Exército Busca Satélite Próprio para Comunicação Militar
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (02/11) no site “R7
Notícias” destacando que o Exercito Brasileiro busca satélite próprio para Comunicação
Militar.
Duda Falcão
Brasil
Exército Busca Satélite Próprio
para Comunicação Militar
Agência Espacial Brasileira deve lançar edital nos
próximos dias
Alexandre Saconi, do R7
Publicado em 2/12/2012 às 01h30
Atualizado em: 2/12/2012 às 01h30
A comunicação estratégica é um dos pontos mais
importantes da Defesa Nacional. Porém, o Brasil não conta até agora com um
satélite próprio para essas questões. O Exército, por exemplo, aluga um
satélite pertencente à Embratel, uma empresa privada que é ligada a um grupo
mexicano.
A Agência Espacial Brasileira pretende lançar nos
próximos dias um edital para a compra de satélites próprios com foco na
comunicação estratégica. O desenvolvimento do SGDC (Satélite Geoestacionário de
Defesa e Comunicações Estratégicas) foi determinado em um decreto da presidente
Dilma de junho deste ano. Até agora, porém, o projeto não foi estabelecido.
A importância estratégica da comunicação militar é
defendida pelo engenheiro Rubens Teixeira Alves, que realizou estudo sobre uma
possível parceria para um satélite brasileiro. Hoje, nossos equipamentos
militares, além de estarem saturados, estão nas mãos de uma empresa privada.
— É um Risco total [a operação do satélite por uma
empresa privada]. O melhor caminho é ter um satélite próprio, comandado pelo
Brasil, e não por fora. O que é necessário é ter um centro de controle na mão
dos militares brasileiros.
A EDN (Estratégia de Defesa Nacional) prevê o
desenvolvimento de satélites de múltiplos usos. Junto a isso, também se prevê a
criação de alternativas nacionais para sistemas de localização e de
posicionamento, também conhecidos por GPS.
A importância de um sistema de localização próprio evita
que, em caso de guerra, por exemplo, a nação detentora desta tecnologia corte o
sinal, inviabilizando todo o sistema de posicionamento para outros países. Com
isso, uma eventual estratégia de defesa, com a indicação por meio de GPS para
ataques, poderia ser dificultada.
O LBDN (Livro Branco da Defesa Nacional), que é o resumo
da política nacional de Defesa, aponta que, além dos satélites, o País também
reforce seu programa de VLS (Veículo Lançador de Satélite). Junto a isso,
também é defendido o repasse de tecnologia para que o País desenvolva seus
produtos de defesa por meios próprios.
Procurada pela reportagem do R7, a Embratel relatou que não
comenta contratos com clientes, nem mesmo com o governo.
O Ministério da Defesa e o Exército se comprometeram a
enviar uma resposta sobre este tema assim que possível.
Fonte: Site R7 Notícias
Comentário: Não há nada de estranho que o Exercito brasileiro
esteja buscando uma alternativa própria na área de satélites, não só pelos
motivos apresentados pela matéria acima, mas principalmente porque o projeto do
SGDC da tal Visiona não parece ter a consistência e a segurança de que realmente
sairá do papel. Entretanto é estranho que esse edital seja lançado pela AEB e
não através de um edital interministerial envolvendo o MCTI e o Ministério da
Defesa (MD). Mas enfim...
Se essa notícia está correta, é um suspiro de alívio. Se bem que não sei se é o satélite que planeiam lançar em 2014 e, caso for, se conseguirão terminá-lo atempadamente, sem recorrer a tecnologia estrangeira.
ResponderExcluirFaz todo o sentido que seja mesmo o exército que fabrique esse satélite, pois é uma garantia também que a iniciativa partirá de profissionais do País, e isso significa qualificação de mão-de-obra.