Asteroides Potencialmente Perigosos Podem Se Esconder na Sombra de Júpiter
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada ontem (30/09) no site “Canaltech” destacando que Asteroides
potencialmente perigosos podem se esconder na sombra de Júpiter.
Duda Falcão
Home - Ciência – Espaço
Asteroides Potencialmente Perigosos Podem Se Esconder na
Sombra de Júpiter
Por Daniele
Cavalcante
Canaltech
Fonte: Space.com
30 de Agosto de 2019 às 19h00
Um grupo de asteroides e cometas que orbitam na sombra de
Júpiter pode representar uma ameaça para a Terra. Embora estejam bem distantes,
algumas mudanças significativas em suas órbitas podem fazer com que as rochas
espaciais voem em direção ao nosso planeta ou nossos vizinhos. Essa é a
conclusão de um estudo liderado por Kenta Oshima, pesquisador do Observatório
Astronômico Nacional do Japão. Ele identificou pelo menos um objeto que poderia
sofrer essa mudança orbital.
Identificar e monitorar outros objetos escondidos nessa
população de corpos celestes pode ajudar a identificar perigos potenciais para
a Terra com bastante antecedência. Aí entra a importância de estudos como este.
"Apontamos a possibilidade de que populações de asteroides potencialmente
perigosos não detectados existam em locais de alta inclinação", escreveu
Oshima.
Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, e sua enorme
força gravitacional acaba por atrair muitos objetos para perto de si. Alguns
deles, como suas luas, estão gravitacionalmente ligados a ele, mas outros
seguem uma órbita semelhante à do próprio planeta, circulando o Sol. Estes
viagem pelo espaço em um ângulo de mais de 40 graus em relação ao plano do
Sistema Solar, e isso faz com que eles tenham uma órbita quase circular. Essas características
de suas rotas os mantêm bem afastados de nós, mas é possível que isso mude.
Muitos desses objetos são difíceis de ver da Terra,
porque estão escondidos na sombra do gigante gasoso. Enquanto suas órbitas são
estáveis, isso não é um problema, porém se essas órbitas mudarem eles podem
entrar em um caminho de colisão com a Terra ou com os outros planetas internos.
Claro, se isso acontecer, eles se tornarão visíveis para os observadores de
plantão, mas o perigo que eles representam significa que os astrônomos podem
trabalhar para identificá-los agora, antes que se tornam de fato uma ameaça,
conforme afirma Oshima em seu artigo.
O pesquisador já identificou um objeto que pode se tornar
perigoso, denominado 2004 AE9. O asteroide orbita a cerca de 1,5 UA (uma UA, ou
unidade astronômica, é a distância entre a Terra e o Sol) no percurso de
Júpiter. Mas ocasionalmente ele passa por Marte, chegando a 0,1 UA. A órbita do
asteroide se alterou ao longo do tempo, e isso não apenas o aproximou do plano
do Sistema Solar, tornando-se menos inclinado, como também sua rota se tornou
mais excêntrica - ou seja, não é mais tão circular.
Ainda não há perigo de o objeto colidir com a Terra em um
futuro próximo, mas um dia ele poderá mudar sua órbita o suficiente para deixar
Júpiter e colidir com um planeta rochoso. "Os objetos que se movem
originalmente em órbitas altamente inclinadas e quase circulares, têm uma baixa
probabilidade de impacto", disse Carlos de la Fuente Marcos, que estuda a
dinâmica do Sistema Solar na Universidade Complutense de Madri, na Espanha.
"Se eles se tornarem instáveis e a inclinação for trocada por
excentricidade [ou seja, um percurso elíptico], a rota pode se tornar um
cruzamento de planetas com uma inclinação baixa, o que se traduz em uma maior
probabilidade de impacto".
De acordo com de la Fuente, vale a pena “ficar de olho”
nesses asteroides e cometas, catalogando cada um deles e realizando um
"censo", para "conhecer melhor o tamanho real dessa população
potencialmente perigosa". Para ele, "se forem numerosos, o perigo
pode ser potencialmente alto, mas se forem escassos, o perigo pode ser
completamente insignificante".
Fonte: Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Comentário: Pois é leitor, a preocupação em torno desta questão
continua aumentando dentro da comunidade astronômica internacional, porém pelo
que parece infelizmente ainda não na mesma proporção que encontre soluções para
esta questão. Em minha opinião a ONU deveria está nesse momento se mobilizando
para cobrar de seus países membros um programa conjunto de proteção planetária
que envolvesse todas agencias espaciais governamentais de seus países membros,
antes que a humanidade venha enfrentar uma catástrofe. Prevenir, sempre foi a
melhor opção, mas parece que infelizmente a imatura humanidade prefere sempre
fechar a porta depois de arrobada.
Infelizmente, só devem criar algum programa de proteção depois que ocorrer algum evento.
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