Cientistas Americanos e Ingleses Criam em Laboratório Material Que Só Existe em Meteoritos e Com Grande Potencial Para o 'Mercado de Ímãs'
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue agora uma curiosa notícia publicada ontem (08/11)
no site “Canaltech”, destacando que esquipes
de cientistas das Universidades
Northeastern e Cambridge, nos Estados Unidos e no Reino Unido respectivamente, produziram em
laboratório um material chamado ‘Teatraenita’
que não existe naturalmente na Terra, sendo encontrado somente em meteoritos, e
que em sua versão laboratorial pode
representar um grande potencial para o Mercado
de ímãs. Saiba mais pela matéria abaixo.
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Cientistas Criam em Laboratório Material Que Só Existe
em Meteoritos
Por Danielle Cassita
Editado por Patrícia Gnipper
08 de Novembro de 2022 às 10h31
Fonte: Advanced Science; Via: NPR
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: BENG-ART/Pixabay
Equipes de cientistas da Universidade de Northeastern e
de Cambridge, no Reino Unido e Estados Unidos, respectivamente, produziram em
laboratório um material que não existe naturalmente na Terra. Chamado de
"teatraenita", o composto é encontrado somente em meteoritos, e sua
versão laboratorial pode representar um grande potencial para o mercado
de ímãs.
Conforme as rochas
espaciais viajaram pelo espaço por milhões de anos, o ferro e outros
compostos nelas foram resfriados e formaram um material único, com
características que os tornam ideais para uso em ímãs de alta permanência. Os
ímãs são essenciais para máquinas que usam eletricidade, já que eles
transformam a energia elétrica em ação mecânica.
(Imagem: Reprodução/DOE/FNAL/NOIRLab/NSF/AURA/J. da
Silva/Spaceengine)
A maioria dos ímãs pode ser produzida por processos
simples e de baixo custo, mas os ímãs permanentes, usados em equipamentos mais
avançados e complexos, precisam resistir a altas pressões e temperaturas por
períodos prolongados. Para conseguir estas capacidades, eles precisam das
chamadas “terras raras”, nome dado a um grupo de 17 elementos que ocorrem na crosta
terrestre.
Entre as terras raras, estão os elementos neodímio e
praseodímio, componentes essenciais para a produção dos ímãs permanentes.
Atualmente, este mercado é dominado pela China, o que ajuda a entender o porquê
de a produção sintética da teatraenita ser tão interessante: o composto pode
ser usado em peças complexas de máquinas, e poderia permitir que os Estados
Unidos ocupem uma grande fatia do mercado dos ímãs, reduzindo a necessidade de
algumas terras raras.
Neste cenário, os norte-americanos não estariam mais na
competição pelos materiais, e também não precisariam depender deles para
produzir peças essenciais para tecnologias vitais. Mas, por outro lado, as
terras raras também são usadas para a produção de fibra
ótica, televisão, dispositivos eletrônicos pessoais e mais. Então, se parte
do mercado das terras raras desaparecer por causa da teatraenita, a produção
das demais terras pode ser afetada.
Para Laura Henderson Lewis, professora da universidade do
Reino Unido, este cenário é real, mas distante. Ela acredita que ainda levará
tempo até a teatraenita poder afetar qualquer mercado, e ainda faltam vários
testes laboratoriais para os cientistas descobrirem se a versão sintética dela
é tão rígida e útil como a espacial. Mesmo que os resultados sejam positivos,
ainda levará anos até o material ser usado em ímãs.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na
revista Advanced Science.
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