Sucesso, 'Missão Artemis I' a Caminho da Lua
Olá leitores e leitoras do BS!
Pois então amigos, o lançamento da Missão Artemis 1 foi
um grande sucesso (apesar do atraso) e
abaixo trago agora para vcs uma matéria bastante completa publicada agora a
pouco no site ‘Olhar Digital’, tendo
como destaque esse grande e histórico momento da Astronáutica Estadunidense e
Mundial.
Vale lembrar que, os Editores do BS, Prof. Rui Botelho e Duda Falcão, estiveram acompanhando
esse histórico momento através do canal ‘Homem
do Espaço’ ao lado do seu editor Júnior
Miranda e do Prof. Dr. Oswaldo
Loureda, fundador da startup espacial brasileira Acrux Aerospace
Technologies, e em breve uma copia desse momento histórico estará disponível
no Canal do BS no youtube para os nossos entusiastas.
Brazilian Space
CIÊNCIA E ESPAÇO
Dia Histórico! NASA Lança Com Sucesso Missão Artemis 1
Rumo à Lua
Com pouco mais de 40 minutos de atraso em relação ao
horário programado pela agência, o megafoguete Space Launch System (SLS) foi
finalmente lançado
Por Flavia Correia
16/11/2022 - 03h58
Atualizada em 16/11/2022 - 04h01
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Finalmente, após mais de dez anos desde que começou a ser
desenvolvido, o Space Launch System (SLS), da NASA,
foi lançado rumo à Lua na madrugada desta quarta-feira (16). Formado pelo
propulsor de mesmo nome e a cápsula
de tripulação Orion, o megacomplexo veicular de 98 m de altura decolou da
plataforma LC-39B, do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, às 3h47 (pelo
horário de Brasília), dando início à tão aguardada missão Artemis 1, o voo
inaugural do novo programa de exploração lunar e de espaço profundo da agência
espacial norte-americana.
Imagem: NASA TV
Por volta das 3h, faltando poucos minutos para o horário
originalmente marcado, a NASA anunciou que haveria um atraso devido à necessidade
de substituição do switch de internet, responsável pelo sistema de
autodestruição do foguete, que deve ser acionado caso haja qualquer problema
que obrigue o abortamento da missão.
O principal objetivo desse voo não tripulado é testar
tecnologias essenciais para todas as outras missões do Programa Artemis, como o
foguete e a cápsula em si, além dos sistemas de comunicação e de suporte de
vida. Estão a bordo da espaçonave três manequins humanoides (dois femininos e um masculino) para verificar os
efeitos que a exposição excessiva à radiação pode gerar no organismo humano em
uma missão lunar de longa duração.
Impulsionado por um par de propulsores de cinco segmentos
e quatro motores de alimentação líquida RS-25, o foguete passou pela pressão
dinâmica máxima (período de maior força atmosférica em sua estrutura) cerca de
90 segundos após a decolagem.
Em aproximadamente três minutos de voo, os propulsores
esgotaram todo seu combustível sólido e foram dispensados com segurança. Pouco
tempo depois, as carenagens foram descartadas, expondo os painéis solares da
cápsula Orion.
Imagem: Nostalgia for Infinity – Shutterstock
Ilustração em 3D mostra a cápsula Orion chegando à Lua, depois de decolar no topo do megafoguete Space Launch System (SLS) na madrugada desta quarta-feira (16). |
Na subida de cerca de 12 minutos para a órbita, os
motores do estágio central do SLS consumiram todo seu combustível líquido e
foram desligados. Nesse momento, a cápsula Orion se desprendeu do foguete,
continuando a orbitar nosso planeta com o Estágio Interino de Propulsão
Criogênica (ICPS), mais ou menos na mesma altitude em que se encontra a Estação
Espacial Internacional (ISS) – cerca de 450 mil km acima da superfície
terrestre.
Durante essa primeira órbita, a Orion vai implantar seus
painéis solares, não sendo mais necessário utilizar a energia da bateria a
partir desse ponto. Os painéis serão dispostos em uma posição de suporte de
carga em preparação para a manobra de elevação do perigeu, que é impulsionada
pelo ICPS.
O lançamento foi transmitido ao vivo pelo Olhar
Digital, com apresentação do editor de Ciência e Espaço do site, Lucas Soares, e do
nosso colunista especializado Marcelo Zurita,
presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade
Astronômica Brasileira (SAB) e diretor técnico da Rede Brasileira de Observação
de Meteoros (BRAMON). Contamos também com a participação especial do astrônomo
amador Edson Jaquecene, divulgador científico em Moçambique, que trabalha com
ciência cidadã nos países de língua portuguesa da África.
O Que Vai Acontecer Com a Missão Artemis 1 a Partir de
Agora
Depois de concluídas as verificações finais dos sistemas
da Orion, haverá a queima da Injeção Translunar (TLI), que terá aproximadamente
20 minutos de duração, aumentando a velocidade da espaçonave em mais de 2,7
km/s (mais rápido do que o escape de uma bala de rifle), o que vai dispará-la
para a órbita lunar.
Após a queima da TLI, o adaptador da Orion permanece no
ICPS e se separa da cápsula. Ao ser descartado, ele vai implantar 13 CubeSats
no espaço, cada um com sua própria missão de ciência e tecnologia. Um deles,
por exemplo, é o CubeSat para Estudo de Partículas Solares (CuSP), que contém
um satélite meteorológico para estudar o vento solar. Outro, de
nome NEA Scout, vai examinar um asteroide.
Em todo o percurso até a órbita lunar, que está previsto
durar cerca de quatro dias, os engenheiros da NASA estarão monitorando a
espaçonave pela Deep Space Network, testando sua capacidade de navegar, se
comunicar e operar em um ambiente de espaço profundo.
Imagem: NASA/Tumblr
A cápsula Orion vai usar a influência gravitacional da Lua para se impulsionar mais fundo no espaço. |
Ao chegar à Lua, o Módulo de Serviço Europeu, projetado e implantado na Orion
pela Agência Espacial Europeia (ESA), será usado para realizar uma manobra que
utilizará a gravidade lunar para permitir que a espaçonave entre na chamada
“órbita retrógrada distante” na Lua. “Retrógrada” se refere ao fato de que a
cápsula vai girar em torno da Lua no sentido oposto ao que o astro orbita a
Terra. E “distante” significa, na prática, que Orion alcançará 64 mil km além
do nosso satélite natural, o que representa o ponto mais longe no espaço profundo
que uma espaçonave de tripulação já esteve até hoje.
Como Será o Retorno da Cápsula Orion à Terra
Depois de cerca de seis dias nessa órbita, a cápsula
retornará para o ponto mais próximo da Lua, a 100 km de altitude, de onde é
possível observar as características distintas da superfície lunar, incluindo
suas crateras de impacto. Então, ela usará esse sobrevoo próximo para usar a
força gravitacional da Lua para acelerar de volta à Terra.
No caminho, ela vai descartar o módulo de serviço, para
reentrar na atmosfera a 40.200 km/h. Nesse momento, a cápsula vai experimentar
temperaturas de quase 2.800 graus Celsius, estando protegida pelo maior escudo
térmico do mundo (com cinco metros de diâmetro).
Após a reentrada segura, serão acionados os paraquedas,
para garantir um mergulho preciso no Oceano Pacífico, na costa da Califórnia,
representando o teste final da espaçonave.
Durante a missão Artemis 1, prevista para durar em torno
de 25 dias, a cápsula Orion vai percorrer mais de 2,1 milhões de quilômetros,
batendo o recorde de tempo que qualquer veículo projetado para transportar
humanos já esteve no espaço sem atracar em uma estação espacial.
NASA Considera a Lua um Trampolim Para o Espaço Profundo
Seguindo essa missão, o próximo grande teste da nave
Orion será o voo Artemis 2, que representará a primeira vez que a cápsula voará
com tripulantes a bordo. Na ocasião, será percorrido o mesmo trajeto do voo não
tripulado.
Mais tarde, com a missão Artemis 3, que está prevista
para 2025 ou 2026, a cápsula finalmente pousará no polo sul da Lua, levando a primeira mulher e a primeira pessoa preta da história a pisar em solo lunar, mais de
meio século depois da última vez que estivemos por lá, por meio das missões
Apollo.
O Olhar Digital já abordou as diferenças entre os
dois programas (você pode conferir aqui), e a principal delas é que, desta vez, o objetivo é
consolidar uma “segunda morada” para a espécie humana, com uma base fixa de
exploração do espaço profundo.
Isso significa estabelecer uma presença humana
sustentável na Lua e ao redor dela, desenvolvendo a infraestrutura que nos
permitirá avançar ainda mais no Sistema Solar. Se tudo correr como o planejado,
essa instalação que se pretende assentar em solo lunar fará da Lua um verdadeiro trampolim para outros ambientes celestes, tendo
Marte como primeiro alvo.
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