Segundo Pesquisadores o 'Asteroide Bennu' Tem Uma Superfície Como Uma "Piscina de Bolinhas"
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (11/07) no
site “Canaltech”, destacando que segundo
uma equipe de pesquisadores que analisou os dados coletados das amostras do Asteroide Bennu, conduzido que foram pela
Sonda OSIRIS-REx em 2020,
este asteroide tem uma superfície como
uma "Piscina de Bolinhas".
Brazilian Space
Home - Ciência - Espaço
Asteroide Bennu Tem Superfície Como Uma "Piscina
de Bolinhas"
Por Danielle
Cassita
Editado por Rafael
Rigues
11 de Julho de
2022 às 13h15
Fonte: Science,
Science
Advances; Via: NASA
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA/Goddard/University of Arizona
Uma equipe de pesquisadores analisou dados do
procedimento de coleta de amostras do asteroide
Bennu, conduzido pela sonda OSIRIS-REx em 2020, e se surpreendeu: as
partículas que formam a estrutura do objeto são tão "soltas" que, se
a nave não tivesse acionado seus propulsores logo após a coleta de uma amostra
de rochas e poeira de sua superfície, provavelmente teria afundado nele.
A missão Origins Spectral Interpretation Resource
Identification Security - Regolith Explorer (ou apenas "OSIRIS-REx")
foi lançada em 2016 com destino ao asteroide Bennu, uma rocha espacial com
cerca de 500 m de diâmetro. Ela o alcançou em 2018 e no ano passado ela iniciou
a viagem de retorno à Terra, onde deverá deixar o material coletado em 2023.
Os pesquisadores notaram que as partículas que formam o
exterior do asteroide
estão extremamente desagrupadas, oferecendo pouquíssima resistência — se
você pisasse nele, provavelmente acabaria afundando como aconteceria se
entrasse em uma piscina de bolinhas. “Se o Bennu fosse completamente compacto,
seria uma rocha quase sólida, mas descobrimos muito espaço vazio na
superfície”, explicou Kevin Walsh, membro da missão OSIRIS-REx.
Esta não é a primeira vez que o Bennu dá um “susto” nos
cientistas: quando a nave o alcançou, em 2018, a equipe da missão descobriu que
a superfície dele era coberta por pedregulhos — algo bem diferente da textura
suave, como da areia, que eles esperavam com base em observações conduzidas com
telescópios espaciais e em solo. Depois, as imagens capturadas pela sonda
mostraram uma grande “parede de detritos” saindo do local da coleta de
amostras.
O fluxo de detritos intrigou os cientistas, já que a
sonda coletou as amostras suavemente e deixou uma cratera de 8 m de diâmetro.
Assim, eles analisaram o volume de detritos visíveis nas fotos antes
e depois da coleta, junto dos dados de aceleração obtidos durante o pouso
da sonda, e descobriram que o asteroide ofereceu resistência muito menor do que
o esperado com base em simulações. “No momento em que acionamos nossos
propulsores para ir embora da superfície, ainda estávamos afundando em Bennu”,
disse Ron Ballouz, cientista da missão.
A informação sobre a superfície do Bennu é importante
para os cientistas interpretarem melhor as observações de outros asteroides,
contribuindo para a elaboração de missões futuras e até do desenvolvimento de
métodos para proteger
a Terra de rochas espaciais potencialmente perigosas — asteroides como o
Bennu, com estrutura pouco compacta, podem se romper na atmosfera terrestre,
oferecendo riscos diferentes daqueles dos asteroides sólidos.
As descobertas foram descritas em estudos publicados nas
revistas Science e Science Advances.
Comentários
Postar um comentário