Centro de Lançamento de Alcântara Atinge Marca de 487 Lançamentos
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota postada dia (09/10) no site do Ministério
da Defesa destacando que o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) atingiu a
marca de 487 lançamentos realizados.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Centro de Lançamento de Alcântara Atinge Marca de 487 Lançamentos
Por Lane Barreto
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
(61) 3312-4071
Publicado: Quarta, 09 de Outubro de 2019, 14h37
Alcântara (MA), 08/10/2019 - Situado a 90
quilômetros de São Luís, no Maranhão, o Centro de Lançamento de Alcântara
(CLA), encontra-se em plena operação, realizando o lançamento e o rastreio de
foguetes.
O CLA integra a estrutura do Departamento de Ciência e
Tecnologia Aeroespacial (DCTA), órgão da Força Aérea Brasileira (FAB),
responsável por planejar, gerenciar, realizar e controlar as atividades
relacionadas à ciência, à tecnologia e à inovação.
Fotos Alexandre Manfrim
De sua casa, localizada na Agrovila Cajueiro 1, município
de Alcântara, o professor Raimundo dos Remédios Araújo Torres observa as operações
realizadas no local.
“O lugar onde moro fica, aproximadamente, a 17 km do
centro de lançamento. De lá, contemplamos a subida de forma nítida dos
foguetes, bem como o barulho. Trata-se de um momento emocionante e de muita
curiosidade para todos os que moram próximo ao centro”, relatou Raimundo.
Cerca de 750 militares e servidores civis atuam nas áreas
de operações, segurança, logística, administração, entre outros setores. O
diretor do Centro de Lançamento de Alcântara, Coronel Aviador Marco Antônio
Carnevale Coelho, esclarece as etapas desenvolvidas no local.
“Preparar toda a estrutura de apoio aos lançamentos,
como: os veículos de lançamento, com as suas respetivas cargas úteis; o
lançamento propriamente dito, no qual esses veículos são posicionados nas
nossas plataformas; e o rastreio, que é a última fase”, declarou.
Os lançamentos realizados por meio de Alcântara
possibilitam à indústria nacional, aos órgãos de pesquisa e às instituições de
ensino o desenvolvimento de estudos em ambiente de micro gravidade, situação em
que a linha da atmosfera é ultrapassada e a influência da gravidade é pequena.
Isso viabiliza ao país o desenvolvimento de novos
produtos e o aperfeiçoamento de tecnologias.
“A maior parte dos nossos lançamentos estão relacionados
com voos suborbitais, que têm por interesse a pesquisa, num primeiro plano”,
explicou o Coronel Carnevale.
De acordo com o diretor do CLA, o Instituto de
Aeronáutica e Espaço (IAE) e as indústrias brasileiras possuem competência para
o desenvolvimento de artefatos tecnológicos.
“Os artefatos são produzidos na indústria nacional por
meio de parcerias. Então, temos competência, hoje, para fazermos, em território
nacional, os foguetes de sondagem que utilizamos, bem como os foguetes de
treinamento”, acrescentou o Coronel Carnevale.
Desde a sua criação, em 1983, 487 veículos espaciais
foram lançados pelo CLA, totalizando mais de 100 operações. O último ocorreu na
segunda quinzena de setembro, com a projeção de um foguete de treinamento.
Situado a apenas 250 km da linha do Equador, o CLA possui
posição privilegiada para o lançamento de foguetes, que permite uma economia de
combustível de 30% para lançamentos em órbitas equatoriais.
Lançadores de Satélites
O Programa para o desenvolvimento de Veículos Lançadores
de Satélites (VLS) tem como foco inicial o desenvolvimento do Veículo Lançador
de Microssatélites (VLM). Com capacidade de carga menor, o VLM lança cargas em
órbita baixa, ao redor da Terra, podendo atender a demanda para o lançamento de
microssatélites, tendência do setor que cresce a cada dia.
O desenvolvimento do VLM ocorre em parceria com o Centro
Espacial Alemão (DLR).
Acordo de Salvaguardas Tecnológicas
A consolidação das atividades do CLA é fundamental para
que o país consiga adquirir a proficiência no lançamento de satélites que
atendam a demanda de projetos relacionados com o Programa Estratégico de
Sistemas Espaciais (PESE), com o Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE)
e futuras versões do VLM.
Esses projetos possibilitam ao Brasil dominar, com
tecnologia própria, o ciclo de desenvolvimento, produção, lançamento e inserção
em órbita de satélites nacionais e estrangeiros, por meio de um centro de
lançamento situado em território brasileiro.
Isso representa autonomia no acesso ao espaço e permite
avanços de estudos e pesquisas multidisciplinares, além de facilitar: o acesso
à internet, a telefonia móvel em áreas isoladas, a agricultura de precisão e o
controle de desmatamento e queimadas, entre outros benefícios.
A aprovação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas
viabiliza o uso comercial do Centro de Lançamento de Alcântara com os Estados
Unidos e com outros países.
Pelo acordo, os Estados Unidos autorizam o Brasil a
lançar foguetes e espaçonaves, nacionais ou estrangeiras, que contenham partes
tecnológicas americanas. Em contrapartida, o Brasil garante a proteção da
tecnologia americana contida nesses artefatos, proporcionando, então, uma nova
e significativa fonte de recursos financeiros ao Programa Espacial Brasileiro.
O diretor do Centro de Lançamento de Alcântara, Coronel
Carnevale, elenca as melhorias que podem ocorrer no município de Alcântara (MA)
com a aprovação do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas pelo Congresso Nacional.
“Nós mobilizaríamos para região de Alcântara todo um viés
de ciência de tecnologia que faria com que o Brasil figurasse como país
potência, no sentido de gerar inovação no segmento aeroespacial”, pontuou o
Coronel Carnevale.
“Acredito que, com o acordo de salvaguardas, a população
alcantarense terá oportunidades de empregos e as políticas públicas serão
resolvidas com mais sucesso”, relatou Raimundo, morador de Alcântara.
O Coronel Carnevale ressalta, ainda, que o setor espacial
é um dos mais lucrativos na atualidade.
“No segmento espacial, um quilo de satélite lançado gira
em torno de 50 mil dólares. Estaríamos ingressando no topo da cadeia produtiva
de ciência e tecnologia, que é o produto com maior valor agregado e mais bem
remunerado no contexto mundial”, ressaltou.
Lei de Geral de Atividades Espaciais
Em complemento à conjuntura das atividades de lançamento
de foguetes no país, é importante ressaltar que está em elaboração – no âmbito
do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro (CDPEB - Decreto
nº 9.839, de 14 de julho de 2019) – uma proposta de lei geral para as atividades
espaciais, que promoverá um ambiente regulatório mais favorável ao
desenvolvimento das iniciativas comerciais de lançamento no Brasil, prestando
sinergia aos efeitos decorrentes da aprovação do AST.
Fonte: Site do Ministério da Defesa- https://www.defesa.gov.br
Comentário: Bom leitor, que me perdoe a FAB e o Governo
Bolsonaro, mas não vejo motivo para grandes comemorações. Afinal, o CLA nunca
cumpriu o seu objetivo principal desde que foi criado no inicio dos anos 80, ou
seja, o de lançar satélites. Das únicas vezes que tentou atingir esse objetivo,
isto durante as realizações das
Operações Brasil, Almenara e São Luiz, resultou em duas falharam em
pleno voo e a terceira protagonizou um dos maiores desastres da era espacial em
todo mundo, desastre este que infelizmente ceifou a vida de 21 técnicos
brasileiros, heróis nacionais nunca foram reconhecidos como deveriam. Aliás, vale
lembrar aqui que pensando nisto, recentemente o Ministro Marcos Pontes acertadamente
colocou uma placa em seu gabinete homenageando esses grandes heróis brasileiros. Ficarei na torcida para que, com a esperada aprovação do AST, o CLA realmente venha cumprir definitivamente a função para qual foi criado, e assim ter realmente o que comemorar. Afinal leitor, sem querer faltar com o respeito, o CLA não é os Centros de Andoya na Noruega, e muito menos o de Esrange na Suécia, e mesmo assim esses centros já se preparam para realizar o que o CLA jamais conseguiu.
VLM desenvolvido em pareceria com a DLR? Fala sério! Eu me canso de ver na internet, principalmente no twitter de empresas aerospaciais que lançam foguetes, gráficos esquemáticos de funcionamento de motores e de toda parte elétrica de um foguete. Especialmente foguetes de combustível líquido. E os Brasileiros tem que fazer uma parceria "entreguista e apatriota" com os alemães? E, bem, Duda, eu estou querendo iniciar uma campanha "ressuscite o VLS, agora!"
ResponderExcluir"ressuscite o VLS, agora!", eu estou nessa Campanha !
ExcluirOlá Victor e Anônimo!
ExcluirVejam bem, recussitar o VLS-1 não é o caminho, pois é um projeto envelhecido. O certo em minha opinião seria desfazer o acordo com o DLR e repassar o projeto do VLM-1 para as startups brasileiras que, atuando em conjunto, e se valendo do conhecimento já adquirido, do que já foi dezenvolvido, da infraestrutura dos laboratórios do IAE e do trabalho eficiente dessas startups que ficariam na gerência, em três anos o Brasil teria o seu lançador de satelites. Mas para tanto o Governo tem de se mexer.
Abs
Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
Duda, uma simples pesquisa no Google, veja a infinidade de opções e idpeias... até um Jacú da Roça pode aprender como se faz um motor de foguete...
ResponderExcluirhttps://www.google.com/search?rlz=1C1CHZL_pt-BRBR686BR686&sxsrf=ACYBGNQH4_s0BX70I9KZS5YkRs5_x8A5Hg:1570790992060&q=graphic+scheme+rocket+engine&tbm=isch&source=univ&sa=X&ved=2ahUKEwjnjOS4hJTlAhVzGbkGHaYCBq0QsAR6BAgGEAE&biw=1440&bih=757
Na última live o presidente disse que o Nhonho vai colocar em votação o AST do CLA semana que vem. Vamos aguardar.
ResponderExcluir