Discurso da Presidente Dilma aos Oficiais-Generais
Olá leitor!
Trago agora para você na íntegra o discurso da presidente
DILMA ROUSSEFF durante o almoço de confraternização com os Oficiais-Generais
das Forças Armadas realizado dia 20/12 no Quartel General do Exército em
Brasília e postado hoje (21/12) no site “Defesanet”.
Duda Falcão
Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff,
durante
almoço de confraternização com os Oficiais-Generais das
Forças Armadas
Quartel
General do Exército – Brasília-DF, 20 de dezembro de 2012
Itálicos DefesaNet
Boa
tarde a todos.
Queria
cumprimentar os senhores ministros: embaixador Celso Amorim, ministro da
Defesa; e o general de exército José Elito, do Gabinete de Segurança
Institucional.
Queria
cumprimentar os senhores comandantes militares: almirante Júlio Soares de Moura
Neto, da Marinha; general Enzo Martins Peri, do Exército; brigadeiro Juniti
Saito, da Aeronáutica; general José Carlos De Nardi, do Estado-Maior Conjunto
das Forças Armadas.
Senhores
oficiais generais,
Senhoras
e senhores,
Senhores
jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas,
Eu
quero começar dizendo-lhes da confiança que o governo deposita no
profissionalismo da senhora e dos senhores oficiais-generais e de todos os
demais militares, para apoiar a execução dos objetivos estratégicos do Estado
brasileiro. A dedicação e competência de cada um de vocês são imprescindíveis
na missão fundamental da defesa da pátria, bem como nas funções supletivas que
lhes caberão nos grandes eventos que sediaremos em breve, como a Copa das
Confederações, a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
2012
foi um ano de importantes realizações para a defesa nacional. Entre os inúmeros
avanços, destacaria a chegada de novos
equipamentos, a adoção de medidas
de apoio à indústria da defesa, a elaboração e envio ao Congresso de
documentos orientadores de nossa política de defesa, assim como o avanço na dimensão da igualdade de gênero, com as novas
leis que regulam o acesso de mulheres às carreiras militares, além da promoção
da Almirante Dalva.
A
unir essas medidas está nosso propósito de garantir ao Brasil uma defesa
robusta, capaz de proteger nosso patrimônio e de dissuadir agressões à nossa
soberania. Propósito que se insere no objetivo maior de fazer do Brasil uma das
nações mais desenvolvidas e menos desiguais do mundo, um país de classe média,
sólida e empreendedora, uma democracia moderna com compromisso social,
liberdade política e solidez institucional.
O
Brasil possui hoje uma presença ativa, altiva e soberana no mundo. Atuamos
firmemente pela integração da América do Sul e defendemos a paz mundial. Este
novo papel do Brasil no cenário internacional também amplia o escopo de atuação
das nossas Forças Armadas.
Destaco
a responsabilidade
do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa como
coordenador dos trabalhos de aprimoramento da interoperabilidade entre Marinha,
Exército e Força Aérea. As operações conjuntas realizadas em
2012 foram concluídas com grande êxito. É o caso das Operações Ágata, um dos
pilares do Plano Estratégico
de Fronteiras, no qual o Ministério da Defesa, em coordenação
com o Ministério da Justiça, realiza a tarefa fundamental de prevenção e
repressão do crime organizado e do tráfico de drogas, ao longo de toda a nossa
fronteira terrestre.
Além
da extraordinária contribuição para a proteção de nossas fronteiras, essas
operações fornecem um estímulo para o reforço da interoperabilidade entre as
Forças, dando ocasião para o adestramento conjunto das tropas e dos Comandos
Militares.
Também
é importante destacar que o Plano Estratégico de Fronteiras, inclusive as
Operações Ágata, ocorrem em um ambiente de plena cooperação com os vizinhos
sul-americanos. Nos orgulha que tenhamos, na América do Sul, uma zona de paz,
com crescentes níveis de transparência, confiança e colaboração, pois o Brasil
atribui máxima prioridade também, em sua política de defesa, a cooperação na
América do Sul, tanto na vertente bilateral quanto na vertente multilateral do Conselho de Defesa Sul-Americano da Unasul.
A cooperação em defesa com a África,
especialmente com a orla ocidental desse continente vizinho é outra prioridade
que se tem tornado realidade por uma série de iniciativas bilaterais e
multilaterais. Sabemos que ao
contribuir para a paz e a estabilidade em nosso entorno estratégico, fazemos um
aporte concreto à segurança do Brasil.
Nossa
participação em operações de manutenção da paz mostra que nosso compromisso com
a paz estende-se além do nosso entorno imediato: no Haiti, com a tropa
terrestre da Minustah e, no Líbano, com a força naval da Unifil. O Brasil tem
demonstrado estar pronto para assumir as responsabilidades que lhe cabem na
manutenção da paz mundial.
Comprometidos
com a paz, não descuidamos também do aprimoramento das capacidades dissuasórias
do Brasil. Por esta razão, os programas de modernização das Forças avançaram
ainda mais neste ano, mesmo com as restrições orçamentárias impostas pelo
acirramento da crise internacional, com a continuidade de investimentos em
equipamentos e nos projetos estratégicos das Forças.
Na
Marinha, ressalto
o início da fase nacional do projeto do submarino à propulsão nuclear,
desenvolvida pelos engenheiros e técnicos que se especializaram na França. A criação e o fortalecimento do Centro de Defesa Cibernética, sob a responsabilidade do
Exército, já dão resultados: por exemplo, o ambiente de segurança digital em
que transcorreu a Conferência Rio+20, em junho.
Na
Aeronáutica, destaco o
investimento no projeto do novo avião cargueiro reabastecedor KC-390,
bem como no programa
do VLS, o veículo lançador de satélites. Na área espacial, o
programa do satélite
geoestacionário, que conta com grande participação do Ministério da Defesa,
abre a perspectiva de redução à vulnerabilidade do Estado brasileiro em suas
comunicações estratégicas.
O
avanço nesses setores-chave para a nossa defesa, no século XXI – o nuclear, o cibernético, o aeroespacial,
o aeronáutico, enfim,
todos aqueles meios que caracterizam, hoje, a presença da defesa no cenário
internacional – mostra que as diretrizes da estratégia nacional da defesa está
sendo concretizada.
Não
poderia deixar de mencionar o nosso compromisso com o fortalecimento da nossa
indústria nacional de defesa, vital para um país que deseja ter capacidades
militares apropriadas e manter sua independência internacional. A aprovação da
lei 12598, em março, que desonera a cadeia produtiva de materiais de defesa e
estimula as empresas estratégicas de defesa nacionais é um marco nessa
estratégia. Na mesma direção,
contribuiu e contribui a aquisição, por meio do PAC Equipamentos, de mais de 4
mil novos caminhões para as três Forças e de novos blindados Guarani e veículos
lançadores de mísseis Astros 2020. Queria destacar também a importância do
Programa Proteger que vai exigir, da nossa parte, maior investimento em
equipamentos e em todos os instrumentos que vão propiciar uma melhor cobertura
do nosso território.
Todos
esses avanços beneficiam a sociedade brasileira, pois os assuntos relativos à
defesa nacional devem e têm de interessar a todos os cidadãos e não somente aos
militares ou aos especialistas. Sabemos que, com o engajamento da sociedade, o
tema da defesa nacional pode formar um círculo virtuoso com a democracia.
Queremos ambos para o Brasil. O Brasil do século XXI: um país democrático e bem
defendido.
É
por isso que apresentamos à apreciação do Congresso Nacional
o Livro Branco de Defesa Nacional, documento que divulga as capacidades,
os planos e os desafios das Forças Armadas. Ao mesmo tempo, em cumprimento à
Lei de Acesso à Informação, o Ministério da Defesa estabeleceu o serviço de
informação ao cidadão, que abre ao público o acesso a documentos e a
informações na área da defesa.
É importante lembrar que nenhuma dessas iniciativas é
feita em prejuízo do sigilo necessário às informações afetas à segurança do
Estado, da sociedade, à transparência e ao diálogo que são, hoje, a regra do
governo brasileiro.
A
construção democrática da defesa que nosso país precisa para o século XXI é uma
obra que militares e civis estão fazendo juntos. A abnegação com que as
mulheres e os homens das três Forças prestam o serviço inestimável de defender
a sociedade brasileira e a imensa confiança que o povo brasileiro deposita em
suas Forças Armadas são excelentes motivos para termos certeza do sucesso dessa
caminhada.
Queria dizer a todos os senhores que nós temos lutado, no
ano de 2012, para, primeiro, fazer face à crise internacional, mitigando os
seus efeitos sobre a nossa economia e, segundo, construindo todos os
instrumentos para que possamos também fazer face a dois grandes desafios que o
Brasil enfrenta simultaneamente. O primeiro desafio é que uma nação poderosa
não pode conviver com uma parte da sua população vivendo em pobreza extrema. E
o outro desafio é que, simultaneamente, somos um país e uma sociedade que tem
segmentos e setores sofisticados e que, para o nosso crescimento, precisam,
necessariamente, de avanços científicos, tecnológicos, na área de inovação. E
que nesses setores e nesses segmentos nós temos o grande desafio de estabelecer
uma sólida indústria da defesa em nosso país.
Esses
dois desafios simultâneos são fundamentais para serem enfrentados por nós. No
primeiro, nós temos tido um sucesso muito significativo: somos um dos poucos
países do mundo que, no cenário de crise, temos melhorado a distribuição de
renda da nossa população.
Recentemente,
ao longo deste ano de 2012, por duas vezes tomamos medidas que vão ser
responsáveis, neste ano, pela redução de mais de 16 milhões e 400 mil pessoas
da pobreza extrema através do Programa Brasil Carinhoso, que é um programa do
Brasil sem Miséria, desse objetivo nosso de, até 2014, superar a pobreza
extrema em nosso país.
Esse
programa significou 16 milhões e 400 mil pessoas porque nós estamos focados num
terrível fato que acontece em nosso país, que é que mais de 50% da pobreza
extrema está concentrada em crianças e jovens até 15 anos.
Por
isso, tomamos uma medida focada nessa área, que é a seguinte: toda a família
cadastrada por nós como sendo uma família de baixa renda receberá R$ 70 per
capita se tiver uma criança ou um jovem na faixa de zero a 15 anos. Isso por
que crianças e jovens não saem da pobreza sozinhos, precisam que você eleve
suas famílias para que elas possam ter defesa familiar para prosseguir no rumo
da superação dessa condição indigna que é a pobreza extrema.
Com
isso nós estamos, junto com o que foi feito no governo do presidente Lula, no
Bolsa Família, nós completamos um grande circuito, que é: se nós nada
tivéssemos feito, ao longo dos últimos dez anos, seriam 36 milhões de
brasileiros na pobreza extrema. Ao longo do governo Lula, nós conseguimos tirar
18 milhões. Agora nós tiramos mais esses 16 [milhões]. Então, há um
remanescente ainda que nós pretendemos atacar de forma sistemática até o final
de 2014 e, com isso, nós chegaremos a um patamar em que o nosso país não terá
pobreza extrema.
Nós
sabemos que tem várias formas de tornar a saída da pobreza extrema sustentável.
Uma delas é o emprego, um emprego qualificado ou um emprego para adultos e
jovens, obviamente, acima de 16, 17 anos. A outra forma, para crianças e para
jovens, é uma forma que todos nós conhecemos e ela é muito simples: ela é a
educação. Porque a educação a pessoa carrega como seu patrimônio, aconteça o
que acontecer, e torna sustentável a sobrevivência das pessoas e torna digna
essa sobrevivência.
Por
isso, nós consideramos que uma das maiores prioridades do nosso país é a
educação, e por causa da educação também nós temos uma ligação, uma ponte com
outro desafio, que é o desafio de termos... Nós somos um país complexo, nós
somos a quinta economia do mundo, e a quinta economia do mundo não pode abrir
mão de uma variável chamada competitividade, não pode abrir mão. Se nós
queremos nos afirmar diante do mundo, nós temos de ser competitivos. Como
seremos competitivos? Diante de nós tinham vários desafios. O primeiro é que
nós não seríamos competitivos com as taxas de juros praticadas no Brasil, que
eram extremamente divergentes das praticadas em todo o mundo. Segundo, que
também nós não seríamos competitivos se tivéssemos uma artificial valorização
da nossa taxa de câmbio. Terceiro, que nós não seremos competitivos se não
atacarmos os gargalos da infraestrutura, se não reduzirmos o custo da energia
em nosso país. Todos esses são fatores de competitividade que colocam o Brasil
numa posição de procurar o caminho do crescimento sustentável a taxas significativas
de crescimento.
Além
disso, tem uma outra e importante questão: nós não seremos competitivos se não
apostarmos em ciência, tecnologia e inovação. Unindo esses dois desafios está a
educação. Por isso que nós apostamos na educação técnica profissionalizante
fazendo parceria com o Sistema S: Senai, Senac, Senar e Senat. Apostamos no
Ciência sem Fronteiras para levar 101 mil estudantes brasileiros a estarem nas
melhores universidades do mundo, um programa que é muito importante para nós.
Mas, sobretudo, precisamos de investir muito em educação. Precisamos de creches
e pré-escolas para que as crianças não tenham... Todo mundo nasce diferente,
mas nós queremos que as oportunidades sejam as mesmas, similares. A diferença
entre as pessoas é, talvez, uma das melhores manifestações da vida, mas as
oportunidades nós temos de assegurar que tenham uma certa similaridade. Creches
são para isso.
A
educação do nosso povo tem de ser qualificada e começa – está provada por toda
a neurociência –, começa lá quanto mais jovem a criança. Depois, nós temos de
alfabetizar as crianças brasileiras na idade certa. Não é possível, no Brasil,
que uma parte das crianças brasileiras não tenha, não tenha capacidade de
interpretação de texto, leitura e escritura simplificada de textos pequenos e
nem, tampouco, domínio das operações matemáticas elementares, até os 8 anos.
Isso é condição para que elas possam aprender. Perder a idade da alfabetização
é perder uma parte do nosso futuro.
Outra
questão é a questão da educação em tempo integral. Nenhum país do mundo,
nenhuma nação tornou-se desenvolvida sem educação em tempo integral. E eu não
estou me referindo – e sempre falo isso –, porque é necessário que não só
esportes e artes complementem o segundo turno, o segundo turno é para ser
complementado por português, matemática, ciências e uma língua. É isso que nós
teremos de ter no nosso país se quisermos ter uma meta ambiciosa.
Eu
não vou dizer a data, mas nós temos de dobrar a nossa renda per capita, nós
seremos um país desenvolvido se dobrarmos a renda per capita. E outra coisa:
nós também teremos umas Forças Armadas mais profissionalizadas quanto maior for
a renda per capita e a taxa de crescimento deste país. Há uma correlação direta
entre as duas coisas. Também teremos o que as Forças Armadas sempre refletiram,
graças a Deus, a sociedade brasileira, também teremos, nós todos, pessoas mais
capacitadas do que nós, no futuro, sendo os representantes em todas as esferas:
no Poder Executivo, no Judiciário, nas Forças Armadas, em todas as esferas e em
todas as atividades.
Eu
tenho certeza, e é por isso, eu queria explicar aos senhores que nós enviamos
para o Congresso a destinação dos royalties de petróleo, das participações
especiais e do fundo social do pré-sal, os rendimentos dele, para a educação. A
educação tem de ser a nossa grande obsessão, tem de ser a obsessão de um país
inteiro.
E,
encerrando, eu gostaria de desejar a todos um Feliz Natal, um próspero Ano Novo
para o Brasil e para cada um dos brasileiros e das brasileiras que integram as
nossas Forças Armadas.
Conto
com vocês, com o empenho de vocês, em 2013. Conto com ele para que o nosso país
seja mais seguro, mais forte e soberano.
Muito
obrigada.
Dilma
Rousseff
Presidenta
do Brasil
Fotos do evento:
Fotos: Planalto - Brasília
- DF, 20/12/2012
Presidenta Dilma Rousseff discursa durante almoço de
confraternização com Oficiais-Generais das Forças Armadas
Presidenta Dilma
Rousseff durante almoço de confraternização
com
Oficiais-Generais das Forças Armadas.
Presidenta Dilma Rousseff posa para foto com a CF (RM1-T)
Helena Peres a Contra-Almirante Dalva Maria Carvalho
Mendes
e a CMG (RM1-Md) Sheila Aragão, da Marinha do Brasil,
durante
almoço de confraternização com Oficiais-Generais das Forças Armadas.
Fontes: Site Defesanet
- http://www.defesanet.com.br
Comentário: Bom
leitor está ai o discurso e fica aberto para o debate. As ações da Presidente
Dilma Rousseff no ano de 2013 realmente correspondem com o discurso dela? Aproveito
para agradecer ao leitor Israel Pestana por ter enviado a dica que possibilitou
essa nota.
Resumidamente, no caso da área espacial avançou-se na construção do VLS-1, so VLM, e mais alguns projetos, mas deu-se grandes passos atrás (como a prioritização do ACS) que minou boa parte dos recursos destinados ao PEB. Gostaria de falar bem da Dilma nesta área, mas de fato ela não priorizou nada brasileiro (senão o satélite geoestacionario, que será construído no Brasil com tecnologia estrangeira e que não terminará no prazo que quer) e não aumentou o investimento de forma relevante na área espacial, e logo o discurso aqui é exagerado.
ResponderExcluirSobre a crise, ela aumentou a dívida interna, e tentou controlar diretamente os preços da eletricidade e do petróleo fazendo ações caírem, e daí tentar culpar a crise não é desculpa quando também não houve boa gestão (porque tem outras coisas que têm provocado a crise, como por exemplo a má gestão dos portos maritimos, que se quer foi planeada qualquer tipo de reestruturação).
A grande bandeira dela foi na área da educação, principalmente com o programa ciência sem fronteiras. Isso dos royalities do petróleo e dos 10% do PIB destinados à educação só foi conseguido com muita reinvidicação, e não com a iniciativa do governo. No entanto apoiaram, então esperemos que saibam gerir.
Mas, como o Duda falou, foi um balanço do ano (meio que exagerado na area espacial, à meu ver) onde ela quis mostrar que fez. Fora os grandes exageros das palavras, é na implantação da prática que o país avança, e aí a Dilma, sinceramente, ainda fez pouco. Vejamos 2013.
Bom,
ResponderExcluirEu parei de ler no parágrafo sobre "realizações".
Parabenizo a senhora Dalva Maria Carvalho Mendes, que obteve a maior patente feminina na Marinha até o momento.
Sobre o restante do discurso, uma "passada de olhos" decreta: nada de novo. Diz que o País tem que investir em edução, inovação, ciência e tecnologia, diminuir as diferenças sociais, erradicar a miséria, bla, bla, bla.
Ou seja, parece que eles sabem o que fazem, no papel dos discursos, mas na prática, a nossa aeronáutica está praticamente retida no chão. Com a frota sucateada, provavelmente o avião mais novo da frota, é o Super Tucano, que agora vai servir também à Esquadrilha da Fumaça (também já não era sem tempo).
A Marinha, tem muitos projetos em andamento, OK, mas todas andam a passos de tartaruga. Correndo o risco de: quando ficarem prontos, já estarem obsoletos. De forma bem parecida com o PEB (na minha modestíssima opinião, o VLS e estes satélites CBERS se enquadram nessa categoria, pois não se pode pensar em um projeto de alta tecnologia, cuja implementação seja tão lenta, quanto esses tem sido).
Quanto ao Exército, francamente, não tenho mais acompanhado de perto, mas não acredito que esteja em situação muito diferente, mas gostarias de lembrar que foi lá que tudo começou, inclusive em termos de foguetes, muitos projetados pelo pessoal do IME. Muitas empresas realmente nacionais, desenvolvendo tecnologia própria, etc. etc.
Hoje, olhando para o passado não muito distante dá até saudades. Tudo bem que vivenciei o "regime militar" em sua plenitude, mas sinto que de lá pra cá, se perdeu mais do que se ganhou.
E finalizando: esse "governo" está aprontando uma arapuca financeira que uma hora vai estourar. Está maquiando contas, está gastando mal, muito mais do que pode, e adivinhem na mão de quem isso vai estourar...
Pra mim, é tentar esquecer isso tudo nos próximos dias e passar um Natal legal com a família, e fazer uma passagem de ano esperançosa.
Abs.
Não poderia deixar de registrar a participação dessa senhora, na "reinauguração" do Mineirão, onde foram gastos mais de R$ 600 milhões.
ResponderExcluirPronto! Foi inaugurado o primeiro marco da ignorâncoa do povo e da prepotência e improbidade desse "governo".
E o pior é saber que tem gente teoricamente "esclarecida" comprando ingressos e participando desses eventos da FIFA, realizados às nossas custas.
Como ela mesma cantarolou, "Ôooooo o Mineirão voltou" e lá se foram R$ 600 milhões, que poderiam estar na Saúde, na Educação, ou porque não, no PEB.
Lamentável.