Fragmentos de Meteoro Revelam os Fluidos Mais Antigos do Sistema Solar
Olá leitor!
Segue abaixo a nota oficial postada no dia (17/05) no
site da "SoCientifica" tendo destacando que Fragmentos de Meteoro
revelam os fluidos mais antigos do Sistema Solar.
Duda Falcão
ESPAÇO
Fragmentos de Meteoro Revelam os Fluidos Mais Antigos
do Sistema Solar
Por Erik Behenck
SoCientifica
17/05/2020
Foto: Chi Ma
Grãos de magnetita framboidal do meteorito do lago
Tagish. A imagem possui filtro azul.
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Em 2000 um meteoro que chegava ao fim de sua jornada
explodiu no céu do Canadá, gerando centenas de fragmentos na superfície
congelada do Lago Tagish, na Colúmbia Britânica. Aliás, esse é considerado um
achado único no estudo de rochas espaciais. Além disso, os pesquisadores
estimam que os fragmentos de meteoro chegaram a Terra pesando 200 toneladas.
Dessa forma, não demorou para que pesquisadores
começassem unir esforços para encontrar os fragmentos de meteoritos. Atualmente
eles são mantidos em freezers, congelados, assim como ficaram ao chegarem no
Lago Tagish e possivelmente a forma que estiveram no espaço durante muito
tempo.
Fragmentos de Meteoro Preservam a História do Sistema
Solar
Os fragmentos de meteoro encontrados no Canadá são
considerados puríssimos, com idade aproximada de 4,5 bilhões de anos. Dessa
forma, os fragmentos congelados são tratados como um registro valioso de
processos fluidos acontecidos no início de nosso Sistema
Solar.
“Sabemos que a água era abundante no início do Sistema
Solar”, explica Lee Whiteog, meteorologista do meteorito do Royal Ontario
Museum. “Mas há muito pouca evidência direta da química ou acidez desses
líquidos, mesmo que eles tenham sido críticos para a formação e evolução
precoces de aminoácidos e, eventualmente, vida microbiana”, completa.
Um fragmento de meteoro do lago Tagish.
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Com isso, os fragmentos de meteoro do Lago Tagish
permitem uma investigação mais profunda sobre esse assunto. Desse modo, Lee e
seus colegas utilizaram uma técnica conhecida como tomografia por sonda de
átomos para analisar as estruturas em três dimensões.
Fragmentos Ajudam a Explicar a Origem da Vida
Conforme
as análises feitas pela equipe, por conter estruturas finas, isso sugere um
ambiente fluido alcalino rico em sódio. Além disso, como os fragmentos de
meteoro não entraram em contato com água líquida desde que chegaram à Terra, as
descobertas podem indicar ainda mais para a ciência.
Os pesquisadores acreditam que as condições ricas em
sódio e com elevados índices de pH, semelhante à água teriam favorecido a formação
de aminoácidos. Desse modo, a descoberta sugere que a chegada de meteoros
na Terra, semelhantes a esse, podem ter contribuído para o aparecimento das
primeiras formas de vida.
Então, há bilhões de anos rochas espaciais com fluidos
semelhantes viajavam pelo Sistema Solar e muitas delas interagiram com o nosso
planeta. Entretanto, os pesquisadores ainda estão longe de explicar como
exatamente isso poderia ter acontecido. Ainda assim, descobertas como essa são
essenciais.
De acordo com a equipe, os aminoácidos são fundamentais
para a vida na Terra. Mas, ainda é necessário aprender muitos detalhes sobre
como eles se formaram no Sistema Solar. Conforme a pesquisadora de meteoritos,
Beth Lymer, da Universidade de York, no Reino Unido, essas descobertas são
incríveis.
“Quanto mais variáveis podemos restringir, como
temperatura e pH, nos permitem entender melhor a síntese e evolução dessas
moléculas muito importantes no que hoje conhecemos como vida biótica na Terra”,
diz.
O estudo foi publicado pela PNAS, acesse e
confira na íntegra.
Fonte: Site da Socientífica - https://socientifica.com.br
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