Artigo: O Que Cabe ao Brasil na Nova Corrida Espacial?
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo um artigo publicado ontem (25/04) no site “MundoGEO”, tentando responder segundo a visão do seu autor a
pergunta a pergunta de 1 Milhão de
dólares (rsrsrsrsrs): O Que Cabe ao Brasil na Nova Corrida Espacial?
Bom amigos e amigas do BS, na verdade o artigo não acrescenta nada que já não se saiba há
quase uma década, sendo ao que parece usado como pano de fundo para divulgar o
evento SpaceBR Show, enfim...
Aproveitamos para agradecer ao nosso colaborador e membro do canal do BS, o Sr. Eugênio Preza (editor-chefe da Revista digital EP.SPACE-BR) pelo envio desse artigo.
Brazilian Space
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Artigo: O Que Cabe ao Brasil na Nova Corrida Espacial?
Uma janela de oportunidades está se formando no setor
espacial brasileiro, mas se não houver investimentos, principalmente privados,
podemos perder o foguete que pode transformar o país em um protagonista desse
mercado
Por Emerson Granemann*
25/04/23 - 09h42
Fonte: Site MundoGEO - https://mundogeo.com
Tudo o que envolve o setor espacial é superlativo. Os
números falam. A Euroconsult, uma empresa de consultoria que atua nesse
segmento, apontou que o valor da economia espacial global em 2022 atingiu US$
464 bilhões, o maior da história. E esse montante seguirá crescendo em uma taxa
constante até chegar a US$ 737 bilhões no início da próxima década.
Isso se deve a investimentos pesados na exploração
espacial – vide a missão para a Lua e futuramente para Marte -, mas também pela
quantidade de empresas que se instalaram nesse setor. O acesso ao espaço ficou
muito mais fácil e barato nos últimos anos por causa dessas companhias privadas
e suas tecnologias disruptivas, como é o caso da SpaceX. Junto com ela vieram
tantas outras que estão possibilitando que cargas de todos os tipos e tamanhos
fossem lançadas no espaço a um custo impensável há poucos anos.
Para dar vazão a essa demanda, só no ano passado foram
realizados 186 lançamentos em todo o mundo, segundo a Bryce Tech, consultoria
que acompanha o mercado de satélites. Ou seja, a cada dois dias um foguete é
lançado, levando consigo sondas, satélites, smallsats, artefatos científicos e,
claro, astronautas e cientistas.
Vale destacar que os smallsats, aqueles que pesam menos
de 600 kg de acordo com a definição da Bryce Tech, já têm uma
representatividade significativa nos lançamentos. Ao todo foram levados ao
espaço 2.304 desses equipamentos em 2022 em 108 lançamentos, atingindo 54% da
massa total das cargas lançadas no período. Esses pequenos satélites, aliás, é
que permitiram que mais empresas entrassem nesse setor, seja no desenvolvimento
deles ou puxando companhias para lançá-los e operá-los.
Mas e qual é a fatia do Brasil nessa indústria que não
para de crescer?
Hoje ela é praticamente inexistente, exceto por alguns
poucos satélites desenvolvidos no país e lançados a partir dos Estados Unidos
nos últimos anos. A realidade, porém, poderia ser bastante diferente se os
diversos atores desse setor no Brasil trabalhassem de forma realmente integrada
para gerar oportunidades de negócios. Isso quer dizer que universidades,
institutos de pesquisa, governo e empresas privadas têm potencial para fomentar
e criar uma indústria espacial local que de fato seja relevante em termos
mundiais.
Um dos caminhos para o Brasil se inserir no mercado
espacial é por meio de empresas e startups, assim como ocorreu em outros
países, nos quais a iniciativa privada passou a ter um protagonismo nessa nova
corrida espacial, comumente chamada de New Space. Sim, os governos seguem tendo
grande participação, especialmente em termos financeiros para contratação de
serviços, mas são as empresas privadas que têm suprido essa demanda pública e
também criado oportunidades independentes do recurso governamental.
O setor espacial sempre dependeu de recursos públicos e
ainda há uma corrente que defende que esse deve ser o caminho principal.
Entretanto, ele estará sempre sujeito a marés políticas e programas de governo,
e não de políticas duradouras que fomentem a indústria espacial e que a
consigam manter em funcionamento constante e não dependente de alguns breves
momentos de notoriedade.
Há no Brasil uma ebulição no setor privado espacial, com
a criação de diversas startups, especialmente devido à vocação aeroespacial que
a Embraer vem forjando desde a década de 1960 e que transformou São José dos
Campos em um importante centro de pesquisa e de desenvolvimento nessa área.
Entretanto é necessário nesse momento a concretização
desse cluster também no ramo espacial – e outros que se formam nas demais
regiões do país. E isso só vai ocorrer quando houver recursos sendo destinados
a startups espaciais. O obstáculo que essas empresas encontram é como comunicar
aos investidores que o mercado espacial é um bom negócio, apesar dos riscos.
Por isso, é urgente que os atores desse setor no país se unam para se
aproximarem de potenciais investidores que, hoje, estão destinando recursos a
outros tipos de negócios. Eventos, como o SpaceBR Show, com pitches para startups e rodadas de
negócios, são fundamentais nesse processo.
A reativação e abertura do Centro Espacial de Alcântara
(CEA) para a operação de empresas privadas também pode ser preponderante nesse
momento. Em março, a sul-coreana Innospace se tornou a primeira companhia
privada a lançar um foguete a partir da base no Maranhão, abrindo espaço para
outras que já estão na fila. Por enquanto são apenas empresas estrangeiras. Mas
mesmo assim, ao se instalarem aqui podem fomentar o setor e ajudar os
investidores a verem os benefícios e as oportunidades que o espaço pode trazer.
E, assim, o Brasil poderá entrar de vez nessa corrida.
*Emerson Granemann é CEO da MundoGEO e idealizador do
SpaceBR Show 2023 – Exploração espacial e novas oportunidades de negócios.
A expressão “para inglês ver” é comumente utilizada na língua portuguesa no sentido de algo que é aparente, mas não é válido ou real.
ResponderExcluirO Que Cabe ao Brasil na Nova Corrida Espacial?
Não cabe NADA!!!!
Só tem "espaço" para muitas viagens, no território nacional e internacional, e também não poderia esquecer das diárias! que de fato CABEM muito bem na "conta bancaria" do Excelentíssimo Senhor Mister M e ao seleto grupinho...