Astrofotógrafo Explica o Que Podemos Ver Nesta Foto do Centro da Via Láctea
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (06/05) no
site “Canaltech” destacando que Astrofotógrafo explica o que
podemos ver nesta foto do centro da Via Láctea.
Duda Falcão
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Astrofotógrafo Explica o Que Podemos Ver Nesta Foto do
Centro da Via Láctea
Por Daniele Cavalcante
Canaltech
Fonte: Space.com, APOD
06 de Maio de 2020 às 09h19
Miguel Claro é um astrofotógrafo que cria imagens
espetaculares do céu noturno, e seu trabalho já foi selecionado para compor o
quadro “Imagens do Dia” no site da NASA.
Na última segunda-feira (4), ele relembrou uma de suas fotografias que
apareceram por lá, explicando um pouco sobre o processo de registrar a Via
Láctea em belas imagens.
Intitulada The Starry Dusty Field from the Core of Our
Milky Way Galaxy ("O campo estrelado de poeira no núcleo da nossa
galáxia Via Láctea", em tradução livre), a imagem foi selecionada pela
NASA em setembro de 2019 como destaque daquele dia. Ela retrata o centro da
nossa galáxia a cerca de 26.000 anos-luz de distância da Terra, em direção à
constelação de Sagitário.
Ao contrário do que a maioria dos astrofotógrafos fazem,
Miguel não usou exposições muito longas para capturar as vistas detalhadas da
galáxia. Na verdade, ele utilizou nove fotos, cada uma com exposição de 60
segundos, capturadas com uma lente de 105 mm e abertura de f/1,8.
Foto: Miguel Claro
Esse trabalho foi realizado durante uma viagem que Miguel
fez ao deserto de Atacama, no Chile. “Contra o fundo cheio de estrelas, podemos
facilmente reconhecer muitos objetos conhecidos do céu profundo, incluindo
várias nebulosas de emissão - nuvens brilhantes de poeira e gás interestelar -,
como a Nebulosa da Águia (M16), a Nebulosa Omega (M17), a Nebulosa da Lagoa
(M8) e a NGC 6357”, explica o astrofotógrafo.
Também há algumas nebulosas que não emitem luz própria -
elas brilham na fotografia apenas porque refletem a luz das estrelas locais -,
e há nebulosas escuras que podem ser encontradas porque impedem a passagem da
luz. A imagem também mostra muitos aglomerados de estrelas, como o Messier 23
(M23).
A dupla de estrelas azuis brilhando no lado direito da
imagem é Shaula e Lesath, localizadas na cauda da constelação de Escorpião.
Acima, há duas nebulosas de emissão vermelha, a NGC 6357 e a Pata do gato (NGC
6334). No canto superior direito, podemos ver outro objeto em tons de cor-de-rosa
conhecido como Nebulosa do Camarão, ou IC 4628.
O núcleo galáctico da Via Láctea, bem como todos os
objetos mostrados nesta imagem, são visíveis no céu noturno em determinadas
épocas do ano, principalmente para observadores do hemisfério sul, que podem
vê-lo a noite toda. Mas, para isso, é preciso estar em uma área com pouquíssima
poluição luminosa, ou seja, afastada dos centros urbanos.
Fonte: Site Canaltech -
https://canaltech.com.br
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