A SpaceX Poderá Perder a Corrida Até Marte Para as Startups 'Relativity Space' e 'Impulse Space'

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue abaixo uma notícia postada ontem (19/07) no site ‘Olhar Digital’, destacando que a SpaceX poderá perder a corrida espacial até Marte para duas startups americanas, a Relativity Space e Impulse Space.
 
Pois é amigos, a ‘boca grande’ do megalomaníaco Elon Musk pelo menos serve como estimulo para motivar outras iniciativas nessa área, ainda que esta seja apenas uma missão robótica, bem diferente dos planos aloprados da SpaceX com a sua caixa d’água espacial estilizada, enfim... sucesso a Relativity Space e Impulse Space.
 
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Ciência e Espaço
 
A SpaceX Pode Perder a Corrida Até Marte Para Essas Duas Empresas
 
Por Rafael Arbulu
19/07/2022 11h55
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br
 

É melhor Elon Musk esquecer de vez o Twitter e prestar mais atenção no seu retrovisor: a SpaceX pode ser a marca mais avançada quando o assunto é “viagem a Marte”, mas ao menos duas empresas – Relativity Space e Impulse Space – ambicionam chegar ao planeta vermelho antes que a Starship possa fazê-lo. 
 
Segundo reportagem do jornal New York Times, ambas as empresas podem começar a colaborar para o desenvolvimento e lançamento de uma missão comercial a Marte, envolvendo um módulo robótico de pouso, a deixar a Terra nos próximos dois anos. 
 
(Imagem: Relativity Space/Impulse Space/Reprodução) 
Animação mostra como seria o envio de uma missão comercial privada a Marte pela visão da Relativity Space e da Impulse Space. A SpaceX pode perder a corrida ao planeta vermelho para as duas empresas.

A expressão onde você deve prestar mais atenção é “próximos dois anos”: neste período de tempo, as órbitas de Marte e da Terra estarão em seus pontos mais próximos, favorecendo lançamentos que saiam daqui em direção ao planeta vermelho em tempo e trajetória otimizados. Pode não parecer, mas muita gente está interessada em projetos dentro dessa janela de tempo. 
 
As duas empresas, que recentemente firmaram uma parceria, estão neste “bolo”: o CEO da Relativity, Timothy Ellis, inclusive respeita a SpaceX pois, segundo ele, a empresa de Elon Musk tem por “mantra” fazer coisas “beirando a loucura, de forma ambígua e audaciosa”, o que inspira as pessoas a se juntarem à ela. 
 
Há quem pense, no entanto, que isso seja parte da causa do ceticismo que gira ao redor da empresa texana: Elon Musk tem, convenhamos, a mania de “embelezar” suas próprias conquistas – ele chegou a prometer que a Starship estaria realizando voos comerciais para Marte em 2022, o que obviamente ainda não aconteceu. 
 
Ellis reconhece que isso também é um problema para a sua empresa, ainda que por outro motivo: a Relativity Space tem previsão de executar o primeiro voo de seu foguete Terran 1 em algumas semanas, mas uma missão para Marte exigiria algo bem maior – o conceitualizado Terran R, que é comparável ao Falcon 9 de sua principal concorrente. Esse design não sairá do chão antes de 2025, assegura o CEO. 
 
Nisso, entra a sua colaboradora, a Impulse Space, uma startup ainda mais jovem, cujo principal negócio é o desenvolvimento de veículos de transporte entre duas ou mais localidades no espaço. A empresa foi fundada por Thomas Mueller, literalmente o segundo empregado da SpaceX, quando esta nasceu em 2022. O homem foi o responsável pelo desenvolvimento dos motores Merlin, que dão propulsão aos foguetes Falcon 9 usados pela SpaceX até hoje. 
 
Ambas as companhias já estão trabalhando no planejamento de uma missão cuja execução será bastante parecida com a que levou o módulo InSight, da NASA, a Marte: um foguete que consiste de dois estágios – um de trânsito para a propulsão e comunicação, e um outro que armazena a cápsula e o módulo de pouso. 
 
O módulo em si teria mais ou menos o mesmo formato e tamanho do InSight, mas bem mais leve e com bem menor duração: Ellis e Mueller dizem que ele sequer teria painéis solares, e trabalharia apenas até suas baterias se esgotarem. A ideia é que o módulo seja entregue à superfície de Marte após o primeiro estágio do foguete se separar na órbita do planeta vermelho. 
 
A partir daí, uma descida de quase 20 mil quilômetros por hora (km/h), sem queimar na atmosfera e sem perder partes ao tocar no solo cerca de sete minutos após o começo da queda, serão os principais desafios do projeto conjunto das empresas.  
 
Basicamente, é a versão espacial do meme “tente não morrer”. Só que, até hoje, só os EUA e a China conseguiram tal feito. 
 
O fato é que a SpaceX ainda é a mais adiantada no que tange à viagem privada a Marte, mas essas duas empresas podem tomar a dianteira se o projeto seguir como o planejado – e com uma boa dose de sorte.

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