Novas Lentes Gravitacionais São Encontradas Graças à Inteligência Artificial
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (21/05) no
site “Canaltech” destacando que Novas Lentes Gravitacionais são
encontradas graças à Inteligência Artificial.
Duda Falcão
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Novas Lentes Gravitacionais São Encontradas Graças à Inteligência
Artificial
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: Sci News
21 de Maio de 2020 às 21h15
Uma equipe de astrônomos treinou uma inteligência
artificial para que ela fosse capaz de detectar lentes gravitacionais, criadas
pela distorção da luz no espaço e úteis para descobertas astronômicas.
Quando Albert Einstein elaborou a
Teoria da Relatividade Geral, ele previu que a luz se curva quando passa por
objetos massivos como galáxias e aglomerados de galáxias. O fenômeno ficou
conhecido como lentes gravitacionais, e foi comprovado há algum tempo. Hoje, as
lentes são muito úteis para os astrônomos encontrarem objetos distantes que, de
outra forma, não seriam visíveis.
Normalmente, as lentes são divididas em duas categorias:
as fortes e as fracas. A força de uma lente está relacionada à posição e massa
de do objeto massivo e à distância da fonte de luz que produz a lente. As
fortes podem se equiparar a 100 bilhões de massas solares, fazendo com que a
luz de objetos distantes no mesmo caminho seja ampliada e dividida em várias
imagens ou apareça no formato de arcos, formando os Anéis de Einstein.
Imagem: NASA/ESA/E. Rivera-Thorsen)
A galáxia Sunburst Arc foi clonada várias vezes nessa
imagem do telescópio Hubble como resultado do efeito de lentes gravitacionais.
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De acordo com o Dr. David Schlegel, cientista do
Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, achar essas lentes é como “encontrar
telescópios do tamanho de uma galáxia”, principalmente porque são produzidas
pela massa de matéria escura e energia escura. Por isso uma lente forte é de
grande valor para os astrônomos.
Em um novo estudo, Schlegel e seus colegas usaram um supercomputador
chamado Cori, (do Centro de Computação Nacional de Pesquisas Energéticas
Científico do Lawrence Berkeley National Laboratory) para analisar dados de
imagem do projeto DECaLS, uma das três pesquisas conduzidas para o Dark Energy
Spectroscopic Instrument (um instrumento para levantamentos astronômicos
espectrográficos de galáxias distantes).
Com o Cori, eles treinaram a rede neural de uma
inteligência artificial para que ela aprendesse a buscar e identificar lentes
gravitacionais no universo. “Leva horas para treinar a rede neural”, disse o
Dr. Xiaosheng Huang, astrônomo do Departamento de Física e Astronomia da
Universidade de São Francisco e principal autor do artigo.
(Imagem: Dark Energy Camera Legacy
Survey/NASA/ESA/Hubble/Huang)
Candidatos a lentes gravitacionais encontrados pela rede
neural.
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Mas o resultado foi a descoberta de diversos candidatos a
sistemas de lentes fortes, que poderiam ajudar a medir com precisão as
distâncias das galáxias no início do universo. Agora, os autores do estudo, que
foi publicado no Astrophysical Journal, estão usando o telescópio Hubble para
confirmar se alguns dos candidatos encontrados pela rede neural são, de fato,
lentes gravitacionais.
Se forem confirmadas, as lentes podem fornecer também uma
visão poderosa da matéria escura, um dos maiores mistérios da astronomia, já
que a maior parte da massa responsável pelos efeitos de lente gravitacional é
considerada matéria escura.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
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