Nascimento de Exoplaneta a 520 Anos-Luz de Distância é Registrado em Imagens
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (21/05) no
site “Canaltech” destacando que nascimento de exoplaneta a 520
anos-luz de distância é registrado em imagens por Very Large Telescope
(VLT) do ESO.
Duda Falcão
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Nascimento de Exoplaneta a 520 Anos-Luz de Distância é
Registrado em Imagens
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: ESO
21 de Maio de 2020 às 15h23
Durante os últimos anos, astrônomos têm encontrado
milhares de exoplanetas, ou seja, mundos que orbitam estrelas que não o Sol. E
agora foram detectados possíveis sinais da formação de um sistema planetário.
Essa pode ser a primeira observação direta do nascimento de um planeta já
realizada pela humanidade.
Esses sinais foram encontrados por pesquisadores que
utilizam os dados do Very Large Telescope (VLT) do ESO, e indicam que há um
disco denso de gás e poeira ao redor da estrela AB Aurigae. Ali, os astrônomos
identificaram uma estrutura em espiral com uma “torção”, que sugere a formação
de um planeta.
Os discos de gás e poeira são chamados de disco
protoplanetário, e orbitam ao redor de estrelas recém-formadas. A partir daí,
esse material se aglutina até formar um objeto chamado protoplaneta, ou seja,
um planeta “bebê”. Os astrônomos já sabem que é desse modo que os sistemas
estelares, como o Sistema Solar, nascem. Mas nunca tiveram antes a oportunidade
de testemunhar um desde o início.
O novo sistema AB Aurigae fica a cerca de 520 anos-luz de
distância da Terra na constelação do Cocheiro. Isso é relativamente perto, em
proporções astronômicas. A distância entre o planeta em formação e sua estrela
é aproximadamente a mesma distância entre Netuno e o Sol.
(Imagem: ESO/Boccaletti)
O sistema AB Aurigae, onde se vê o disco que o rodeia. À
direita está uma aproximação da parte central da imagem da esquerda.
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Anthony Boccaletti liderou o estudo no Observatório de
Paris, da Universidade PSL e as observações foram publicadas na revista
Astronomy & Astrophysics, fornecendo pistas cruciais para ajudar os
cientistas a entender melhor o processo de formação de um planeta. “Precisamos
observar sistemas muito jovens para capturar o momento em que os planetas se
formam,” diz Boccaletti, referindo-se à capacidade de obter imagens destes
discos nítidas o suficiente para encontrar a “torção”, que marca o local onde o
protoplaneta pode estar surgindo.
Quando um planeta começa a se formar em meio ao gás,
cria-se “perturbações no disco sob a forma de ondas, um pouco como a esteira de
um barco num lago,” disse Emmanuel Di Folco do Laboratório de Astrofísica de
Bordeaux (LAB), França, co-autor do estudo. Isso acontece porque o novo planeta
se desloca em torno da estrela central junto com o disco, deixando um rastro de
onda atrás de si em meio ao gás. Esta onda toma a foram de um braço em espiral.
Na imagem, a região amarela perto do centro do sistema AB
Aurigae é um destes locais de perturbação onde a equipa acredita que um planeta
está sendo formado. “Este tipo de estrutura está previsto em alguns modelos
teóricos de formação planetária,” disse a co-autora do estudo Anne Dutrey.
“Corresponde à ligação de duas espirais — uma que se enrola para o interior da
órbita do planeta e a outra que se expande para o exterior — que se juntam no
local do planeta, permitindo que gás e poeira do disco se acumulem no planeta
em formação e o faça crescer”.
Descobertas como essa poderão ser mais comuns quando o
ESO concluir a construção do Extremely Large Telescope, que estudará mundos
extrassolares. Ele possibilitará a captura de imagens ainda mais detalhadas de
planetas em formação. "Deveremos ser capazes de ver diretamente e mais
precisamente como é que a dinâmica do gás contribui para a formação dos
planetas", disse Boccaletti.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
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