A NASA/ESA Irão Trazer Amostras de Marte, Mas Como Essas Agenciais Vão Garantir Que Elas São Seguras?
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma questão publicada ontem (05/07) no
site “Canaltech”, tendo como
destaque a preocupação da comunidade científica com o plano da NASA/ESA de trazer amostras da superfície
de Marte através da fantástica ‘Missão Mars
Sample Return’.
Pois é amigos leitores e leitoras do BS, não resta duvidas que existem riscos, mas como bem colocou os
cientistas da missão, também não há outra forma de comprovar se houve ou se há
vida em Marte pelas dificuldades citadas.
Há não ser astronautas indo lá pessoalmente, e isto, como sabemos, não é possível
do momento. Portanto, é uma questão de escolha: Devemos esperar ou não a nossa
chegada a superfície do Planeta Vermelho para responder esta pergunta? Qual é a sua opinião?
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NASA Trará Amostras de Marte, Mas Como Vão Garantir Que Elas São Seguras?
Por Daniele
Cavalcante
Editado por Rafael
Rigues
05 de Julho de
2022 às 10h15
Fonte: The Philadelphia Inquirer
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA/JPL-Caltech
A NASA está se preparando para trazer amostras do solo de
Marte à Terra, mas será que existe algum risco
de contaminação? As chances de alguma bactéria ou fungo
alienígena pegar carona nas rochas são muito pequenas, mas não
inexistentes. Por isso, a agência espacial norte-americana explicou porque as
amostras precisam vir até nós e quais serão as medidas de segurança adotadas.
Trazer amostras espaciais pode causar um certo receio
para a população leiga. Esta não é uma preocupação totalmente infundada — os
próprios cientistas estão bem atentos aos riscos
de contaminação planetária e adotam medidas de proteção. Também há
protocolos para proteger
Marte contra a contaminação por microorganismos terrestres.
Mas se há algum risco, por que trazer as amostras
marcianas para a Terra? Não seria melhor estudar as rochas no espaço? Afinal,
temos laboratórios orbitais como a Estação Espacial Internacional (ISS), onde
pesquisas científicas são realizadas o tempo todo.
(Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)
Conceito do lander da missão Mars Sample Retrieval, que transportaria um pequeno foguete para levar as amostras marcianas para o espaço. |
De acordo com os cientistas da missão Mars Sample Return,
Michael Meyer e Lindsay Hays, estudar as amostras de Marte no espaço não traria
muitos resultados. Limitações no tamanho, peso e consumo de energia dos
equipamentos de análise no espaço significa que eles teriam capacidade reduzida
em comparação aos similares aqui na Terra.
Além disso, é muito difícil manipular amostras em lugares
como a ISS, já que objetos estão sempre flutuando em ambientes de
microgravidade. O resultado seria uma diminuição do valor científico das
amostras devido às medições limitadas que poderiam ser feitas.
Outras soluções que parecem simples também são inviáveis.
Por exemplo, as amostras poderiam ser esterilizadas pelos mesmos instrumentos
robóticos que realizarão a extração e confinamento das rochas, mas isso
destruiria qualquer sinal de uma antiga vida marciana — justamente o que os
cientistas esperam encontrar.
Para deixar claro, a busca por sinais de vida antiga — ou
bioassinaturas — não significa que os pesquisadores procuram seres vivos, mas
indícios de que alguma forma de vida microbiótica tenha existido por lá. Essas
bioassinaturas poderiam ser a primeira evidência de vida fora da Terra (mesmo
que esteja extinta), mas seriam destruídas em processos de esterilização.
Também não é possível realizar através dos robôs em Marte
nenhum teste eficaz para garantir que as amostras estão livres de agentes
contaminantes. Muitos testes seriam necessários para produzir algum resultado
satisfatório, o que acaba se tornando um esforço sem muito sentido.
Assim, a NASA tratará as amostras com o máximo de
cautela, como se realmente fossem perigosas, até se provar o contrário. Isso
será feito aqui mesmo, na Terra: uma instalação será construída para conter as
amostras até se ter certeza de que são seguras. Todos aqueles testes
dispensados em Marte podem ser feitos aqui em nossos laboratórios, com muito
mais precisão, seguindo todos os protocolos necessários.
Uma vez garantida a segurança das amostras — mesmo que
seja necessário esterilizar subconjuntos —, a NASA distribuirá porções para os
melhores laboratórios ao redor do mundo. A missão Mars Sample Return, planejada
em conjunto com a Agência Espacial Europeia (ESA), tem previsão de chegar
à Terra com as amostras na década de 2030.
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