Segundo Vice-Diretor de Observatório Chinês, o 'Telescópio Espacial Xuntian' Terá Visão 350 Maior do Que a do 'Telescópio Espacial Hubble'. Será?
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia publicada hoje (10/05) no
site “Canaltech”, destacando que segundo o vice-diretor do ‘Observatório
Nacional Astronômico da Academia Chinesa de Ciências’, o novo Telescópio
Espacial em desenvolvimento pela China, terá um campo de visão 350 vezes maior do que o do Telescópio
Espacial Hubble.
Pois é amigos leitores, e lá vem
os chineses com tudo. Ou será que desta vez tem um pouco de conversa fiada nesta afirmação deste vice-diretor desse Observatório Chinês?
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Telescópio Espacial Chinês Terá Visão 350 Melhor Que a
do Hubble
Por Daniele Cavalcante
Editado por Rafael Rigues
10 de Maio de 2022 às 10h30
Fonte: SINA, EurAsian Times
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: Wikimedia Commons
Segundo o
vice-diretor do Observatório Nacional Astronômico da Academia Chinesa de
Ciências, o novo telescópio espacial Xuntian, construído pela China, pode ser
lançado em 2023. E embora o instrumento tenha diâmetro comparável ao do
Telescópio Espacial Hubble, seu campo de visão é 350 vezes maior.
O futuro
telescópio compartilhará sua órbita com a estação espacial chinesa Tiangong e
será o principal observatório espacial do país, revelando as estrelas de modo
mais amplo e profundo. O instrumento foi inicialmente projetado
para ser acoplado à estação espacial, mas isso limitaria as observações.
As expectativas
anteriores eram de um lançamento em 2024, mas agora pode ser que ele seja
enviado ao espaço um pouco antes — ao menos, este é o plano. Entretanto,
missões delicadas como essa costumam ser adiadas várias vezes, como ocorreu com
o James
Webb.
(Imagem:
Reprodução/Wikimedia Commons)
Planejado há mais de uma década, o telescópio foi
projetado para observar objetos no ultravioleta próximo (comprimento de onda
entre 380 até 200 nm) e na luz visível perto dessa faixa do espectro. Ao todo,
terá 5 instrumentos de observação:
* Módulo de Levantamento
* Módulo Terahertz
* Imagem Multicanal
* Espectrômetro de Campo de Visão Integral
* Coronógrafo de imagens de exoplanetas.
O Xuntian registrará imagens de 40% do céu para que
cientistas de todo o mundo possam investigar questões sobre a física atual do
universo. Ele é projetado para medir as posições, formas e brilho de quase um
bilhão de galáxias para ajudar a aprimorar os modelos de evolução galáctica. O
telescópio também ajudará a investigar a matéria escura e energia escura.
Programado para iniciar as operações científicas em 2024,
o Xuntian (que significa “estudo dos céus”) tem uma vida útil de 10 anos de
missão — esse prazo teoricamente pode ser estendido caso o telescópio ainda
esteja funcional após o encerramento da missão primária, assim como aconteceu com
o Hubble.
De acordo com Li Ran, o cientista responsável pelos dados
científicos do telescópio da Estação Espacial Chinesa, a capacidade do Xuntian
deverá superar a do Hubble. "Vamos supor que há um rebanho de ovelhas em
uma montanha; enquanto o telescópio Hubble vê apenas algumas delas, o nosso
telescópio consegue capturar fotos de milhares e milhares delas com a mesma
nitidez do Hubble", disse.
Essas alegações não convenceram toda a comunidade
internacional de cientistas. O analista espacial Girish Linganna, por exemplo,
disse que “o espelho principal do Xuntian terá cerca de dois metros de
diâmetro. Um pouco menor que o Hubble, o Xuntian não corresponderá à resolução
de seu antecessor, como muitas agências afirmam”.
Seja como for, o Xuntian é um instrumento poderoso que
dividirá a disputa por tempo de observação entre os astrônomos ao redor do
mundo. O telescópio chinês ajudará a mapear a matéria escura a distâncias de
cerca de 10 bilhões de anos-luz e testará a relatividade geral e o limite
superior da massa do neutrino.
"Ele também pode fazer estudos observacionais muito
interessantes, tais como mapear precisamente a poeira na Via Láctea, observar
como os buracos negros supermassivos engolem matéria, fotografar e estudar
exoplanetas fracos através de imagens diretas de alto contraste, e
potencialmente descobrir novos objetos especiais", disse Zhan Hu,
cientista responsável pelas instalações ópticas do Xuntian.
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