Anã Marrom Mais Próxima da Terra Possui Faixas Semelhantes às de Júpiter
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (06/05) no
site “Canaltech” destacando que Anã Marrom mais próxima da
Terra possui faixas semelhantes às de Júpiter.
Duda Falcão
HOME - CIÊNCIA – ESPAÇO
Anã Marrom Mais Próxima da Terra Possui Faixas Semelhantes
às de Júpiter
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: NASA
06 de Maio de 2020 às 10h09
Astrônomos descobriram uma dupla de anãs marrons com uma
peculiaridade: uma delas, chamada Luhman 16A, tem faixas semelhantes às de
Júpiter e Saturno; já a outra, chamada Luhman 16B, mostra sinais de nuvens
irregulares. É a primeira vez que cientistas usam a técnica da polarimetria
para determinar as propriedades de nuvens atmosféricas fora do Sistema Solar.
Também conhecidas como "estrelas fracassadas",
as anãs marrons são objetos intermediários - evoluem até se tornarem maiores
que qualquer planeta, mas não atingem tamanho suficiente para iniciar a fusão
do hidrogênio em seu núcleo e, portanto, não se tornam estrelas. Assim, possuem
baixa luminosidade e adquirem a cor marrom. Geralmente têm de 13 a 80 vezes a
massa de Júpiter.
As duas anãs marrons descobertas são, na verdade, um sistema
binário a uma distância de 6,5 anos-luz, sendo assim o terceiro sistema
mais próximo do nosso Sol depois de Alpha Centauri e da Estrela de Barnard.
Ambas as anãs marrons pesam cerca de 30 vezes mais que Júpiter e possuem
temperaturas semelhantes (cerca 1.000 °C). No entanto, elas mostram um clima
diferente, e isso pode ser constatado pelas suas nuvens.
(Imagem: Caltech/R. Hurt (IPAC)
Representação artística da anã marrom Luhman 16A,
com sua parceira Luhman 16B ao fundo, no lado superior esquerdo.
|
Não é fácil ver as anãs marrons, mas é possível medir o
brilho delas. A Luhman 16B não mostra sinais de faixas de nuvens estacionárias
- ao invés disso, ela apresenta variações visíveis de brilho, apresentando
evidências de que suas nuvens são irregulares. Isso não ocorre com a Luhman
16A. Os astrônomos mediram a polarização da luz e puderam deduzir a presença de
nuvens mesmo sem conseguir saber como é a estrutura delas. Ainda de acordo com
os pesquisadores, podem chover coisas estranhas, como silicatos ou amônia no
sistema Luhman 16.
Os resultados dessa técnica, que usa a polarização, são
interessantes porque ela pode ser aplicada não só em anãs marrons, mas também
em exoplanetas (mundos que orbitam estrelas que não o Sol). As atmosferas dos
gigantes gasosos e quentes são semelhantes às de anãs marrons, então a
polimetria pode ajudar na pesquisa desse tipo de planeta.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
Comentários
Postar um comentário