Estudo de Uma Equipe de Astrônomos do 'Instituto Max Planck' Aponta Novo Mecanismo Que Pode Ajudar a Localizar Planetas Habitáveis
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia postada dia (20/04)
no site da ‘Sputnik Brasil’, destacando
que um estudo de uma equipe de astrônomos do Instituto Max Planck de Pesquisa do Sistema Solar, na Alemanha, pode ter descoberto uma forma
de ajudar a localizar Planetas Habitáveis. Saibam mais sobre essa
história pela matéria abaixo.
Brazilian Space
CIÊNCIA E SOCIEDADE
Cientistas Descobrem Mecanismo Que Pode Ajudar a
Localizar Planetas Habitáveis
Por Sputnik Brasil
Publicado em 20/04/2023 - 00:56
Atualizado em 20/04/2023 - 06:52
Fonte: Website Sputnik Brasil – https://sputniknewsbrasil.com.br
Fonte: CC0 / Flickr / Giuseppe Donatiello
Uma equipe de astrônomos liderados por Anna Shapiro, do
Instituto Max Planck de Pesquisa do Sistema Solar, na Alemanha, conduziu um
estudo para determinar o melhor tipo de estrela a ser procurada na busca por
planetas habitáveis.
Autoridades científicas revelaram recentemente que a
melhor maneira de determinar os planetas que sustentam a vida é zerar a
metalicidade de um corpo galáctico.
O estudo mostra que, para planetas semelhantes à Terra que orbitam estrelas
semelhantes ao Sol, quanto menor o teor de metal, menor o risco de serem
expostos aos efeitos nocivos da radiação ultravioleta (UV). Os cientistas
também observaram que, se a atmosfera de um planeta for rica em oxigênio, o
próprio planeta vai estar mais bem protegido pela camada de ozônio dos efeitos
nocivos da radiação UV.
"Nossas descobertas indicam que planetas hospedados
por estrelas com baixa metalicidade são os melhores alvos para procurar vida
complexa em terra", diz o estudo publicado
na revista Nature Communications.
Como parte de suas descobertas, a equipe de Shapiro
modelou a rotação de planetas semelhantes à Terra em torno de diferentes tipos de estrelas, alterando parâmetros como metalicidade,
temperatura e poder de radiação ultravioleta, entre outros componentes. Dessa
forma, eles obtiveram dados massivos e foram capazes de analisar exatamente
como e com que eficiência o ozônio bloquearia a radiação UV prejudicial.
Assim, os cientistas conseguiram estabelecer que são as estrelas com
baixo teor de metal e alta intensidade de radiação UV que terão maior
probabilidade de estar perto de planetas potencialmente habitáveis. No
entanto, as autoridades indicaram que os efeitos nocivos dos raios UV foram
impedidos de atingir a superfície de um exoplaneta devido ao seu comportamento
com compostos de oxigênio.
"Paradoxalmente, enquanto estrelas com maior
metalicidade, que apareceram mais tarde na história do Universo, emitem menos
radiação UV, em atmosferas planetárias oxigenadas, o espectro radiativo estelar
associado permite menos formação de ozônio, o que aumenta a penetração UV,
tornando as condições em planetas orbitando essas estrelas menos amigáveis para
a biosfera em terra", observa o estudo.
No geral, o estudo destaca a importância de entender a
relação entre a metalicidade de uma estrela e a habitabilidade potencial de
seus planetas. As descobertas podem ter implicações importantes para futuras missões em busca de sinais de vida além do nosso
Sistema Solar. Prevê-se que o telescópio Webb possa de fato ajudar nessa
determinação.
"Acho que isso restringe um pouco a zona de
habitabilidade", disse Anna Shapiro em comentários à mídia
norte-americana. "Nossa pesquisa mostra que encontrar vida em torno de estrelas pobres em metais é mais
promissor desse ponto de vista."
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