Antigo Meteorito é a Primeira Evidência de Convecção Vulcânica em Marte
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (08/05) no site do “Olhar
Digital” destacando que Antigo Meteorito é a primeira evidência de Convecção
Vulcânica em Marte.
Duda Falcão
CIÊNCIA E ESPAÇO
Antigo Meteorito é a Primeira Evidência de Convecção Vulcânica
em Marte
Cristais de olivina encontrados em meteorito que caiu no
Marrocos em 2011 só poderiam ter se formado devido à movimentação vigorosa do
magma no manto do planeta, similar ao que ocorre na Terra
Por Rafael Rigues
Editado por Fabiana Rolfini
Olhar Digital
Fonte: Science Alert
11/05/2020 - 10h20
Um meteorito que caiu no Marrocos em 2011 traz a primeira
evidência química de convecção vulcânica no manto de Marte. Segundo cientistas, os cristais de olivina
encontrados no “meteorito de Tissint” só poderiam ter se formado devido a
mudanças de temperatura enquanto o material era “remexido” por correntes de
convecção no magma sobre a superfície do planeta.
Isso mostra que o planeta era vulcanicamente ativo quando
os cristais se formaram, entre 574 e 582 milhões de anos atrás. De acordo com o
geólogo Nicola Mari, da Universidade de Glasgow, na Escócia, “este é o primeiro
estudo que prova a existência de atividade no interior de Marte de um ponto de
vista puramente químico, em amostras marcianas reais”.
A olivina é um dos minerais mais abundantes na crosta
terrestre, e também bastante comum em meteoritos, e se forma quando o magma se resfria. Segundo Mari, na câmara de magma onde os
cristais do meteorito de Tissint se formaram “a corrente de convecção era tão
vigorosa que as olivinas eram arrastadas do fundo da câmara (região mais
quente) para o topo (mais frio) muito rapidamente. Mais precisamente, a taxa de
resfriamento das olivinas era de 15 a 30 graus Celsius por hora”.
Monte Olimpo, o maior vulcão do sistema solar, em Marte.
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Características de Marte
Traços de níquel e cobalto nos cristais sugerem que eles
se formaram a uma profundidade entre 40 e 80 km sob a crosta de Marte. Com
isso, os cientistas podem calcular a pressão sob a qual eles se formaram, e
consequentemente a temperatura do manto de Marte na época, estimada em 1.560
graus Celsius. Similar à do manto da Terra entre 4 e 2,5 bilhões de anos atrás,
estimada em 1.650 graus Celsius.
Isso dá força à teoria de que Marte ainda pode ser vulcanicamente ativo. Na Terra, as placas tectônicas ajudam a
dissipar o calor do manto. Mas Marte não tem placas tectônicas, o que significa
que deve “esfriar” mais lentamente do que nosso planeta. “Eu realmente acredito
que Marte pode ser um mundo vulcanicamente ativo hoje, e estes novos resultados
apontam para isso”, disse Mari ao site ScienceAlert.
“Talvez não vejamos uma erupção vulcânica em Marte pelos
próximos 5 milhões de anos, mas isso não significa que o planeta é inativo.
Pode apenas significar que o tempo entre erupções em Marte é diferente do tempo
na Terra, e que em vez de uma ou mais erupções por dia, como aqui, Marte tem
uma erupção a cada “x” milhões de anos”, afirma o cientista.
Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
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