A Lua Está Emitindo Carbono, Contestando Teoria Sobre Sua Origem
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante notícia postada ontem (07/05)
no site “Inovação Tecnológica” destacando que a está emitindo Carbono,
contestando Teoria Sobre Sua Origem.
Duda Falcão
ESPAÇO
A Lua Está Emitindo Carbono, Contestando Teoria Sobre Sua Origem
Com informações da New Scientist
07/05/2020
[Imagem: Shoichiro Yokota et al. -
10.1126/sciadv.aba1050]
A Lua emite íons de carbono em quase toda a sua
superfície, tanto do lado voltado para a Terra, quanto do lado
"oculto".
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Carbono na Lua
A sonda
japonesa Kaguya, que estudou a Lua por cerca de um ano e meio, revelou um
dado intrigante e inesperado sobre o nosso satélite artificial: A Lua está
emitindo carbono para o espaço.
O fato de ter retido, ou produzir, carbono internamente
tem um amplo significado, contestando frontalmente a teoria
mais aceita sobre a formação da Lua. Mas também há implicações para o nosso
planeta, influenciando pesquisas sobre a origem da água da Terra e sobre a origem do petróleo e do gás natural, bem como do gás de efeito estufa metano.
Shoichiro Yokota e colegas da Universidade de Osaka, no
Japão, constataram que a Lua emite íons de carbono em quase toda a sua
superfície, tanto do lado voltado para a Terra, quanto do lado
"oculto".
Eles compararam as emissões de carbono da Lua com
estimativas do carbono fornecido por duas fontes externas - o vento solar e as
colisões de micrometeoroides - e constataram que as duas fontes não explicam a
emissão total verificada. "A emissão é um pouco maior do que a oferta do
espaço," disse Yokota, motivo pelo qual a equipe acredita que a Lua tem
seu próprio suprimento de carbono.
Isso sugere que a Lua contém carbono volátil -
incorporado quando ela se formou ou por algum processo que levou o carbono até
lá bilhões de anos atrás. Os compostos voláteis têm baixos pontos de ebulição e
geralmente estão presentes na crosta ou na atmosfera dos corpos planetários,
mas se acreditava que eles fossem escassos na Lua.
Formação da Lua
Os dados também não batem com as conclusões das análises
das rochas lunares trazidas pelos astronautas nas missões Apolo, que só
indicavam a presença de carbono e outros elementos voláteis num passado
geológico muito distante. Por outro lado, a equipe encontrou uma associação
entre a quantidade de carbono emitido e a idade aparente das rochas, o que os
levou a levantar a hipótese de que terrenos mais antigos emitem menos porque já
perderam mais carbono do que as regiões mais jovens.
A suposta falta de elementos voláteis deduzida dos
estudos anteriores foi crucial para o sucesso da hipótese amplamente sustentada
de que a Lua teria se formado como resultado de um impacto gigante entre a
Terra jovem e um hipotético corpo do tamanho de Marte, chamado Teia, resultando
em altas temperaturas que teriam evaporado os voláteis.
Mas a descoberta de que o carbono volátil ainda está
presente na Lua sugere que houve temperaturas mais amenas quando ela se formou.
"Esperamos uma espécie de modificação do modelo de nascimento lunar,"
disse Yokota.
Bibliografia:
Artigo: KAGUYA observation of global emissions
of indigenous carbon ions from the Moon
Autores: Shoichiro Yokota, Kentaro Terada,
Yoshifumi Saito, Daiba Kato, Kazushi Asamura, Masaki N. Nishino, Hisayoshi
Shimizu, Futoshi Takahashi, Hidetoshi Shibuya, Masaki Matsushima, Hideo Tsunakawa
Revista: Science Advances
Vol.: 6, no. 19, eaba1050
DOI: 10.1126/sciadv.aba1050
Fonte: Site Inovação Tecnológica - https://www.inovacaotecnologica.com.br
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