Telescópio Chinês 'LEIA' Com 'Olhos de Lagosta' Envia às Suas Primeiras Imagens
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue agora uma notícia publicada ontem (28/11)
no site “Canaltech”, destacando que novo
telescópio ‘Lobster Eye Imager for Astronomy (LEIA)’, da China, enviou às suas
primeiras imagens, revelando o centro da Via Láctea, o sistema estelar binário
Scorpius-X e a nebulosa Laço do Cisne. Saibam mais pela matéria abaixo.
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Telescópio Chinês Com "Olhos de Lagosta"
Envia Suas Primeiras Imagens
Por Danielle Cassita
Editado por Patrícia Gnipper
28 de Novembro de 2022 às 12h45
Fonte: arXiv
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: CAS
O novo telescópio Lobster Eye Imager for Astronomy
(LEIA), da China, enviou suas primeiras imagens, que revelam o centro da Via
Láctea, o sistema estelar binário Scorpius-X e a nebulosa Laço
do Cisne. O LEIA foi lançado a bordo do pequeno satélite SATech-01, e
promete abrir o caminho para missões de maior complexidade com sua tecnologia
no futuro.
O LEIA conta com 36 placas que, juntas, refletem, raios
X em direção a um centro comum, onde são coletados por quatro sensores. A
técnica é inspirada nos olhos das lagostas, e e proporciona um amplo campo de
visão. Segundo pesquisadores do país, estas são as primeiras imagens de objetos
observados em raios X em amplo campo de visão, por um telescópio de imageamento
de foco.
(Imagem: Reprodução/CAS/DSS)
Imagem da Grande Nuvem de Magalhães na luz visível (esquerda) e em raios X observados pelo LEIA (direita). |
“Os resultados oferecem uma base sólida para o
desenvolvimento das presentes e propostas missões de raios X com campo amplo,
com sistemas de ópticos de ‘olhos de lagosta’ com microporos”, escreveram. Para
os autores, o amplo ângulo de visão do telescópio somado aos seus recursos de
captura de imagens oferecem maior sensibilidade para o monitoramento do céu e
maior resolução para os chamados raios X “moles”.
O nome descreve as variações dos comprimentos de onda dos
raios X: aqueles com menor comprimento de onda têm maior facilidade para
pentrar nos corpos e são os chamados "raios
X duros". Já os moles têm comprimento de onda maior, e não penetram tão
profundamente em materiais.
Enquanto mostra resultados promissores, o LEIA é uma
versão experimental do módulo que será lançado no ano que vem a bordo da sonda
Einstein, também da China. Ela terá o telescópio Wide-field X-ray Telescope
(WXT), formado por 12 módulos LEIA que, juntos, vão render um campo de visão
com 3.600 graus quadrados. O futuro instrumento será usado para observar
eventos energéticos, como supernovas.
O artigo com os resultados do estudo será publicado na
revista The Astrophysical Journal Letters, e pode ser acessado no
repositório online arXiv, sem revisão de pares.
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