Hubble vs James Webb: Interessante Comparação Feita Pelo Website Canaltech
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma matéria publicada ontem (12/07) no
site “Canaltech”, fazendo uma interessante
comparação entre as fotos tiradas pelo Telescópio
Espacial Hubble e o novo Telescópio
Espacial James Webb. Pois então, vale a pena conferir.
Brazilian Space
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Hubble vs. James Webb: Compare as Imagens e Veja a
Evolução nas Fotos do Espaço
Por Daniele
Cavalcante
Editado por Rafael
Rigues
12 de Julho de
2022 às 18h30
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA/ESA/CSA/STScI/AURA
Toda a comunidade científica (e boa parte do público
geral) está impressionada com a capacidade do telescópio
espacial James Webb, após a revelação das suas 5 primeiras imagens. Mas
nenhum dos objetos registrados é inédito: todos também foram fotografados pelo
telescópio Hubble. Será que a diferença entre eles é mesmo grande? Se for, será
que o Hubble se tornou obsoleto?
Os dois telescópios foram projetados em épocas
diferentes, com objetivos diferentes e tecnologias distintas. Ambos são
igualmente revolucionários, mas é fato que o James Webb possui muito mais
capacidade de coletar detalhes dos objetos cósmicos. Abaixo, você poderá
observar um comparativo das imagens do Hubble com os novos registros do Webb.
Vale a pena procurar pelas galáxias que antes não foram observadas e os novos
detalhes das nuvens de poeira e gás das nebulosas.
Campo Profundo
(Imagem: Reprodução/NASA/ESA/CSA/STScI/HST)
A primeira imagem colorida do James Webb, revelada na segunda-feira (11) pelo presidente dos EUA, Joe
Biden, causou um grande impacto pelo nível de detalhes em relação à foto feita
pelo Hubble em 2017. Por se tratar de um aglomerado com lente gravitacional,
que revela outras galáxias muito mais distantes ao fundo, o telescópio Hubble
já visitou a região várias vezes.
O SMACS J0723.3-7327 é importante para os astrônomos
porque as galáxias ampliadas pela lente gravitacional são muito antigas.
Podemos deduzir isso pela cor avermelhada — quanto mais longe um objeto está,
mais vermelho ele parecerá. Isso acontece devido à expansão do universo, que
"estica" as ondas da luz que viajam pelo espaço durante 13 bilhões de
anos.
Nebulosa do Anel do Sul
(Imagem: Reprodução/NASA/ESA/CSA/STScI/AURA)
A Nebulosa do Anel do Sul também está muito mais rica com
a nova imagem do James Webb. Além dos detalhes no gás que se expande e no interior
da concha azulada, também vemos estrelas próximas e galáxias ao fundo. Por
falar nas estrelas, observamos as duas localizadas no interior da nebulosa com
mais precisão e cores diferentes.
Graças ao Webb, essa é a primeira vez que os astrônomos
conseguiram ver que a segunda estrela está cercada por poeira, enquanto a mais
brilhante está em um estágio inicial de sua evolução.
Quinteto de Stephan
(Imagem: Reprodução/NASA/ESA/CSA/STScI/Hubble SM4 ERO)
É difícil descrever as diferenças entre as imagens do
Hubble (acima) e do Webb (abaixo), já que cada uma das cinco galáxias ganhou
uma quantidade enorme de detalhes com a nova foto. O que mais salta aos olhos
são as galáxias em interação próxima, no centro da imagem, e as emissões de gás
(em laranja) como resultado desse processo de fusão.
A galáxia no lado superior esquerdo também ficou muito
mais nítida, com regiões brilhantes ao longo de seus braços espirais. Além
dessa melhoria, observe quantas galáxias de fundo invisíveis na imagem do
Hubble apareceram na captura do Webb!
Nebulosa Carina
(Imagem: Reprodução/NASA/ESA/CSA/STScI/Hubble Team)
Se você não ficou impressionado com essa imagem, está
olhando errado! A riqueza de detalhes que a Nebulosa Carina ganhou com os
instrumentos do Webb é algo difícil de descrever. São várias regiões
"montanhosas" que, por si só, merecem uma observação cuidadosa — a
maioria invisível na foto do Hubble.
Nem precisa ter olhos muito bons para encontrar
incontáveis estrelas antes invisíveis neste berçário estelar. Se você tiver
algum tempo livre, gastá-lo observando essa maravilha em todos os seus detalhes
é uma ótima ideia.
O Hubble Foi Substituído?
(Imagem: Reprodução/NASA/ESA/Adam G. Riess (STScI,
JHU)
Coleção de 36 imagens do telescópio Hubble, cada uma com variáveis Cefeidas e supernovas usadas para calcular a constante de Hubble. |
Talvez a dúvida de muitos agora seja: o Hubble ainda é
relevante? Afinal, porque usar um telescópio que já foi superado pelo James
Webb? Bem, há vários motivos pelos quais ainda precisamos do Hubble.
O primeiro motivo são as limitações físicas de um
telescópio. Ele só pode observar e registrar uma região de cada vez, e são
necessárias algumas horas para coletar os fótons necessários. Ou seja, os
cientistas precisam reservar tempo de uso e nem todas as propostas de estudo
serão aprovadas pelos administradores do Webb.
No caso do Hubble, o tempo de uso também é cedido aos
pesquisadores dependendo das propostas que eles enviam, mas sabendo das
capacidades dele, é possível usá-lo para observar outros objetos que ainda não
são o alvo do James Webb. Quanto mais telescópios, melhor.
(Imagem: Reprodução/NASA/ESA/A. Simon/M. H.
Wong/OPAL team)
Em segundo lugar, o Hubble ainda faz algo que o Webb
nunca será capaz: observar o universo em luz visível e ultravioleta. É que o
novo telescópio foi projetado para detectar apenas luz infravermelha (em uma
faixa bem grande, diga-se de passagem), enquanto o veterano antecessor também
possui filtros de luz visível e UV. Isso significa alguns detalhes diferentes,
como você pode observar no comparativo do Quarteto de Stephan.
Por isso não é verdade que o James Webb substituiu o
Hubble. A verdade é que ele dará continuidade aos estudos realizados pelo
"Hubbie", observando muito além, com mais detalhes. E não esqueça: o
Hubble também foi um telescópio revolucionário e continuará trazendo resultados
incríveis!
Olá MMerlin!
ResponderExcluirValeu amigo, mas não tem nada de novo. Já havíamos falado sobre esse vídeo meses atrás que agora foi apresentado pelo 'Brasil em Ciência'. Na verdade, o oficial da Aeronáutica faltou com a verdade quanto ao contrato dos motores assinado com a Avibrás, e na época chamamos a atenção dos nossos leitores quanto isso. Enfim.. Abs