Proposta de Startup Americana Sugere Enviar Duas Pequenas Sondas Para Estudar o Asteroide 'Apophis' Durante Sobrevoo em 2029
Olá leitores e leitoras do BS!
Segue abaixo uma notícia publicada ontem (20/05) no
site “Canaltech”, destacando que uma
proposta apresentada pela startup ‘Space
Initiatives Inc’ em uma conferência recente realizada pelo ‘Lunar and Planetary Institute’, sugere
que duas pequenas espaçonaves sejam lançadas a bordo de um foguete Black Brant rumo ao asteroide Apophis, se aproveitando da aproximação que essa rocha espacial
fará da Terra em 2029.
De minha parte considero essa proposta muito interessante,
e espero que a mesma venha a ser aprovada. Além disso, essa proposta americana
serve como sugestão também para a nossa comunidade espacial, quem sabe para assim
motiva-la a aproveitar também a passagem do Apophis e enviar uma pequena sonda brasileira
se valendo da tecnologia de nanossatélites. Um grande desafio, por exemplo, para
a Divisão de Astrofísica do INPE.
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Pequenas Sondas Podem Estudar o Asteroide Apophis Durante Sobrevoo em 2029
Por Danielle Cassita
Editado por Rafael Rigues
20 de Maio de 2022 às 18h00
Fonte: Space.com
Via: Web Site Canaltech - https://canaltech.com.br
Fonte: NASA/JPL-Caltech
Duas pequenas espaçonaves poderiam ser lançadas a bordo
de um foguete Black Brant rumo ao asteroide
Apophis, aproveitando a aproximação que a rocha espacial fará da Terra em
2029. A proposta faz parte de uma missão conceitual apresentada por Paul Blase,
da startup Space Initiatives Inc, durante uma conferência realizada pelo Lunar
and Planetary Institute entre os dias 11 e 12 de maio.
O par de naves teria instrumentos simples a bordo, como
câmeras e espectrômetros, e teriam diferentes objetivos: uma seria liberada a
75 km de altitude, a outra, a 1.500 km. Blase sugeriu que um disparo a laser da
Terra poderia ajudar as sondas a alcançar a altitude máxima de 30 mil km
ficando bem no alcance da passagem de Apophis,
asteroide com aproximadamente 300 m de diâmetro.
A primeira sonda iria se chocar contra a rocha espacial,
enquanto a segunda iria observar a pluma do impacto com um espectrômetro. “Pesa
apenas um grama, então não vai fazer muito — mas irá causar uma pluma”,
explicou Blase. Depois, os dados da colisão seriam obtidos da segunda nave após
a reentrada na atmosfera. Mas este é apenas um conceito, e a equipe vem
pensando em outros para aproveitar a passagem de Apophis.
(Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech and NSF/AUI/GBO)
Um deles envolve sobrevoos regulares nas semanas antes,
durante e após a aproximação, sendo que cada um custaria US$ 2 milhões — o
custo parece alto, mas lembre-se que, por se tratar de uma missão espacial, é
baixo. Neste cenário, apenas cinco anos seriam necessários para elaborar a
missão. “Assim que o Apophis se aproximar, tudo pode ser feito em cerca de 12
horas”, sugeriu.
Este período curto de resposta a um asteroide a caminho é
importante para a defesa planetária, especialmente no caso de alguma rocha
espacial ser identificada seguindo uma trajetória perigosa para a Terra.
Pensando nisso, a equipe acredita que pequenas naves prontas para serem
“empurradas” por lasers para se aproximarem rapidamente de asteroides perigosos podem conseguir redirecioná-los.
“Toda a tecnologia básica para esta proposta já existe
atualmente”, disse ele, acrescentando que o Apophis representa uma boa
oportunidade para desenvolver capacidades para usos futuros. Embora o monitoramento
de objetos espaciais perigosos tenha sido aprimorado, ainda há vários
asteroides próximos da Terra inofensivos, mas que são identificados faltando
uma semana ou até menos poucas horas para passarem por nós.
O asteroide Apophis passará pela Terra a 31 mil km do
nosso planeta. A rocha espacial não oferece riscos de colisão, e representa uma
boa oportunidade para os cientistas estudarem objetos do tipo próximos da
Terra. Além disso, a missão proposta por Paul Blase e seus colegas poderia
ajudar em outras investigações, como na missão conceitual Breakthrough
Starshot, que poderá ser enviada ao sistema
Alpha Centauri.
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