Astrônomos Estão 'Intrigados' Com Nova Rajada Rápida de Rádio (FRB) Que Parece 'Batimentos Cardíacos'
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (14/07) no
site “Canaltech”, destacando que uma
nova Rajada Rápida de Rádio (FRB)
descoberta recentemente, que parece "Batimentos Cardíacos", tem intrigado os cientistas.
Pois é amigo, o que são na verdade essas FRBs? Esse é atualmente um dos grandes questionamentos da Radioastronomia Mundial, e parece que
ainda estamos longe de responder essa pergunta.
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"Batimentos Cardíacos" em Rajada de Rádio Intrigam Astrônomos
Por Danielle
Cassita
Editado por Rafael
Rigues
14 de Julho de
2022 às 15h15
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: CHIME/MIT News
Uma equipe de astrônomos identificou uma Rajada Rápida de Rádio (FRB) misteriosa: o sinal intrigante parece vir de uma
galáxia distante e persiste por até três segundos, ou seja, tem duração quase
mil vezes maior que a média das FRBs. Dentro deste intervalo, a equipe
descobriu explosões de ondas de rádio que se repetem a cada 0,2 segundos
seguindo um padrão periódico, como se fossem batimentos cardíacos.
As FRBs são consideradas emissões intensas e breves de
ondas de rádio que não duram mais que alguns milissegundos e têm origem
astrofísica desconhecida. A primeira FRB foi descoberta em 2007 e, desde então,
centenas de outras emissões de rádio foram detectadas pelo universo. Grande
parte das descobertas foi proporcionada pelo radiotelescópio
Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment (CHIME), que observa
continuamente o céu enquanto a Terra gira.
(Imagem: Reprodução/ESO/M. Kornmesser)
O CHIME descobriu a FRB em questão em 2019, e o sinal
logo chamou a atenção de Daniele Michilli, pós-doutoranda no Instituto de
Tecnologia de Massachusetts. “Não apenas durou muito, com cerca de três
segundos, mas tinha picos periódicos estranhamente precisos emitidos a cada
fração de segundo, como batimentos cardíacos”, disse. “Esta é a primeira vez
que o sinal é periódico”.
Chamado “FRB 20191221A”, o sinal recém-descoberto é a FRB
mais longa já identificada até então, tendo também o padrão periódico mais claro
conhecido. O sinal parece ter vindo de uma galáxia a cerca de sete bilhões de
anos-luz da Terra, mas ainda não se sabe exatamente o objeto que o causa. Ao
analisar o padrão das emissões de FRB 20191221A, Michilli e seus colegas
encontraram algumas semelhanças com aquelas vindas de pulsares de rádios e magnetares na Via Láctea.
A diferença principal entre a nova detecção e as emissões
de rádio da nossa galáxia é que a FRB 20191221A parece ser mais de um milhão de
vezes mais brilhante. Por isso, Michilli sugere que os pulsos de luz venham de
algum pulsar
distante de rádio (uma estrela de nêutrons que emite feixes de ondas de
rádio) ou até de algum magnetar que, embora normalmente seja menos brilhante em
função de sua rotação, pode ter ejetado várias explosões de luz brilhantes em
três segundos bem quando o CHIME podia observá-lo.
Agora, a equipe espera descobrir mais sinais periódicos
da fonte, que podem ser usados como uma espécie de relógio astrofísico, em que
a frequência das emissões e as mudanças delas conforme sua origem se afasta da
Terra podem ser usados para medir a taxa de expansão
do universo. “Esta detecção nos traz a pergunta do que poderia causar esse
sinal extremo que jamais vimos antes, e como podemos usá-lo para estudar o
universo”, explicou ela.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na
revista Nature.
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