Deputados do Maranhão Pedem Aprovação do Acordo Sobre Base de Alcântara

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada dia (16/10) no site da “Câmara dos Deputados” destacando que Deputados do Maranhão pedem aprovação do Acordo sobre Base de Alcântara.

Duda Falcão

RELAÇÕES EXTERIORES

Deputados do Maranhão Pedem Aprovação do Acordo Sobre Base de Alcântara

Parlamentares da oposição, por outro lado, argumentaram que o acordo fere a soberania nacional

Reportagem - Francisco Brandão
Edição – Pierre Triboli
Agência Câmara de Notícias
16/10/2019 - 23:15
Atualizado em 17/10/2019 - 00:19

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Edilázio Júnior: "Todos os deputados do Maranhão, de todos os partidos, estão unidos pela aprovação do projeto".

Em discussão no Plenário da Câmara nesta quarta-feira (16), deputados maranhenses apoiaram o acordo (PDL 523/19) com os Estados Unidos para concessão de uso do Centro de Lançamento de Alcântara (MA).

“Todos os deputados do Maranhão, de todos os partidos, estão unidos pela aprovação do projeto”, disse o deputado Edilázio Júnior (PSD-MA). Entre os pontos principais do debate, os deputados trataram da expectativa de receitas e investimentos para a região, além dos efeitos do acordo para as comunidades quilombolas de Alcântara.

“O acordo não vai remanejar nenhuma família quilombola. Só se tiver sucesso e houver uma expansão”, ponderou Edilázio Júnior.

O deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) lembrou que metade das 800 pessoas que trabalham hoje na base são de Alcântara, a maioria de comunidades quilombolas. 

Fundo de Desenvolvimento 

O deputado Aluisio Mendes (PSC-MA) destacou a aprovação nesta quarta-feira (16), pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, do projeto que cria o Fundo de Desenvolvimento das Comunidades Carentes e Quilombolas de Alcântara. Trata-se do PL 245/19, do deputado Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA).

A proposta destina aos quilombolas 1% das receitas com uso e lançamento de foguetes no Centro de Alcântara.

Nos cálculos do deputado Gastão Vieira (Pros-MA), o Brasil deixou de receber R$ 4 bilhões pelo período que ficou sem lançar foguetes desde que o Congresso deixou de aprovar o acordo anterior com os Estados Unidos, assinado em 2000.

O deputado Eduardo Braide (PMN-MA) lembrou que o Centro de Alcântara consome R$ 50 milhões por ano em manutenção, “sem lançar nenhum satélite”.

Já o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ressaltou que Kourou, a cidade da Guiana Francesa onde funciona o Centro Espacial Europeu, tem um produto de 800 milhões de dólares. “Em comparação, o produto de Alcântara é de R$ 62 milhões”, afirmou.

O deputado Bibo Nunes (PSL-RS) denunciou o abandono da base brasileira. “Estive pessoalmente na Base de Alcântara, está completamente abandonada”, afirmou.

Para o deputado Loester Trutis (PSL-MS), os próprios quilombolas querem a implementação da base. “Vários líderes quilombolas foram ouvidos na Comissão de Relações Exteriores. Existe um compromisso da Aeronáutica de contratação da mão de obra local”, informou.

O deputado José Nelto (Pode-GO) declarou que os quilombolas não ficarão desprotegidos. “Se for necessário, o Estado vai indenizá-los.” 

Soberania 

Deputados da oposição argumentaram que o acordo fere a soberania nacional. “Não há proibição de uso bélico ou militar por parte dos Estados Unidos. Criaram uma série de áreas reservadas em que brasileiros não podem entrar. Isso é perda de soberania”, acusou o deputado Ivan Valente (Psol-SP).

O deputado Edmilson Rodrigues (Psol-PA) prometeu recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso o projeto seja aprovado. “Quem tem amor ao Brasil e defende a soberania nacional não pode defender esse acordo.” Ele alertou para a possibilidade de uso de combustível nuclear e até mesmo para a possibilidade de posicionamento de ogivas nucleares no Centro de Lançamento.

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) criticou o fato de a matéria só ter passado pela Comissão de Relações Exteriores. “O projeto teve apenas duas audiências públicas. Deveria passar também pela Comissão de Ciência e Tecnologia”, afirmou.

Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), o acordo impede o Brasil de desenvolver sua própria indústria aeroespacial. “Por causa das cláusulas do acordo, nem sequer poderemos utilizar os recursos para desenvolver nosso programa espacial. Ainda vamos ter de investir dinheiro na infraestrutura para os Estados Unidos usar”, criticou.


Fonte: Site da Câmara dos Deputados - https://www.camara.leg.br

Comentário: Pois é, enfim...

Comentários

  1. Duda, por favor me ajude. Eles falam aprovar o "Acordo sobre a base de Alcântara, e chegam a falar em aluguel para os EUA. Mas até agora o que eu sei é que eles estão votando o "Acordo de Salvaguardas Tecnológicas" que é nada mais do que uma garantia de manutenção de segredos tecnológicos de origem Americana, com determinação de respectivos procedimentos no caso de uso da Base de Alcântara, e não de aluguel da base de Alcântara. Eu nunca li sobre prazo de aluguel, nem sobre valor de aluguel, nem sobre qualquer tipo de garantia de um ou de outro, dos Americanos ou Brasileiros sobre alugar ou não alugar. Sim, isto porque não se trata de um acordo de aluguel, "ainda". Mas simplesmente de garantia de manutenção de segredos tecnológicos, "caso os Americanos venham a alugar a base de Alcântara". Não há acordo de aluguel. Os Americanos podem simplesmente não desejarem alugar a base, se eles não quiserem. Não há tratativa sobre isto. Não é sobre isto que trata o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas que está sendo votado. O que se vota é apenas uma garantia antecipada que as tecnologias serão mantidas em segredo "caso em um futuro a base seja utilizada pelos Americanos". Duda, eu estou certo ou eu estou errado? Pelo o que eu vejo dos ilustres deputados, parece que eles não entenderam bulhufas do que eles estão votando. Não sabem nem onde está o próprio nariz. Já estão falando em valores,em destinação dos valores, em situação dos quilombolas etc. Mas o que eles estão votando não tem nada a ver com isto! Assim, com deputados deste naipe, realmente fica difícil.

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    1. Olá Victor!

      Sim você está certo, é justamente isso. É basicamente uma garantia de manutenção dos segredos tecnológicos americanos de qualquer artefato de origem americana ou de outra nação que tenha no seu interior peças americanas a serem lançados do CLA. Sem isso não há como tornar este centro economicamente viável. O resto é a baderna criada pelo esquerdopatas e pela sua mídia apoiadora para atrapalhar a aprovação do acordo, pois como já disse varias vezes, a esquerda só se propaga com o caos organizado e proposital. Valeu.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Aliás, em relação ao argumento idiota de que o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas fere a soberania Brasileira, há que se dizer que o mesmo argumento por exemplo poderia ser usado contra a lei constitucional que impede que a policia entre em minha casa sem uma ordem judicial. Eu, na minha casa, na minha privacidade, estou ferindo a soberania do país quando impeço um policial de entrar na minha casa sem ordem judicial? Entende? O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas apenas define procedimento para o Brasil não "xeretar" nas tecnologias Americanas, simplesmente porque os Americanos investiram fortunas no desenvolvimento delas e nada mais justo do que não querer entregá-las gratuitamente, seus segredos, a quem nunca colaborou em nada neste desenvolvimento. E como em uma casa, uma casa alugada, não quer que se invada a privacidade. Quem gosta dos outros xeretando suas coisas? O proprietário de um imóvel alugado pode entrar no imóvel sem a licença e autorização do inquilino? Pode o proprietário do imóvel alugado simplesmente abrir a porta e ir entrando e invadir a privacidade do inquilino? Em um contrato de aluguel comum, o inquilino tem direitos e dentre estes direitos o direito à posse e privacidade? O aluguel da base de Alcântara, se um dia acontecer, após a aprovação deste Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, que é um acordo prévio e não vinculado, transferirá apenas a posse de uma área ínfima da base, posse, não propriedade. Como em qualquer contrato de aluguel. Mas, bem, eu cá comigo, apenas analisando, não acho fácil os Americanos alugarem a base de Alcântara não. Dificilmente vão fazer isto. Não é viável econômica e politicamente. A logística seria absurdamente cara, proibitiva. Produzir foguetes no Brasil é inviável por falta de mão de obra qualificada, que não vai querer sair de Miami ou Arkansas ou Texas ou Califórnia para vir ao Maranhão matar mosquito e fugir da "Anaconda" a mais de 35 graus célsius, perdendo o jogo do Los Angeles Lakers versus o Chicago Bulls. Ainda mais com tanta oposição analfabeta ao projeto no Brasil. Então, no meu entendimento, é melhor encontrar outra utilidade para a base de Alcântara, pois já faz tempo que foi anunciado que a base seria alugada e nenhum interessado apareceu. Pelo menos um interessado de relevância econômica. Talvez, por sorte, rezando, apareça algum aventureiro amador e maluco com uma "micro" empresa aeroespacial querendo lançar foguetes a partir do Maranhão, mas mesmo nestes casos, os valores envolvidos serão tão pequenos que nem vale a pena. Os grandes players do mundo aeroespacial, tanto Americanos, como Russos, Chineses, Indianos, e Europeus já descartaram Alcântara. Não compensa. A tão falada posição estratégica da base praticamente é a única virtude (e nem tanto assim), e o resto, são só defeitos. Eu não quero ser pessimista, apenas realista.

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    1. Olá Victor!

      Bem quanto ao aluguel, tenha fé, tem sim muita gente interessada e não é de hoje e não só americanos, valeu? É por isso os esquerdopatas estão preocupados, pois sabem que tem grandes possibilidades de dar certo e assim eles perderem o apoio político na região. Eles lutam pela sobrevivência e sem apoio dos alienados, isto não será possível.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Ótimo, eu desejo boa sorte. Eu fico feliz em saber disto...

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