NASA Vai Enviar Dois Manequins Femininos à Lua na Missão Artemis 1

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Segue abaixo uma notícia postada ontem (03/05) no site ‘Olhar Digital’, destacando que a NASA vai enviar dois manequins femininos à Lua na ‘Missão Artemis 1’. 
 
Pois então amigos, é bastante relevante essa iniciativa, porém para que seja colocada em prática, falta a NASA cobrar da sua equipe de desenvolvimento do foguete SLS, que eles façam esse trambolho funcionar, pois até agora eles só tem apanhado em sequencia no cumprimento do seu dever de casa.
 
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Ciência e Espaço 
 
NASA Vai Enviar Dois Manequins Femininos à Lua na Missão Artemis 1 
 
Por Flavia Correia
03/05/2022 19h49
Via: Website Olhar Digital - https://olhardigital.com.br 
 

Dois manequins gêmeos, estruturalmente femininos, estarão a bordo do primeiro voo do Programa Artemis, que visa estabelecer a presença humana na Lua novamente, mais de 50 anos depois da última missão lunar tripulada da história. 
 
Como um dos objetivos do programa é levar a primeira mulher à Lua, a NASA optou por usar as bonecas para entender como a radiação cósmica pode afetar o organismo feminino em missões lunares. Batizadas de Helga e Zohar, as “astronautas fake” voarão na cápsula Orion, que vai decolar no topo do megafoguete Sistema de Lançamento Espacial (SLS, na sigla em inglês), em seu voo espacial de estreia, não tripulado. Denominada Artemis 1, a missão vai circundar a Lua durante 26 dias (considerando o tempo das viagens de ida e volta). 
 
Imagem: Instituto DLR 
Manequins Helga e Zohar, fabricadas com materiais que simulam o corpo feminino.

Projetados pelos pesquisadores do Instituto de Medicina Aeroespacial do Centro Aeroespacial Alemão (DLR), os manequins fazem parte do experimento MARE (sigla para Matroshka AstroRad Radiation Experiment, que quer dizer Experiência de Radiação Matroshka AstroRad). A palavra Matroshka faz referência às matrioskas, aquelas famosas bonecas russas de múltiplas camadas, e AstroRad é o nome do colete protetor contra radiação. 
 
Helga e Zohar têm 95 cm de altura e 36 kg cada. Elas foram fabricadas com materiais que simulam os ossos, os tecidos moles e os órgãos de uma mulher adulta. Mais de 10 mil sensores passivos e 34 detectores de radiação ativa, integrados em 38 discos, compõem os dois manequins, que já foram entregues ao Centro Espacial Kennedy, da NASA, e devem ser montados e instalados dentro da cápsula quatro semanas antes do lançamento. 
 
NASA Diz Que Manequins Femininos Também Fornecerão Dados Sobre a Saúde do Homem no Espaço 
 
Segundo os cientistas, a radiação à qual o corpo humano está exposto no espaço é significativamente maior do que no campo magnético protetor da Terra. Isso representa um dos maiores desafios para missões longas no espaço profundo, como as que eventualmente irão até Marte no futuro. 
 
Seres humanos expostos a grandes quantidades de radiação podem apresentar problemas de saúde agudos e crônicos, inclusive favorecendo o desenvolvimento de câncer futuramente. 
 

Embora representem o corpo da mulher, Helga e Zohar também servirão de base para o entendimento da radiação no corpo do homem. Segundo a NASA, o corpo feminino é mais sensível à radiação do que o do homem, especialmente em órgãos como as mamas. Isso quer dizer que um espaço seguro para mulheres também será para homens. 
 
Enquanto Helga estará desprotegida durante a missão Artemis 1, Zohar vai usar um colete AstroRad, desenvolvido pela Agência Espacial Israelense (ISA) em parceria com a fábrica israelense StemRad, que também integra o experimento MARE. 
 
Ao longo da viagem, os manequins serão submetidos a testes. Comparando os conjuntos de dados da boneca equipada com o AstroRad com os da boneca desprotegida, será possível determinar até que ponto a tecnologia desenvolvida poderia proteger um astronauta da exposição radioativa. 
 
Da fonte de alimentação ao armazenamento de dados dos manequins, todas as funções precisam ser independentes da cápsula Orion. Eles têm uma grade de três centímetros embutida no tórax, que permitirá aos cientistas mapear doses internas de radiação para áreas do corpo que contêm órgãos críticos. 
 
Com dois corpos idênticos, os cientistas poderão determinar a capacidade de proteção do novo colete, enquanto coletam dados sobre a quantidade de radiação que atinge os astronautas dentro de uma espaçonave em diferentes momentos do voo.

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