Será Que o 'CEI' Caminha Pra Ser a Solução Para as Atividades Espaciais da FAB?

Olá leitores e leitoras do BS!
 
Por Duda Falcão
 
Pois então, essa é uma questão que eu venho fazendo a mim mesmo desde a criação deste Centro no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Fundado formalmente em 2012 com a publicação do 'Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE)', sendo incluído no Anexo C deste programa (Plano de Capacitação do PESE), o Centro Espacial ITA (CEI) é definido pela FAB como um órgão acadêmico central de formação e pesquisa para o PESE.
 
De lá pra cá então, o CEI passou por um período preliminar com reorientações e finalizações de projetos, como o lançamento do Cubesat AESP-14, a redefinição do modelo de desenvolvimento do ITASAT-1 e da sua integração e preparação para o seu lançamento.
 
Posteriormente, após a aprovação bilateral do projeto Nanosatélite SPORT (Scintilation Prediction Observations Research Task), tanto pela NASA quanto pela FAPESP, os anos de 2017, 2018 e 2019 foram marcados pelas etapas de projeto deste nanosatélite científico bi-nacional, bem como o lançamento do ITASAT-1, e a construção da Fase 1 do CEI, inaugurada que foi em 28 de Janeiro de 2020.
 
Dr. Loures (O Leão)
Atualmente, o CEI que conta com uma pequena, ativa e motivada equipe de aproximadamente 50 membros, entre alunos e professores, sob a coordenação do irrequieto, nacionalista (com eu) e eficiente 'Dr. Luís Eduardo Vergueiro Loures da Costa' (o 'Leão' como é conhecido desde quando era servidor do IAE pela sua disposição para o trabalho e por sua preocupação em mostrar resultados) parece ter se tornado a 'Galinha dos Ovos de Ouro' do COMAER, e se assim for, o hoje ineficiente e viciado Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), que tanto contribuiu décadas atrás para o desenvolvimento do nosso 'Patinho Feio', suponho eu que possa estar com os seus dias contados.

Envolvido no momento com vários projetos de interesse da FAB, não só da área espacial (e não são poucos), o até agora bem sucedido CEI tem como carros chefes tanto este projeto bi-nacional do nanosatélite científico Sport (6U), previsto para ser lançado ainda este ano, como também dois outros de grande importância para o avanço da tecnologia satelital no Brasil. São eles:

* ITASAT-2 A, ITASAT-2 B e ITASAT-2 C: 3 nanossatélites de 12U cada, tendo como missão pesquisar o 'Clima Espacial' voando em formação na óbita da Terra. Previsão de Lançamento: segundo o novo PNAE em 2025.

* SelenITA: 1 nanosatélite de 12U com propulsão que terá como missão explorar a órbita da LUA. Uma missão que esta sendo negociada para fazer parte do esforço em torno do Programa Lunar Artémis da NASA, como uma evolução do ITASAT-2.

Pois é amigos, diante do indiscutível sucesso que vem alcançado o CEI e sua pequena equipe de pesquisadores (inclusive com repercurssão internacional), e de uma mudança de visão que parece (repito - PARECE) esta ocorrendo dentre aqueles de voz ativa no COMAER, bem como também pela a grande importância estratégica que as atividades espaciais ganharam dentro das principais Forças Aéreas do mundo (algumas das quais até criaram suas próprias Forças Espaciais), possa ser (repito - POSSA SER) que nos próximos meses grandes mudanças ocorram na área espacial da FAB tendo o CEI como protagonista.
 
Afinal amigos leitores, a FAB tem por obrigação estar bem preparada para atuar na proteção da Sociedade Brasileira, esta é a sua função, sendo o melhor caminho para isso estar sempre antenado com o que acontece no mundo e assim apostar suas fichas na competência tecnológica ao seu alcance. Fiquem atentos!

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