Como a Impressão 3D Ajudará a Revolucionar a Exploração Espacial
Olá leitor!
Segue abaixo uma interessante matéria postada hoje (09/10) no site “Canaltech” destacando de que forma
a Impressão 3D ajudará a revolucionar a Exploração Espacial.
Duda Falcão
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Como a Impressão 3D Ajudará a Revolucionar a Exploração Espacial
Por Daniele
Cavalcante
Canaltech
Fonte: SingularityHub
09 de Outubro de 2019 às 12h27
A impressão 3D promete transformar não só a fabricação de
produtos aqui na Terra, mas também iniciar uma nova era de construção dos
componentes de naves espaciais e equipamentos fora da Terra. Esta tecnologia já
está programada para ser colocada em teste no espaço em 2022, por uma empresa de fabricação
3D chamada Made in Space, e um dia poderá permitir a criação de colônias
espaciais. Abordagens como essa mostram que futuro está chegando bem mais
rapidamente do que parece.
Por volta de 2030, espera-se que seja comum a criação de
produtos sob medida, com baixo custo e sem desperdício. E não apenas no nosso
planeta: a tecnologia de impressão 3D já começou a resolver problemas
importantes na Estação Espacial Internacional (ISS), mostrando que será
fundamental no avanço da exploração do espaço nos próximos anos.
Hoje, a cadeia de suprimentos que atende os astronautas
da ISS é a mais cara do universo — e nem está tão longe quanto a Lua, o próximo
alvo para construção de um acampamento humano permanente. Mas as despesas dessa
cadeia de suprimentos se devem quase inteiramente ao peso, e não à distância em
si. É que, para levar um objeto para além da gravidade da Terra, é preciso
desembolsar US$ 10.000 por libra (1 libra é um pouco menos de meio quilo). Além
disso, leva meses para que esses objetos, muitas vezes peças necessárias para a
manutenção da estação, cheguem à ISS.
No vídeo abaixo, a Made in Space revela como planeja
capacitar uma espaçonave a construir seus próprios painéis solares no espaço:
A Made in Space foi a primeira empresa a tentar
solucionar esses problemas, com o objetivo de construir uma impressora 3D que
funcione em ambientes de microgravidade, e levou apenas alguns anos para que
sua tecnologia estivesse presente no espaço. Quando a tripulação precisar de
algum objeto específico que esteja em falta na estação orbital, bastará
imprimi-lo. E as opções não são limitadas — essas máquinas podem atualmente
imprimir em mais de 500 materiais diferentes, como em metais, borracha,
plástico, vidro, concreto e até em materiais orgânicos, como células, couro e
chocolate. É possível fabricar de motores a jato a complexos de apartamentos,
placas de circuito e próteses de membros para o corpo.
E não é só a Made in Space que investe na área. A NASA está desenvolvendo sua própria impressora 3D, aliada à
nanotecnologia, o que possibilitará confeccionar pequenas plataformas de
sensores para ajudar em pesquisas espaciais. Ela usará nanomateriais como
grafeno, nanotubos de carbono e dissulfito de molibdênio, o que ajudará a levar
humanos para a Lua, Marte, e outros destinos.
Além disso, como os objetos são criados um de cada vez,
uma alteração no projeto não exige nada mais do que alterar um arquivo digital.
O design do projeto, que antes era um dos componentes mais caros do processo de
fabricação, agora é gratuito. E, melhor ainda, a impressão 3D é muito mais
limpa e não gera desperdícios. Não há necessidade de armazéns para guardar toda
uma linha de produção, já que tudo é feito apenas quando for necessário. Além
do espaço necessário para os materiais de impressão e a própria impressora, a
tecnologia praticamente dispensa as cadeias de distribuição, as redes de
transporte, os locais de estoque, e os armazéns.
Na exploração espacial, essa revolução é de fundamental
importância. Não é difícil imaginar um futuro não tão distante, quando o Homem
pisar em mundos áridos e escassos em recursos, em que a impressão 3D resolverá
muitos problemas, desde a fabricação de abrigos, estruturas necessárias para
cultivo, itens de primeiros socorros, até alimentos, baterias, turbinas eólicas
e células solares. Tudo isso já é possível imprimir aqui na Terra, e o próximo
passo é levar toda essa modernidade ao espaço.
Fonte: Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Comentário: Pois é leitor, simplesmente fantástico. Vale aqui
lembrar que no Brasil (ainda que timidamente) quem começou a usar a impressão 3D para fabricar partes espaciais
foi o pessoal do Foguetemodelismo, mais precisamente os alunos (se bem me
lembro) fogueteiros da FIAP, estes coordenados pelo Prof. Eng. José Miraglia
(na época também CEO da Startup Edge Of Space), para assim competirem na SPACECUP, evento interno
de foguetes desta faculdade paulista. Portanto desde então o avanço do uso da impressão
3D no setor espacial tem sido exponencial mundo afora e o Brasil e as suas
empresas do setor não podem deixar de trilhar esse caminho, ou certamente ficarão
ainda mais atrasadas do que já estão. Ministro Pontes, fique atento.
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