Japão Quer Vender Satélite para o Brasil
Olá leitor!
Segue abaixo uma notícia postada dia (26/08) no site “Folha.com” do “Jornal Folha de São Paulo” destacando o Japão quer expandir seu programa espacial e verder satélite para o Brasil.
Duda Falcão
Japão Quer Expandir seu Programa Espacial e
Vender Satélite para o Brasil
CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA
26/08/2010 - 08h00
Pressionado pela concorrência com a China, o Japão quer expandir seu programa espacial na América do Sul. Técnicos da JAXA (Agência Espacial Japonesa) e de diversas empresas do país, como NEC e Mitsubishi, visitam o Brasil nesta semana para identificar possibilidades de cooperação na área de satélites.
Os japoneses querem vender ao Brasil sua tecnologia de satélites pequenos de observação da Terra.
Um desses equipamentos, o ALOS, já é usado pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para monitorar o desmatamento da Amazônia - ideal para flagrar derrubadas nos meses do ano em que a floresta está encoberta.
O ALOS é um satélite-radar, que tem a capacidade de "enxergar" através das nuvens, e será incorporado ao Deter, sistema do INPE que monitora o desmatamento em tempo real.
O Japão vê no Brasil um potencial mercado para sistemas desse tipo, especialmente nos próximos anos, quando a implementação do Redd (mecanismo de redução de emissões de gases-estufa por desmatamento) tornar o monitoramento de florestas uma prioridade em vários países.
"Nós temos sistemas de observação da Terra de baixo custo e entrega rápida, se o Brasil tiver interesse", disse Syuichi Kaneko, do Ministério da Economia japonês. Ele acenou com a possibilidade de um acordo no qual o Japão pudesse usar a base de Alcântara, no Maranhão, para lançar seus foguetes H2.
As pretensões japonesas no Brasil esbarram em dois obstáculos. Primeiro, o Brasil é parceiro de longa data em um programa de satélites da China. Segundo, o país insiste em transferência de tecnologia.
"Não queremos comprar satélites prontos, não", afirma o ministro Sergio Rezende (Ciência e Tecnologia).
Kaneko diz que os satélites japoneses não visam substituir, e sim complementar o programa sino-brasileiro, que produz a série de satélites CBERS.
"Nenhum satélite individual é perfeito", afirma. Diz também que está aberto a pensar em desenvolvimento conjunto.
Fonte: Site Folha.com - 26/08/2010
Comentário
: É bom que o ministro Sergio Rezende tenha dito que não quer comprar satélites prontos, essa deve ser a política, apesar do mesmo ser contraditório quando apóia publicamente a mal engenhada ACS, onde não há qualquer transferência ou desenvolvimento conjunto de tecnologia, nem mesmo de um simples parafuso. O aparente interesse japonês de lançar o foguete H2 de Alcântara, deve ser estudado com interesse e cautela, para que não se venha cometer os erros cometidos com a ACS. Já quanto à possibilidade de desenvolvimento conjunto de satélites citado pelo senhor Syuichi Kaneko, é algo interessante e deveria ser analisado pelo governo brasileiro tendo é claro o cuidado de evitar os mesmos erros cometidos no acordo do Programa CBERS.
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