A ESA Prepara uma 'Versão Menor' de Sua Espaçonave Reutilizável 'Space Rider' Para Teste de Voo no Ano que Vem
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue agora uma notícia publicada ontem (15/11)
no site “Canaltech”, destacando que a
Agência Espacial Europeia (ESA) está se preparando para testar em voo no ano que vem,
uma versão menor de sua espaçonave reutilizável Space Rider, voltada para o transporte
orbital de projetos de pesquisa em Microgravidade.
Pois é leitor, e vale lembrar que, mesmo de uma forma mais
modesta e ainda suborbital em sua primeira versão, o Brasil já teve uma espaçonave
semelhante a esta europeia (SARA Suborbital -1 - Satélite de Reentrada
Atmosférica), mas que após a estranha falha do seu foguete lançador (a espaçonave
funcionou perfeitamente, mesmo após cair ao solo devido a falha do foguete VS-40M
que explodiu durante a Operação São Lourenço de 2015) o projeto foi literalmente
abandonado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), em mais uma decisão estapafúrdia de um governo que só tinha compromisso
com as suas agendas nefastas. Enfim...
Foto: Duda Falcão
Também não podemos esquecer amigos que esse fantástico Projeto SARA foi idealizado e primeiramente coordenado em meados dos anos
90 do século passado, pelo saudoso Dr. Paulo Moraes Jr., que infelizmente nos deixou em julho de 2014, um visionário que
por mais de 30 anos foi servidor do IAE, idealizador e coordenador do antigo
‘Programa Cruzeiro do Sul’ de veículos lançadores e presidente por duas gestões da “Associação
Aeroespacial Brasileira (AAB)”. O Projeto SARA foi um projeto
que o Dr. Paulo tinha como se fosse um filho, tanto que, após a sua
aposentadoria do IAE, ele pretendia criar uma pequena empresa espacial tendo
como primeiro projeto a criação de um sistema que permitisse a acoplagem da cápsula
do ‘SARA Orbital’ com outros objetos em órbita, pois evidentemente visionário
como era, já previa novos rumos para este projeto.
Concepção Artística do foguete VS-40M co a SARA Suborbital-1 embarcada. |
A SARA Suborbital-1 sendo preparada para lançamento da Base de Alcântara em 2015. |
Brazilian Space
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Agência Espacial Europeia Prepara Testes da Nave Reutilizável
Space Rider
Por Danielle Cassita
Editado por Patrícia Gnipper
15 de Novembro de 2022 às 18h30
Fonte: ESA
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: ESA
A Agência Espacial Europeia (ESA) vem avançando no
desenvolvimento da Space
Rider, uma nave reutilizável voltada para o transporte orbital e projetos
de pesquisa na microgravidade. As equipes da ESA estão trabalhando para testar
uma versão menor da nave no ano que vem para, depois, usar um modelo em tamanho
real em testes. O voo inaugural da Space Rider deve ocorrer somente no fim de
2024.
Em um comunicado divulgado nesta terça-feira (15), a ESA
afirma que as equipes de engenharia finalizaram recentemente a análise crítica
do projeto, e devem consolidar o design da Space Rider no início de 2023. Além
disso, eles estão trabalhando na seleção das cargas úteis que devem ir a bordo
da nave em seu primeiro voo.
Quando estiver finalizada, a Space Rider será uma nave
com tamanho de duas minivans. Ela foi projetada para pousar com precisão de 150
m com a ajuda de paraquedas direcionáveis, que serão testados pelas equipes de
desenvolvimento ao longo dos próximos meses. Futuramente, os lançamentos dela
serão realizados pelo foguete Vega-C, lançado
pela primeira vez neste ano.
A expectativa é que a Space Rider transporte cargas úteis
variadas com diferentes inclinações orbitais e altitude, dando apoio a estudos
e desenvolvimento de tecnologias
para materiais, medicamentos, observações da Terra e mais. Por isso, ela é
uma grande aposta da agência europeia para pesquisas na órbita baixa da Terra e
microgravidade. Após pousar, ela passará por manutenção para ser reutilizada.
Segundo a ESA, a nave poderá ser usada em pelo menos
cinco voos de até dois meses de duração. “O acesso ao espaço também significa
retornar para a Terra”, disse Daniel Neuenschwander, diretor de transportes
espaciais na agência. “A Space Rider será um pilar importante das capacidades
robustas e independentes da Europa em órbita, e sua reusabilidade vai nos oferecer acesso economicamente viável a voos frequentes”,
finalizou.
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