Telescópio Espacial James Webb Registrou a Sua Primeira 'Supernova'
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia postada dia (29/07) no
site ‘Olhar Digital’, destacando que
o Telescópio Espacial James Webb (JWST) registrou a sua primeira Supernova.
Pois é amigos e amigas, esse é apenas o começo de
operação deste fantástico equipamento astronômico criado pela raça humana, e o JWST haverá ainda de mostrar nas
próximas décadas um universo cada vez mais estranho
e complexo. Quem viver, verá.
Brazilian Space
CIÊNCIA E ESPAÇO
Telescópio Espacial James Webb Registra Sua Primeira
Supernova; Entenda Por Que Isso é Surpreendente
Por Flavia Correia
Editado por André Lucena
29/07/2022 - 15h18
Atualizada em 29/07/2022 - 15h58
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Cada dia mais, os astrônomos têm se surpreendido com as imagens reveladoras
do cosmos feitas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), que teve seu
primeiro lote de ciência divulgado ao mundo no último dia 12.
Mais do que encantadoras,
algumas delas são realmente imprevisíveis. É o caso da primeira supernova registrada pelo observatório de próxima geração,
que pegou os cientistas de surpresa. A detecção dessa explosão de uma estrela
moribunda, segundo eles, pode vir a abrir uma área totalmente nova de
possibilidades de pesquisa para Webb.
Imagem: STScl
A supernova é visível nas imagens captadas pelo Telescópio Espacial James Webb como um pequeno ponto brilhante à direita do grande ponto brilhante à esquerda. |
Apenas alguns dias após o
início de suas operações científicas, a câmera NIRCam do telescópio avistou um
objeto brilhante inesperado em uma galáxia chamada SDSS – J141930.11+5251593,
que fica a cerca de 3 a 4 bilhões de anos-luz da Terra.
O objeto escureceu durante um
período de cinco dias, sugerindo que poderia ter sido uma supernova, capturada
logo após a estrela explodir, em um golpe de pura sorte, já que o observatório
não foi projetado para examinar tais fenômenos. Isso porque, embora tenha uma
capacidade de visão profunda, ele rastreia áreas muito pequenas do espaço.
A detecção precoce sugere que o
telescópio pode ser capaz de ver supernovas regularmente. Isso seria
emocionante, particularmente porque é esperado que Webb aponte para as
primeiras galáxias que se formaram no universo, nas primeiras centenas de
milhões de anos após o Big Bang.
Isso indica que ele pode ser
capaz de capturar a morte das estrelas de primeira geração que iluminaram o
universo após a idade escura. Essas estrelas, segundo creem os astrônomos,
tinham uma composição química muito mais simples do que estrelas que nasceram
em épocas posteriores.
“Achamos que as estrelas nos
primeiros milhões de anos teriam sido principalmente, quase inteiramente,
hidrogênio e hélio, em oposição aos tipos de estrelas que temos agora”, disse
em entrevista ao site Inverse Mike Engesser, astrônomo do Instituto de
Ciência de Telescópios Espaciais (STScl) da NASA. “Elas teriam sido enormes –
entre 200 e 300 vezes a massa do nosso Sol – e definitivamente teriam vivido
muito pouco, morrendo jovens’. Ver esses tipos de explosões é algo que ainda
não fizemos”.
Segundo Engesser, a supernova
detectada marca a morte de uma estrela muito jovem, de apenas 3 a 4 bilhões de
anos, e é um começo promissor para um telescópio construído para fazer algo
totalmente diferente.
Supernovas são difíceis de
detectar, já que a explosão em si dura apenas uma fração de segundo. A bolha
brilhante de poeira e gás que essas mortes estelares geram desaparece após
apenas alguns dias, então um telescópio precisa estar voltado para a direção
certa e no momento exato.
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