Telescópio Espacial James Webb Captura 'Retrato' da Composição Atmosférica de 'Exoplaneta Gasoso WASP-39 b'
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue agora uma notícia publicada ontem (22/11)
no site “Canaltech”, destacando que o
Telescópio Espacial James Webb capturou um ‘Retrato’ da composição atmosférica
do exoplaneta gasoso WASP-39 b. Saibam mais sobre essa notícia pela matéria que
segue abaixo.
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James Webb Captura "Retrato" da Composição
Atmosférica de Exoplaneta Gasoso
Por Danielle Cassita
Editado por Patrícia Gnipper
22 de Novembro de 2022 às 17h04
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: ESA
O telescópio
James Webb acaba de capturar um “retrato” diferente do exoplaneta WASP-39
b: enquanto iniciava suas operações científicas e ajustava seus instrumentos, o
observatório capturou dados dos átomos e moléculas presentes na atmosfera deste
mundo, capazes de revelar como as nuvens existentes ali se formaram e até mesmo
as origens do planeta.
Localizado a cerca de 700 anos-luz, o exoplaneta WASP-39
b é considerado um “Saturno
quente”, ou seja, é um mundo com massa parecida com aquela de Saturno, e orbita
sua estrela mais próximo dela do que Mercúrio está do Sol. Agora, os dados
coletados pelo Webb revelam um perfil da atmosfera do planeta, junto do que a
compõe: o WASP-39 b contém água, dióxido de enxofre, monóxido de carbono, sódio
e potássio.
“Observamos o exoplaneta com alguns instrumentos que,
juntos, abraçam uma grande parte do espectro infravermelho e de assinaturas
químicas que eram
inacessíveis até o James Webb”, disse Natalie Batalha, astrônoma da
Universidade da Califórnia. Entre as revelações sem precedentes proporcionadas
pelos instrumentos do James Webb, está a primeira detecção de dióxido de
enxofre na atmosfera de um exoplaneta.
Este composto é produzido por reações químicas
desencadeadas pela luz altamente energética, vinda da estrela que o planeta
orbita. O processo é conhecido como “fotoquímica”, e as detecções representam a
primeira evidência concreta de sua ocorrência em outros mundos. Com a
descoberta, os cientistas usaram modelos computacionais de fotoquímica em dados
para aprimorar a modelagem e, assim, conseguir o conhecimento necessário para a
interpretação de possíveis sinais de habitabilidade no futuro.
Os demais compostos identificados, como vapor d’água,
sódio e potássio, confirmam o que foi mostrado em observações anteriores, e
oferecem também assinaturas da água em comprimentos de onda mais longos, que
ainda não foram observados. O dióxido
de carbono foi observado em maior resolução, e o monóxido de carbono foi
detectado.
Já o metano e sulfeto de hidrogênio estavam ausentes dos
dados; caso existam no planeta, eles ocorrem em níveis bastante baixos. A
grande variedade de “ingredientes” da atmosfera do exoplaneta, somada aos
detalhes e precisão dos danos, permite que os cientistas entendam a proporção
entre diferentes elementos. Assim, eles podem compreender melhor como este e
outros planetas
nasceram do disco de gás e poeira que cercou a estrela no passado.
No caso do WASP-39 b, ele parece ter nascido de colisões
e fusões com planetesimais (objetos formados por poeira, rochosas e outros),
que acabaram formando um planeta maior. “Os dados indicam que o oxigênio é
muito mais abundante do que o carbono na atmosfera, o que indica potencialmente
que o WASP-39 b se formou longe de sua estrela”, observou Kazumasa Ohno,
pesquisador e coautor de um dos estudos que descreve as descobertas.
Os artigos que descrevem as descobertas estão disponíveis
no repositório online arXiv, sem revisão de pares.
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