Observatório IceCube Encontra ‘Neutrinos Cósmicos de Alta Energia’ Vindos de Uma Galáxia Distante.
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue agora uma notícia publicada dia (04/11)
no site “Canaltech”, destacando que uma
equipe de cientistas do ‘Observatório IceCube’, localizado na Antártida,
encontrou ‘Neutrinos Cósmicos de Alta Energia’ vindos de uma Galáxia Distante.
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Neutrinos Vindos de Uma Galáxia Distante São Detectados na Antártida
Por Daniele Cavalcante
Editado por Patrícia Gnipper
04 de Novembro de 2022 às 08h39
Fonte: Science;
via: IceCube Neutrino Observatory, University of Adelaide
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: IceCube Neutrino Observatory
Uma equipe de cientistas no IceCube, localizado na
Antártida, encontrou neutrinos
cósmicos de alta energia vindos de uma galáxia distante. Essa é a segunda
vez que o observatório enterrado no gelo detecta neutrinos desse tipo.
A galáxia NGC 1086 (também conhecida como Messier 77 ou
Galáxia da Lula) fica a 47 milhões de anos-luz de distância de nós. Como
esperado, ela possui um buraco negro supermassivo central, muito mais massivo
que o Sagittarius
A*, que habita o núcleo da Via Láctea. Mas pouco se sabe sobre este buraco
negro, pois a NGC 1086 é uma galáxia empoeirada — isto é, existe muita poeira
espacial por lá, principalmente em torno de seu núcleo. Isso atrapalha nas
tentativas de uma observação mais detalhada.
Devido a essas camadas espessas de poeira, a luz não
consegue chegar aos telescópios aqui da Terra. Entretanto, os neutrinos
conseguem: eles são conhecidos como “partículas fantasmas” por conseguirem
atravessar quase toda a matéria do universo.
Felizmente, às vezes, um ou outro neutrino interage com
os mais de 5 mil detectores como aqueles instalados no IceCube. Esse
observatório fica abaixo da superfície da Antártida, em profundidades de 1,5 a
2,5 km. Quando detecta um neutrino de alta energia, o IceCube acende flashes de
luz azul.
(Imagem: Reprodução/NRAO/AUI/NSF/S. Dagnello)
A NGC 1086 é uma galáxia com núcleo ativo, ou seja, seu
buraco negro supermassivo devora material o suficiente para emitir raios
cósmicos e rajadas brilhantes no comprimento de ondas de rádio — por isso
galáxias como esta são conhecidas como radiogaláxias.
Raios cósmicos são, na maioria das vezes, compostos por
prótons e nêutrons, mas também podem trazer elétrons, fótons gama e neutrinos.
Nenhuma das partículas pode atravessar as camadas de poeira o suficiente para
estudar a galáxia — exceto, claro, os neutrinos.
Observar os neutrinos da NGC 1086 é um “atalho” para
saber mais sobre a aceleração de partículas ao redor do buraco negro e os
processos de produção estelar que ocorrem dentro da galáxia. Aliás, ela produz
estrelas a uma taxa muito maior que a Via Láctea.
Embora o IceCube tenha detectado 80 neutrinos vindos da
NGC 1086, ainda é preciso muito mais para informações ricas sobre a galáxia e
seu buraco negro. Os cientistas esperam atingir esse objetivo com o lançamento
da segunda geração do IceCube, que conseguirá detectar mil vezes mais neutrinos
e detectar fontes cinco vezes mais fracas.
O estudo foi publicado na revista Science.
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