O Satélite 'BlueWalker 3' Está Preocupando Astrônomos da IAU Por Ser Mais Brilhante do Que Estrelas
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue agora uma notícia publicada ontem (28/11)
no site “Canaltech”, destacando que o
‘SatéliteBlueWalker 3’ da ‘AST
SpaceMobile’, lançado ao espaço em setembro passado, já está preocupando
astrônomos da União Astronômica
Internacional (IAU) por já ter se tornado mais brilhante que as estrelas
mais luminosas do céu noturno, além de oferecer riscos de interferência para as
frequências usadas na Radioastronomia.
Saibam mais pela matéria abaixo.
Brazilian Space
Home - Ciência - Espaço
Satélite BlueWalker 3 Preocupa Astrônomos Por Ser Mais
Brilhante do Que Estrelas
Por Danielle Cassita
Editado por Patrícia Gnipper
28 de Novembro de 2022 às 16h00
Fonte: IAU
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: AST SpaceMobile
O Center
for the Protection of the Dark and Quiet Sky from Satellite Constellation
Interference, da União Astronômica Internacional (IAU), expressou preocupação
com o satélite
BlueWalker 3, da AST SpaceMobile. Ele foi lançado em setembro, e já se
tornou mais brilhante que as estrelas mais luminosas do céu noturno, oferecendo
também riscos de interferência para as frequências usadas na radioastronomia.
O BlueWalker 3 é um protótipo que opera na órbita baixa
da Terra. Ele tem um sistema de antenas com 64 m², o maior sistema comercial já
levado para esta órbita, e é apenas o primeiro de uma série que poderá ter uma
centena ou até mais satélites maiores. Entretanto, dados coletados por
astrônomos de todo o mundo mostram que o BlueWalker 3 já se tornou um dos objetos
mais brilhantes do céu.
(Imagem: Reprodução/A. Block/IAU CPS)
Além do brilho visível, o satélite (e os demais que serão
lançados) levantam preocupação, porque vão servir como “torres celulares” no
espaço. Em outras palavras, eles vão transmitir fortes ondas de rádio em
frequências que, atualmente, são reservadas para a comunicação em solo. Como
estes transmissores orbitais não estão expostos às mesmas restrições que as
instalações em solo, eles podem afetar a radioastronomia e experimentos
científicos.
A IAU destacou que planeja entrar em contato com a AST
SpaceMobile, e que incentiva o diálogo e colaboração entre operadoras de
satélites e cientistas. Apesar de discussões recentes com operadoras terem
levado a medidas de mitigação, a instituição destaca que é preciso muito mais —
é o caso da SpaceX, que
aplicou revestimentos em seus satélites Starlink para torná-los menos
brilhantes a olho nu. Mesmo assim, eles continuaram
visíveis para telescópios.
(Imagem: ReproduçãoAST SpaceMobile)
Philip Diamond, diretor geral do observatório SKAO,
destaca que os radiotelescópios são construídos o mais longe possível da atividade
humana, principalmente em lugares onde há cobertura celular limitada ou
inexistente. “As frequências alocadas para os celulares já são desafiadoras
mesmo nas zonas silenciosas que criamos para nossas instalações, mas novos
satélites, como o BlueWalker 3, têm
o potencial de piorar esta situação”, alertou.
Em um comunicado, a IAU e os parceiros do centro
reconhecem a importância das constelações de satélites para a melhora da
comunicação mundial, mas destacam também que a interferência deles pode afetar severamente
o progresso na compreensão do universo. “Portanto, a implantação deles deve ser
conduzida com consideração dos efeitos colaterais, e com esforços para
minimizar o impacto deles na astronomia”, escreveram.
Comentários
Postar um comentário