Nova Parceria Entre a NASA e a ROSCOSMOS Permitirá o Envio de 'Cosmonautas' Para ISS Através de Espaçonaves da SpaceX
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma nota postada ontem (21/07) no site ‘Olhar Digital’, destacando que uma nova parceria entre os EUA e a Rússia
permitirá que cosmonautas voem para ISS
também através de naves da SpaceX.
Pois é, parece
que a queda do ex-diretor da ROSCOSMOS contribuiu para esse entendimento de
agora, o que é muito bom. Espero que continue dessa forma.
Brazilian Space
Ciência e Espaço
Nova Parceria Permitirá Que Cosmonautas Russos Voem à
ISS em Naves da SpaceX
Por Rafael Arbulu
21/07/2022 12h09
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
Depois de
muito debate (e um monte de ameaças), parece que as relações entre Rússia e
EUA estão se ajeitando – ao menos, no que tange à exploração
espacial. Uma nova parceria assinada pela agência espacial Roscosmos com a NASA permitirá o
compartilhamento de recursos colaborativos. Na prática, isso deve permitir que
cosmonautas russos usem naves da SpaceX para viajar à Estação Espacial
Internacional (ISS).
Isso porque, no lado ocidental
da ISS, os astronautas da NASA e da ESA, a agência espacial europeia, a empresa
fundada por Elon Musk é
a que detém o contrato de transportes de cargas – humana ou de equipamentos – à
estação. Anteriormente, a Rússia usava seus próprios recursos, como os foguetes
e naves Soyuz.
(Imagem: Roscosmos/Divulgação)
Única cosmonauta do sexo
feminino na ativa pela Roscosmos, Anna Kikina vai voar em setembro a bordo de
uma espaçonave norte-americana em missão da SpaceX. |
O ambiente na ISS sempre foi um
de colaboração e, dentro do que era possível, livre de desavenças políticas:
desde seu lançamento em 1998, a estação contou com os EUA e a Rússia como
apoiadores majoritários.
Entretanto, desde que o
presidente Vladimir Putin autorizou as ações militares que iniciaram a guerra na
Ucrânia, vários países do mundo – sobretudo, os EUA – impuseram sanções que
vinham machucando o programa
espacial russo.
Não que isso fizesse a maior
nação do leste europeu retrair suas ações: Dmitry Rogozin, o controverso
(agora, ex) diretor da Roscosmos, constantemente ameaçava ações bem drásticas:
ele chegou a divulgar uma vídeo montagem que mostrava a ISS explodindo,
afirmando noutra ocasião que os russos poderiam “deixá-la cair” sobre os EUA.
Rogozin também tem
um intenso desafeto por Elon Musk, a quem constantemente atacava em
entrevistas e nas redes sociais.
Seguindo
a sua saída do cargo, a Roscosmos não perdeu tempo em tentar restabelecer o
ambiente colaborativo – uma ação bem elogiada pela NASA, segundo um comunicado:
“voar tripulações integradas assegura que a estação sempre tenha membros
apropriadamente treinados para a manutenção primária e caminhadas espaciais”.
A parceria serve para reforçar
o ambiente colaborativo em dois voos já planejados: de um lado, a missão Crew-5
levará uma nave Crew
Dragon (SpaceX) à ISS, com uma tripulação formada por Andrei Fedyaev e Anna
Kikina (Roscosmos), Nicole Mann e Josh Cassada (NASA) e Koichi Wakata (JAXA, a agência japonesa). A
missão deve sair em algum momento de setembro.
Paralelamente, os astronautas
Frank Rubio e Loral O’Hara foram escolhidos pela NASA para voar a bordo da nave
Soyuz MS-22 em duas ocasiões: Rubio será lançado à ISS em 22 de setembro, junto
dos cosmonautas Sergey Prokopyev e Dmitry Petelin, enquanto O’Hara deve partir
em 2023, com tripulação ainda não confirmada.
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