteorologia”, diz.
Segundo o especialista, os resultados alcançados no país são bem razoáveis, com
antecedência de sete a dez dias, dependendo dos casos. É basicamente o que se
consegue nos EUA e na Europa. “Quase não há diferença entre a qualidade da
previsão realizada aqui e a feita nessas grandes regiões.”
Ele observa que o Brasil ainda está relativamente
atrasado em um ponto: o da previsão de muito curto prazo com alta precisão. Em
grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo e a Olimpíada, que acontecem
no país nos próximos anos, é muito importante a previsão de poucas horas. “É
preciso saber exatamente quanto e onde vai chover daqui a duas horas, assim
como a temperatura e a velocidade do vento nessas próximas horas. Imagine a
importância dessas informações em um evento esportivo”, diz o diretor do LNCC.
“Uma das expectativas neste trabalho com a IBM é que o
novo modelo se torne mais competitivo para ser aplicado em previsões de muito
curto prazo.”
Os resultados das pesquisas serão compartilhados
publicamente após a conclusão dos estudos e, segundo o diretor do LNCC, em
menos de um ano o projeto sai da teoria e chega à prática. Ou seja, em cerca de
três anos, podemos não estar mais devendo nada aos melhores centros
meteorológicos do mundo.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI)
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