Associações do 'Setor Aeroespacial Brasileiro' Processam a Boeing Pela Contratação de Engenheiros Brasileiros
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma curiosa notícia publicada dia (22/11) no
site aeronáutico “Aeroin”, destacando que Associações
do Setor Aeroespacial estão processando a Boeing por estar contratando Engenheiros
Brasileiros.
Bom leitor, na minha opinião pra quem tem uma mínima visão comercial, empresarial
e de contra inteligência, isso já era esperado desde que o governo de esquerda da
ex-presidente desmiolada ‘Dilma Roussef’ permitiu a instalação em 2013 de um ‘Centro
de Pesquisa e Tecnologia’ da Boeing, em São José dos Campos (veja aqui), e o Setor
Aeroespacial Brasileiro pecou em de lá pra cá não ter se preocupado e se preparado para
enfrentar o que estava por vir, já que a competição faz parte do livre mercado.
Na próxima quinta-feira (01/12), durante a nossa Quadragésima Edição da
coluna ‘Espaço Semanal’, o Prof. Rui
Botelho dará a sua opinião sobre essa questão. Fiquem atentos!
Início - Indústria Aeronáutica
Associações Processam a Boeing Por Estar Contratando
Engenheiros Brasileiros
Em mais um movimento contra a expansão da Boeing Brasil
no celeiro da Engenharia Aeroespacial brasileira, associações foram até a
justiça para impedir novas contratações da gigante americana.
Por Carlos Ferreira
22 de novembro de 2022
Fonte: Aeroin - https://aeroin.net
Fotos: Divulgação – Boeing
Tudo começou em maio deste ano, quando a Boeing abriu dezenas de vagas
para engenheiros no Brasil. Ao contrário das contratações esporádicas como no
passado, esta visava formar uma equipe para abertura de um grande escritório de
Engenharia em São José dos Campos. A cidade do Vale do Paraíba no interior de São
Paulo é o berço da indústria aeronáutica brasileira, sede da Embraer e do ITA,
o Instituto Tecnológico da Aeronáutica.
Em julho foram abertas novas vagas, e daí começou um atrito com as concorrentes.
Pessoas da região já reportavam ao AEROIN que estava ocorrendo um êxodo de
engenheiros para a Boeing, que não pensaram duas vezes ao ir para a empresa
americana, por seus salários maiores, boa estrutura e projetos ambiciosos.
Pouco tempo depois, o CEO da Akaer Brasil, uma das
empresas da área aeroespacial e de defesa instalada em São José dos Campos, foi
a público falar do “estilo predador e assédio cruel” que a Boeing estaria
fazendo à indústria de defesa brasileira, colocando em risco a soberania
nacional.
A crítica veio com várias respostas contra, citando inclusive
que no passado a Akaer e outras empresas foram as predadoras. Outras pessoas
citaram o chamado “Acordo de Cavalheiros” feito entre as indústrias de São
José, que tinham feito uma parceria informal de não contratar engenheiros uma
das outras, desestimulando a concorrência.
A Lei e a Ordem
Agora, a disputa se acirrou e chegou na justiça. A
Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança
(ABIMDE) e a Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB) são
autoras de uma ação civil pública cujo objetivo é fazer com que a companhia
americana interrompa o processo de “captura sistemática e contratação de
engenheiros de empresas que fazem parte da Base Industrial de Defesa (BID) do
país”.
Segundo as entidades, “a cooptação desses profissionais,
que são altamente qualificados, coloca em risco a sobrevivência dessas empresas
e, sobretudo, ameaça a soberania nacional, um dos fundamentos da Constituição
Federal, previsto no seu artigo 1º, inciso I”.
“O impacto já
é expressivo: dez das mais importantes empresas estratégicas do setor de defesa
já tiveram engenheiros cooptados pela Boeing. Algumas perderam cerca de 70% da
equipe de áreas específicas e essenciais para o negócio“, explica Roberto
Gallo, presidente da Abimde.
A BID é formada por companhias estatais ou privadas, que têm como
objetivo a constante atualização das tecnologias da Marinha, da Força Aérea e
do Exército. Segundo as associações, “elas são a garantia de que a inovação e o
desenvolvimento na área de defesa estejam sob domínio nacional, resguardando a
autonomia das Forças Armadas e, portanto, do Estado brasileiro”.
Os profissionais que têm sido contratados pela Boeing são
principalmente do segmento aeroespacial. Eles são engenheiros altamente
qualificados, formados em instituições públicas (como ITA, UFMG e UFSCar) com
mais de 10 anos de experiência no setor, tendo participado de projetos nas
áreas de Defesa e Segurança, ou detinham conhecimento essencial à soberania
nacional e tiveram acesso a informações qualificadas e dados classificados de
projetos estratégicos para o Brasil.
As empresas que perderam engenheiros em massa seriam a Embraer, Akaer,
Avibras, AEL Sistemas, Safran, Mac Jee e outras. Até o momento estas empresas
não se posicionaram oficialmente. Procuramos a Boeing para comentar o assunto,
e assim que a fabricante americana responder, iremos atualizar a reportagem. A
empresa estrangeira, porém, segue contratando e está com 30 vagas abertas para
o Brasil em seu site, confira clicando aqui.
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