Imagens em Alta Resolução Revelam Segredos das Tempestades de Júpiter
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada hoje (08/05) no site do “Olhar
Digital” destacando que Imagens em Alta Resolução revelam segredos das Tempestades
de Júpiter.
Duda Falcão
CIÊNCIA E ESPAÇO
Imagens em Alta Resolução Revelam Segredos
das Tempestades de Júpiter
Obtidas pelo observatório Gemini Norte, elas nos ajudam a
entender os processos por trás da turbulenta atmosfera do planeta
Por Rafael Rigues
Olhar Digital
Fonte: Science Alert
08/05/2020 - 10h50
Novas imagens de alta resolução em infravermelho de
Júpiter, obtidas pelo telescópio Gemini Norte no Havaí e pelo
telescópio espacial Hubble, em órbita terrestre, estão ajudando os cientistas a
entender melhor os sistemas climáticos por trás das poderosas tempestades que
cobrem o planeta.
Observações do espaço feitas a partir da Terra estão sujeitas a distorções causadas por nossa
atmosfera, como o movimento de correntes de ar ou mudanças na temperatura, o
que limita a resolução das imagens. Para contornar o problema, os pesquisadores
do Gemini usaram uma técnica apelidada de “imagens de sorte”.
A ideia é fazer dezenas de imagens de curta exposição de
um mesmo local em um curto período. Destas apenas as mais nítidas, cerca de 10%
do total, feitas em breves momentos de “sorte” quando a atmosfera estava calma,
são selecionadas.
As imagens são então combinadas em um mosaico, com
resolução maior do que seria possível com uma observação direta. De acordo com
Michael Wong, da Universidade da Califórnia em Berkeley e líder da equipe,
“essas imagens rivalizam com a vista do espaço”.
Crédito: International Gemini
Observatory/NOIRLab/NSF/AURA M.H. Wong (UC Berkeley).
Imagem de Júpiter em Infravermelho, obtida pelo
telescópio Gemini Norte usando a técnica de "imagens de sorte".
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Características
O resultado lembra uma “abóbora de Halloween”, com as
camadas inferiores de Júpiter, que emitem luz infravermelha, brilhando entre
espessas camadas de nuvens, que aparecem como áreas escuras. Em imagens em luz
visível obtidas pelo Hubble ocorre o inverso, e os “buracos” nas camadas de
nuvens aparecem como áreas mais escuras, que os cientistas anteriormente
acreditavam serem nuvens de cores diferentes.
Os cientistas então combinaram as observações do Gemini e
Hubble com dados de um instrumento chamado Radiômetro de
Micro-ondas, a bordo da sonda Juno, que observa o planeta desde 2014. Este
instrumento foi projetado para observar descargas elétricas (raios) na
atmosfera joviana.
Analisando os dados de 337 raios detectados pela Juno, os
cientistas determinaram que eles ocorrem em regiões com grandes “torres”
convectivas de ar úmido que se formam sobre nuvens espessas de água, tanto
congelada quando líquida. Áreas “limpas” ao redor destas tempestades são causadas
por correntes descendentes de ar seco fora das células de convecção.
“Estes vórtices ciclônicos podem ser como 'chaminés' de
energia interna, ajudando na liberação desta energia por convecção. Isso não
acontece em todos os lugares, mas algo nestes ciclones parece facilitar a
convecção”, afirma o pesquisador.
“Como agora temos rotineiramente imagens de alta
resolução de alguns observatórios e frequências de luz, estamos aprendendo
muito sobre o clima de Júpiter”, disse a cientista planetária Amy Simon, da
Nasa. “É o nosso equivalente de um satélite meteorológico. Podemos finalmente
começar a olhar para os ciclos climáticos”, afirma.
Fonte: Site Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
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