O Novo Diretor da ROSCOSMOS, 'Yuri Borisov', Afimou Que a Rússia Irá Abandonar a ISS a Partir de 2024

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (26/07) no site “Canaltech”, destacando que o segundo o novo diretor da ROSCOSMOS, Yuri Borisov, a Rússia irá mesmo abandonar a Estação Espacial Internacional (ISS) a partir de 2024, quando sua atual parceria com a NASA se encerra.
 
Pois então amigos leitores, eu recebi essa notícia ontem, enviada pelo Prof. Alysson Diógenes, da Universidade Positivo (UP) de Curitiba, mas esperei a mesma sair na mídia brasileira para postar no BS.
 
E assim sendo, como disse ao Prof. Alysson, em minha opinião essa decisão da Rússia já era esperada, não só pelo atual imbróglio com a Ucrânia, mas também pelo fato do Programa Espacial Russo esta perdendo terreno rapidamente e eles não estão nada satisfeito como toda essa situação.
 
No entanto amigos, apesar da notícia não ser positiva, nem tudo estar perdido e há males que vem para o bem, afinal não há como negar que a extensão da ISS poderia jogar o Governo Americano e de países parceiros ou não numa espécie 'acomodação', e assim atrasar o desenvolvimento de outras estações espaciais mais modernas e mais baratas. Em outras palavras, essa decisão Russa certamente acelerará as decisões políticas necessárias para que essas novas estações saiam do papel mais rapidamente, e o desenvolvimento espacial alcance níveis jamais vistos até então. Vamos ficar na torcida. 
 
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Rússia Afirma Que Irá Abandonar a ISS a Partir de 2024
 
Por Rafael Rigues 
26 de Julho de 2022 às 11h30 
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
 
Fonte: NASA

O novo diretor da agência espacial russa (Roscosmos), Yuri Borisov, afirmou em encontro com o presidente Vladimir Putin que o país irá mesmo abandonar a estação espacial internacional (ISS) a partir de 2024, quando sua atual parceria com a NASA se encerra.
 
"A decisão de abandonar a estação após 2024 foi feita", disse Borisov em um encontro com Putin. "Acredito que nesta época começaremos a formar a estação orbital russa", afirmou. O mesmo havia sido dito alguns meses atrás pelo diretor anterior da Roscosmos, o sempre polêmico Dmitry Rogozin.
 
Entretanto, parece que a Roscosmos ainda não comunicou a decisão à NASA. Segundo Robyn Gatens, diretora da ISS na NASA, "não recebemos nenhuma declaração oficial de nosso parceiro sobre as notícias de hoje", disse durante eventro sobre a ISS nesta terça-feira (26). Questionada se gostaria de encerrar a parceria, ela respondeu: "Não, absolutamente não. Eles têm sido bons parceiros, como todos os nossos parceiros, e queremos manter esta parceria para continuar operando a estação espacial ao longo desta década".
 
A agência espacial dos EUA espera manter a parceria com a Roscosmos até 2030, quando uma ou mais estações espaciais comerciais estariam prontas para substituir a ISS. Entretanto, uma análise recente sugere que esta pode ser uma previsão otimista demais, o que levaria a uma situação similar à que ocorreu com os ônibus espaciais: uma tecnologia é aposentada, sem que sua substituta esteja pronta para assumir seu papel.
 
Notem que apesar da aparente "linha dura", existe uma margem de manobra na declaração de Borisov. Ele fala em abandonar a ISS após 2024, não em 2024. Ou seja, tecnicamente os russos poderiam renovar a parceria com a NASA até 2030, e ainda assim estariam cumprindo o prometido a Putin. 
 
Uma Estação, Dois Mundos 
 
A ISS é "dividida" em duas metades, o "lado americano" e o "lado russo", e construída de forma que um lado depende do outro para funcionar. Por exemplo, são os cargueiros russos Progress os responsáveis pelas manobras periódicas de ajuste de altitude que mantém a ISS em órbita ou a desviam de lixo espacial.
 
Também ficam no lado russo sistemas essenciais de controle de voo e suporte de vida, embora estes últimos sejam duplicados no lado americano. Ou seja, seria muito difícil para os norte-americanos manter a ISS em operação se os russos realmente "fecharem a porta" de seu lado e se despedirem em 2024.
 
A Estação Espacial Internacional é continuamente ocupada há mais de 20 anos, e operada por um consórcio de 14 países
 
Não é a primeira vez que a Rússia flerta com a ideia de construir sua própria estação espacial. O próprio Yuri Borisov havia mencionado a possibilidade em 2021, mas na época citando um motivo diferente: muitos módulos russos da ISS já cumpriram sua vida útil, e mantê-los em funcionamento fica cada vez mais caro à medida que o tempo passa.
 
O único empecilho para que a Rússia construa sua própria estação é o velho inimigo de todo mega-projeto: dinheiro. Uma nova estação teria um custo estimado em ao menos US$ 6 bilhões, e o programa espacial russo é notoriamente deficitário em termos de recursos. Isso leva a situações como o ocorrido com o módulo Nauka, que deveria ter sido lançado em 2007 mas só ficou pronto em 2021.
 
Além disso, as sanções impostas pelos EUA à Rússia devido à invasão da Ucrânia tornarão difícil para os russos conseguir muitos dos componentes tecnológicos necessários para a execução do projeto. 
 
Enquanto EUA e Rússia Discutem, China Assiste 
 
Enquanto isso, quem assiste a todo esse drama literalmente "de camarote" são os chineses. No último domingo eles enviaram ao espaço o Wentian, segundo módulo de sua estação espacial Tiangong.
 
(Imagem: China Manned Space Engineering Office)
lustração mostra como será a estação espacial chinesa Tiangong quando completa.
 
Com ele, será possível dobrar o número de tripulantes em missões de longa duração, de três para seis. A estação também ganha um novo laboratório e uma nova escotilha que servirá de ponto de partida para caminhadas espaciais.
 
O terceiro e último módulo da Tiangong, chamado Mengtian, será enviado ao espaço em outubro, concluindo a construção da estação apenas um ano e meio após o início da montagem.

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