Confirmada Existência de Dois Exoplanetas Gigantes Recém-Nascidos.
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (21/05) no
site “Canaltech” destacando que uma equipe de astrônomos confirmou a
existência de dois exoplanetas gigantes recém-nascidos.
Duda Falcão
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Confirmada Existência de Dois Exoplanetas Gigantes Recém-Nascidos. Entenda!
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: EurekAlert
21 de Maio de 2020 às 11h03
Uma equipe de astrônomos confirmou a existência de dois
planetas que estão em suas fases iniciais de desenvolvimento. Essa é a primeira
vez que os pesquisadores têm a oportunidade de acompanhar a formação de novos
mundos em um sistema multiplanetário. A primeira imagem real de um desses planetas foi tirada em 2018,
quando cientistas do Instituto de Astronomia Max Planck e do European Southern
Observatory registraram o protoplaneta PDS 70b. Várias imagens vieram em
seguida, em diferentes comprimentos de onda, registrando o “nascimento” de seu
irmão, o PDS 70c, em 2019.
Ambos são mundos gasosos, de proporções semelhantes às de
Júpiter, e foram descobertos pelo Very Large Telescope do Observatório Europeu
do Sul (VLT). No início, houve alguma confusão e debate sobre a natureza dos
objetos fotografados, mas novas evidências mostram que as imagens são de fato
autênticas.
(Imagem: W. M. Keck Observatory/Adam Makarenko)
Impressão artística do sistema PDS 70 e seus dois
protoplanetas ao redor da estrela recém-nascida.
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Usando um novo sensor de frentes de onda em pirâmide (um
tipo de sensor que mede as aberrações ópticas de uma frente de onda óptica para
correção) no Observatório WM Keck em Maunakea, no Havaí, uma equipe de
astrônomos liderada pela Caltech aplicou um novo método de capturar imagens da
família de protoplanetas. Os resultados foram publicados no The Astronomical
Journal.
O problema com as primeiras imagens é que os
protoplanetas se formam a partir de um disco de poeira e gás em torno de uma
estrela também recém-nascida. De acordo com Jason Wang, principal autor do novo
estudo, esse material cria “um tipo de cortina de fumaça que dificulta
distinguir um disco gasoso e empoeirado de um planeta em desenvolvimento".
Para resolver o problema Wang e sua equipe desenvolveram um método para separar
os sinais do disco estelar e dos protoplanetas.
"Sabemos que a forma do disco deve ser um anel
simétrico ao redor da estrela, enquanto um planeta deve ser um único ponto na
imagem", disse Wang. "Portanto, mesmo que um planeta pareça estar em
cima do disco, como é o caso do PDS 70c [...] podemos inferir o quão brilhante
o disco deve estar no local do protoplaneta e remover o sinal do disco. Tudo o
que resta é a emissão do planeta"
(Imagem: J. Wang/Caltech)
Imagem direta dos planetas no sistema PDS 70, com o disco
de gás e poeira removido.
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Assim, a equipe capturou imagens do sistema PDS 70 com
uma câmera de infravermelho próximo usada no sensor de frentes de onda em
pirâmide. Essa nova técnica “melhorou drasticamente a capacidade de estudar
exoplanetas, especialmente aqueles em torno de estrelas de baixa massa onde a
formação de planetas está ocorrendo ativamente”, disse Sylvain Cetre,
engenheiro de software do Observatório Keck.
Com isso, a imagem do PDS 70 capturada pela equipe de
Wang não apenas confirmou a existência dos dois protoplanetas em
desenvolvimento, como também foi um dos primeiros testes da qualidade desse
novo sensor. Charlotte Bond, que trabalhou no projeto e na instalação do novo
equipamento, disse que “é empolgante ver o quão preciso o novo sistema corrige
a turbulência atmosférica de objetos em meio à poeira, como as jovens estrelas
onde se espera que os protoplanetas residam”.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
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